Saúde

Dr. Ajuda
19/03/2024 00:06h

Neste episódio a pediatra, Bruna Abilio Gomes de Almeida, explica quando suspeitar de atraso no desenvolvimento da criança

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Todas as crianças, independentemente de possuírem alguma condição de saúde, têm o potencial de se desenvolver de maneira saudável quando estão inseridas em um ambiente seguro e amoroso.


É por meio de atividades como brincar, cantar, ler e dançar que os estímulos necessários são fornecidos para que a criança alcance todo o seu potencial. O desenvolvimento infantil ocorre em um ritmo próprio e único para cada criança, e não há um momento exato em que ela adquirirá uma nova habilidade.


No entanto, compreender os marcos do desenvolvimento para cada faixa etária é fundamental para saber o que esperar em cada etapa do crescimento. Essa compreensão auxilia os pais e cuidadores a identificar possíveis sinais de atraso ou necessidades específicas de cada criança, garantindo assim um acompanhamento adequado e apoio necessário ao seu desenvolvimento.


Sinais importantes para desconfiar que existe alteração no desenvolvimento de acordo com cada faixa etária:


2 meses: Não reage a sons altos e vozes; não acompanha com os olhos pessoas e movimentos; não sorri; não tenta levantar a cabeça quando está deitado de bruços.


4 meses: Não sustenta a cabeça; não faz barulhos com a boca; não leva as mão a boca.


6 meses: Não tenta pegar objetos que estão ao seu alcance; não tenta levar objetos na boca; não reage aos sons do ambiente; não rola; não interage com outras pessoas.


9 meses: Não se sustentam quando apoiados em pé; não senta sem apoio; não balbuciar sílabas; não se reconhece pelo nome ou não reconhece os pais.


12 meses: Não engatinha ou não se arrasta; não mostram interesse em brincadeiras de esconder; não fazem movimento como tchau ou não com a cabeça; perde alguma habilidade que já tinha conquistado.


18 meses: Ainda não anda; não aponta para algo que deseja; não copia os outros; não fala pelo menos seis palavras ou não aprende palavras novas.


2 anos: Não associa duas palavras como “me dá” ou esse não”; não copie ações e palavras; não seguem expressões simples como “pega o sapato pra mim”; não anda de forma equilibrada.


3 anos: Cai muito ou não consegue subir degraus; baba muito ou tem uma linguagem de difícil compreensão; não fantasia quando está brincando, por exemplo, fingir estar cuidando de uma boneca ou fingir que está dirigindo um carro; não quer brincar com outras crianças.


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18/03/2024 03:00h

Mesmo com o fechamento de cerca de 800 lixões em 2022, o problema ainda não foi resolvido — aponta ABREMA

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A previsão de acabar com os lixões e aterros controlados em 2024, conforme a meta estabelecida pelo Plano Nacional de Resíduos Sólidos (Planares), parece longe da realidade. Mesmo com o fechamento de aproximadamente 800 deles, em  2022, o Brasil ainda mantém cerca de 3 mil lixões abertos, conforme levantamento da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (ABREMA). As áreas de disposição inadequada receberam cerca de 39% do total de resíduos coletados no Brasil no mesmo ano — e estão presentes em todas as regiões do país.

Na opinião do superintendente da ABREMA, André Galvão Silveira, os lixões persistem porque o acesso da população à coleta de lixo e rede de esgoto ainda são precários no país.

“Aqueles domicílios que não são atendidos, lançam em algum terreno baldio, em algum local. Às vezes próximo à residência, às vezes um pouco mais longe, mas ainda assim lançam de uma forma claramente inadequada. Eles juntam em algum local que seria uma espécie de lixão numa escala menor. Outros queimam o seu lixo ou enterram”, relata.

A advogada Daniela Libório, especialista em direito urbanístico e ambiental, concorda com o superintendente da ABREMA: “A população toma essas ações na medida que o estado não oferta uma saída. Assim, reforçamos mais uma vez a importância estratégica do município com a população para esclarecer e informar como deve ser feito cada tipo de descarte. A população também precisa ter melhor compreensão dos impactos do descarte irregular de resíduos”, salienta

De acordo com Silveira, as estimativas da ABREMA revelam que mais ou menos 30 milhões de toneladas de lixo vão parar em lixões por ano. “A gente tem um déficit muito grande de destinação final ambientalmente adequada desse lixo que é coletado”, afirma.

Mais investimentos

Segundo a advogada Daniela Libório, os lixões a céu aberto são a pior forma de destinação de resíduos e ainda estão em metade das cidades do país. 

“A situação continua complexa sem muito avançar em lugares distantes de grandes centros ou de grande vulnerabilidade social e urbana. É preciso um grande investimento não só financeiro mas também técnico, para que as melhores soluções possam ser encontradas para cada ambiente em razão dos aspectos geográficos, geológicos e de ocupação de território”. 

Libório enfatiza: “Estimular empresas a participarem da oferta pode funcionar na justa medida em que o estado saiba o que quer. E a finalidade não pode ser o lucro e sim entender que o saneamento é fundamental para a dignidade das pessoas, assim como para a saúde e qualidade de vida. Assim, é importante frisar que mesmo que uma empresa privada oferte o serviço, ele não deixará de ser de interesse público”, ressalta.

Quem precisa conviver com o lixo jogado na rua reclama. A faxineira Maria do Carmo Vieira de Jesus, moradora de Brasília, conta que, na rua onde mora, as pessoas não têm consciência dos riscos para a saúde e para o meio ambiente ao descartar os resíduos no terreno vazio ao lado de sua casa.

“A maioria do lixo é tudo na rua jogado, entendeu? A coleta não passa assim direto, entendeu? Os bichos ficam rasgando o lixo e espalhando no meio da rua — e é muito ruim isso, ficar com aquele lixo no meio da rua jogado, rasgado. É muito ruim mesmo”, reclama.

Como encerrar um lixão

Como medidas iniciais para realizar o cercamento da área está a drenagem superficial e a cobertura com vegetação apropriada. As informações são da Casa Civil. De acordo com a pasta, é possível evitar novos aportes de resíduos no local. Após o fechamento, é necessário um planejamento para recuperação da área contaminada a ser feito pelo  Ministério do Meio Ambiente

A Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010) determina que, após a submissão dos RSU aos tratamentos e destinações disponíveis, os resíduos restantes — ou rejeitos — devem ser enviados para uma disposição final ambientalmente adequada. Essa disposição final deve observar normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança — e ainda minimizar impactos ambientais adversos. Lixões, aterros controlados, valas, vazadouros e áreas similares não possuem essa proteção ambiental e são considerados ambientalmente inadequados para a disposição final de resíduos
 

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Dr. Ajuda
16/03/2024 17:00h

Neste episódio a infectologista, Mirian de Freitas Dal Ben Corradi, fala sobre raiva

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A raiva é uma doença rara, mas muito grave, que mata entre 8 e 9 pessoas a cada 10 que ficam doentes. Ela é causada por um vírus transmitido pela mordida ou arranhão de animais contaminados. O vírus leva dias a semanas para percorrer a distância do local do ferimento até o cérebro, quando então a pessoa começa a sentir os sintomas.


No Brasil, são raros os casos de raiva humana, os poucos casos que ocorreram nos últimos 10 anos a maioria foram causados devido à mordida de morcegos, e raramente por macacos, cachorros e gatos, já que o Brasil possui um ótimo programa de vacinação contra a raiva para animais domésticos.


Sintomas 


No início os sintomas se assemelham a um resfriado, mas a pessoa doente começa a ficar confusa, ficar agressiva, alucinações, insônia e a dificuldade para ingerir líquidos. O tratamento serve justamente para aliviar esses sintomas pois ainda não há tratamento específico para a raiva, por isso, a prevenção é fundamental.


Prevenção 


A raiva humana é transmitida através da saliva dos animais infectados, principalmente por meio da mordida, mas também pode ser transmitida por arranhões e lambidas desses animais em locais com simples machucados.


Acariciar, ter contato com fezes ou urina de animais infectados não transmite a raiva e não são consideradas exposições preocupantes para a raiva.


Para os veterinários, a prevenção é feita através de vacinas antes da exposição;
Já para as pessoas que se envolveram em acidentes com animais de risco, como mordidas, arranhões ou lambidas em pele machucada, a prevenção pós-exposição é feita com cuidados adequados nas feridas e administração da vacina e soro antirrábico.


O que fazer após mordida ou exposição?


Em primeiro lugar o ferimento deve ser sempre super limpo com água e sabão e deve imediatamente procurar o atendimento médico. Se você for mordido por um gato ou cachorro, é importante verificar se o animal é vacinado contra a raiva e garantir que vai conseguir observar o comportamento desse animal nos próximos 10 dias, isso porque os cães e gatos começam a eliminar o vírus da raiva de 2 a 5 dias antes de começarem a ter sintomas da doença. A morte do animal acontece geralmente entre 5 a 7 dias após apresentarem os sintomas. 


Se o animal que mordeu a pessoa permanecer vivo e saudável pelos 10 dias após o ocorrido não tem a necessidade de realizar a vacinação da vacina antirrábica. Já se o animal não puder ser observado ou apresentar alterações no comportamento ou adoecer nesse período, o médico provavelmente irá iniciar o tratamento, que consiste na vacina para raiva e às vezes o soro antirrábico. No caso de mordida de animais silvestres (macacos, raposas, morcegos, etc.), a vacina e o soro são sempre indicados. 


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16/03/2024 00:06h

Especialista alerta para os males do ronco, associado à apneia obstrutiva do sono.

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O Gustavo Uberaldo, de 43 anos, ronca. Mesmo ciente do incômodo que causa aos que compartilham o quarto com ele e dos problemas de saúde relacionados ao roncar, o morador de Passos, Minas Gerais, nunca buscou ajuda médica. "Até o momento, não procurei ajuda, nem questão médica", desabafa.

Já a Ivânia Marques Machado, 60 anos, de Londrina, no Paraná, chega a acordar com o próprio ronco. Apesar do incômodo, Ivânia nunca procurou tratamento para sua condição. "Sei que existe tratamento, mas nunca procurei", conta.

Veja mais:
Dr. Ajuda: Roncar é normal?

Essas histórias refletem um problema sério e subestimado: o ronco, muitas vezes ignorado como algo banal, pode ser um sinal de riscos à saúde. 

De acordo com um estudo recente publicado no The Lancet Regional Health, roncar está ligado ao aumento do risco de acidente vascular cerebral (AVC). Durante uma década, 19,6 mil participantes acompanhados desenvolveram AVC: todos roncavam. 

O estudo ressalta a importância de não ignorar os sinais. É o que pontua o coordenador do departamento de Medicina do Sono da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, Alexandre Ordones. 

O especialista alerta para os males do ronco, associado à apneia obstrutiva do sono. "Essa parada respiratória durante o sono leva a uma diminuição da oxigenação no nosso corpo com queda de saturação. Isso pode levar a ocorrência da aterosclerose, o entupimento das artérias do nosso corpo, e isso favorece a ocorrência do AVC", explica.

Ordones complementa que outras doenças podem aparecer com a apneia. “Aumenta o risco de pressão alta, arritmia cardíaca, difícil controle do diabetes e aumenta o risco de morte”.

No entanto, prevenir essas complicações pode ser mais simples do que se imagina.

Manter um peso saudável, evitar o consumo de álcool, não fumar e praticar atividade física regularmente são recomendações. "Pois melhora a capacidade cardiorrespiratória e diminui a pressão sanguínea, reduzindo assim o risco de AVC”, pontua Ordones. 

E para aqueles que enfrentam o ronco persistente, é essencial procurar um especialista para avaliar as vias aéreas superiores e realizar os exames necessários."

Segundo o Ministério da Saúde, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) acontece "quando vasos que levam sangue ao cérebro entopem ou se rompem, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação sanguínea. É uma doença que acomete mais os homens e é uma das principais causas de morte, incapacitação e internações em todo o mundo. Quanto mais rápido for o diagnóstico e o tratamento do AVC, maiores serão as chances de recuperação completa".

Ainda de acordo com a pasta, no Brasil, foram registradas mais de 185 mil internações e 35,8 mil mortes por AVC no ano de 2022.

 

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16/03/2024 00:05h

Até o momento, mais de 510 mortes pela doença já foram confirmadas

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O Brasil registrou, nesta sexta-feira (15), mais de 1,6 milhão de casos prováveis de dengue, ao passo que mais de 510 mortes pela doença já foram confirmadas. De acordo com dados do Painel de Arboviroses divulgado pelo Ministério da Saúde, outras cerca de 890 mortes estão em investigação. 

O balanço mostra que o país tem um coeficiente de incidência de aproximadamente 829 casos a cada 100 mil habitantes. Distrito Federal, Minas Gerais, Espirito Santo, Paraná e Goiás contam com as maiores taxas de incidência da doença. 

PISO DA ENFERMAGEM: Quem contratar e burlar valor estabelecido em lei pode pagar com juros e correção monetária

Até o momento, cerca de oito unidades da federação já decretaram estado de emergência por conta do número elevado de casos de dengue. Entre elas estão Rio de Janeiro; Espírito Santo; Minas Gerais e Santa Catarina. 

Ainda segundo o ministério, a incidência de casos prováveis é maior entre mulheres (55,5%). A faixa etária que apresenta o maior número de notificações são os adultos entre 20 e 29 anos.  
 

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16/03/2024 00:02h

De acordo com a Fiocruz, 24 unidades da federação registraram indícios de aumento de SRAG na tendência de longo prazo, ou seja, nos últimos seis meses

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O avanço de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocorre na maior parte do país, em todas as faixas etárias, de acordo com o Boletim InfoGripe, divulgado nessa quinta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

De acordo com a entidade, o cenário parte da circulação de “diversos tipos de vírus”, presentes no país. Entre eles, os principais são Sars-CoV-2 (Covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

De acordo com o levantamento, os casos de SRAG por Covid-19 apresentaram um salto nos estados do Centro-Sul. No entanto, em estados como Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo houve desaceleração do crescimento de casos em idosos, nas últimas semanas. 

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Por outro lado, a quantidade de casos de SRAG por influenza A (gripe)  registrou um avanço em estados do Nordeste. No que diz respeito ao Sudeste e ao Sul brasileiros, os casos ocorrem em combinação com o aumento por Covid-19. Já acerca de ocorrências relacionadas ao VSR, percebe-se crescimento em estados de todas as regiões do país.

Diante desse quadro, o pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) Marcelo Gomes recomenda que, ao perceber qualquer sintoma, os cuidados sejam redobrados. 

“Está com um quadro que parece um resfriado, uma gripe ou Covid-19, faça repouso, fique em casa para fazer o isolamento e a recuperação. Busque o atendimento médico adequado para saber o que se tem  —e fazer o acompanhamento específico, especialmente se for grupo de risco. Se precisar sair, não puder fazer o isolamento por algum motivo, use uma boa máscara”, orienta. 

Impacto nas crianças 

Na última semana, o boletim apontou que a SRAG ainda impacta crianças de até dois anos de idade, tendo como principal agente desse crescimento de casos o vírus sincicial respiratório. Quanto ao vírus influenza, ele tem provocado um aumento de ocorrências de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19, por sua vez, mantém maior impacto nas crianças pequenas e em pessoas com idade a partir de 65 anos. 

Situação nos estados e nas capitais

De acordo com a Fiocruz, 24 unidades da federação registraram indícios de aumento de SRAG na tendência de longo prazo — ou seja, nos últimos seis meses. São eles:

  • Alagoas
  • Amapá
  • Amazonas
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Maranhão 
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais
  • Pará
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Piauí
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul
  • Rio de Janeiro
  • Rondônia
  • Santa Catarina
  • Sergipe
  • São Paulo
  • Tocantins

Já entre as capitais, o boletim revela que 20 delas tiveram sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
 

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14/03/2024 00:05h

Já a probabilidade de óbito prematuro pela doença entre pessoas de 30 a 69 anos pode ter um aumento de 10% até 2030, aponta o Inca

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Embora seja possível prevenir por meio de métodos diagnósticos, o câncer de intestino representa uma das principais causas de morte por câncer no Brasil. De acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Câncer (Inca), em análise realizada para vários tipos de tumores, a doença apresentou o maior aumento projetado em todas as regiões brasileiras, para ambos os sexos, até 2025. Conforme estimativa do Inca, mais de 136 mil brasileiros ainda podem ser afetados pelo câncer de intestino.

Também conhecido como câncer de colorretal, abrange os tumores malignos que se desenvolvem no intestino grosso (cólon) e no reto, parte final do intestino, que antecede o ânus. Esse tipo de câncer começa, na maioria das vezes, com pequenas lesões ou formações na parede interna do órgão. O cirurgião oncológico e coordenador do Grupo de Tumores Intestinais do Centro de Oncologia do Paraná (COP), Marciano Anghinoni, explica que o estilo de vida pode ser um fator causador da doença.

“De fato, o estilo de vida tem uma relação direta com o câncer de intestino, aquela pessoa que tem maus hábitos alimentares, consumo excessivo de carnes vermelhas processadas, consumo excessivo de embutidos, a pessoa que não pratica atividade física, é sedentária e obesa”, destaca.

O Inca aponta um risco estimado de 21,10 casos por 100 mil habitantes. Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) do DATASUS indicam que 20.245 pessoas morreram devido ao câncer de cólon, reto e ânus, só em 2020.

Maior incidência número de casos

Segundo os estudos, esse tipo de câncer se forma à medida em que a pessoa vai envelhecendo e o tubo digestivo criando um processo de transformação em virtude da exposição aos fatores de risco. Atualmente, os dados mostram um aumento da incidência de câncer nos mais jovens. A oncologista e coordenadora do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Santa Lúcia, Patrícia Schorn, diz que existe uma explicação para isso.

“A gente não tem absoluta certeza, mas a probabilidade disso estar acontecendo se deve ao estilo de vida. Como qualquer outro tipo de câncer, o câncer de intestino também se relaciona ou tem uma frequência maior nas pessoas que têm história familiar de câncer, nas pessoas que são sedentárias e que tem uma ingestão alimentar pobre em frutas e verduras”, observa.

“De fato, nos últimos anos, em todo o mundo, nós temos observado um aumento da incidência em pacientes mais jovens. O tabagismo, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o sedentarismo, uma rotina de atividade física, consumo de alimentos ultraprocessados, carne vermelha processada, embutidos, ou seja, substâncias que aumentam o risco dessa pessoa ter um câncer de intestino”, reforça o cirurgião oncológico Marciano Anghinoni.

Sintomas

Para os especialistas, os sinais e sintomas são muito importantes para que se faça o diagnóstico precoce. Eles dizem que são sintomas presentes também em outras doenças e, por isso, as pessoas podem menosprezar e não valorizar os sinais e sintomas. 

“Em geral, o paciente tem uma mudança de hábito intestinal. Então, o indivíduo que tinha um hábito intestinal regular, com evacuações diárias, ele passa a não evacuar todos os dias ou ter um padrão diarreico, ou passa a ter algum tipo de dor abdominal na hora da evacuação ou até sangramento nas fezes. Além disso, a gente pode ter quadros de anemia redução do calibre das fezes e algum tipo de  dor mais importante tanto na hora de evacuar quanto difusa no abdômen”, explica Patrícia Schorn.

Prevenção e tratamento

O câncer de intestino é tratável e, na maioria dos casos, curável ao ser detectado precocemente, quando ainda não se espalhou para outros órgãos. Segundo o oncologista Marciano, poucos tipos de câncer podem de fato ser prevenidos com algum tipo de intervenção. 

“A colonoscopia faz o diagnóstico naquela pessoa que já tem o câncer, mas ela também trata os pólipos que são lesões precursoras. Então, essa é uma maneira que a gente tem de prevenir o câncer. E atualmente a colonoscopia está indicada para todas as pessoas acima dos 45 anos de idade, em razão da diminuição da faixa etária”, ressalta.

A médica Patrícia Schorn complementa: “Nós temos grandes condições de cura, sem dúvida alguma, e essa cura se baseia no tratamento cirúrgico e por algumas vezes a gente associa quimioterapia ou radioterapia. Algumas lesões não são necessariamente operadas, os tratamentos eles acabam tendo por objetivo um controle da doença no corpo todo e não só no intestino”, pontua.

“Como todo câncer, quanto mais precoce nós fizermos o diagnóstico, maior é a nossa chance de cura”, lembra a médica Patrícia.

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Dr. Ajuda
13/03/2024 00:05h

Neste episódio a dermatologista, Vivian Barzi Loureiro, fala sobre os cravos

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Os cravos são lesões na pele extremamente comuns e que costumam aparecer na adolescência.

Cravos nada mais são do que poros obstruídos. Na nossa pele existem as glândulas sebáceas que produzem o sebo, cujo objetivo é manter a pele saudável, macia e protegida. Os poros são as aberturas dessas glândulas na superfície da pele, e é por eles que o sebo é liberado, e quando os poros ficam obstruídos os cravos se formam.

A obstrução pode ser causada pelo excesso de produção de sebo, sebo espesso, acúmulo de células mortas e queratina. Os cravos aparecem nas partes mais oleosas da pele.

Na adolescência, ocorre uma elevação dos hormônios, causando aumento na secreção das glândulas sebáceas e, consequentemente, formação de mais cravos.

Qual é a diferença entre cravo e espinha?

Basicamente, a espinha é o cravo inflamado. O cravo é a lesão inicial da acne, quando ocorre uma inflamação ao redor do cravo, temos uma espinha. Todo mundo que tem acne, obrigatoriamente tem cravos, mas bem todo mundo tem espinhas. Apenas de estarem relacionados, o cravo e a espinha não são a mesma coisa.

Cravo tem tratamento?

Sim. O tratamento tem como objetivo controlar a produção de sebo e diminuir a obstrução dos poros, e para isso é fundamental ter uma rotina adequada de cuidados com a pele.

Lave o rosto duas vezes ao dia com o sabonete indicado para o seu tipo de pele, caso necessário pode incluir um tônico para complementar a limpeza e remover o excesso da oleosidade. Escolha produtos não oleosos e que não obstruem os poros. Um esfoliante suave pode ser usado uma ou duas vezes por semana, e deve ser feito com muita cautela. 

Não é recomendado tentar espremer os cravos em casa, pois pode causar inflamação, infecção, manchas e até  cicatrizes permanentes. A remoção dos cravos deve ser feita sempre por um bom profissional que irá utilizar produtos e instrumentos específicos para isso.

Se você se sente incomodado com os cravos, procure um médico dermatologista. 

Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda e acesse o site: www.portaldoutorajuda.com.br.

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12/03/2024 00:10h

A cobertura vacinal em crianças de 3 a 4 anos está em 23% para duas doses e 7% para o esquema vacinal completo, com três doses

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A cobertura vacinal entre crianças e adolescentes contra Covid-19 continua baixa no Brasil. É o que revela estudo divulgado nesta segunda-feira (11), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

De acordo com o levantamento, a cobertura vacinal em crianças de 3 a 4 anos está em 23% para duas doses e 7% para o esquema vacinal completo, com três doses. Além disso, entre as que tem entre 5 e 11 anos, a cobertura está em 55,9% com duas doses e 12,8% em relação ao esquema vacinal completo.   

PISO DA ENFERMAGEM: Quem contratar e burlar valor estabelecido em lei pode pagar com juros e correção monetária

Diante desse cenário, o estudo revela que houve uma redução significativa no número de mortes entre crianças e adolescente, desde o início da vacinação contra a doença, o que segundo a Fundação, pode indicar uma eficácia do imunizante. 

O estudo analisou dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica de Gripe da Fiocruz, levando em conta as oito primeiras semanas epidemiológicas de cada ano, entre 2021 e 2024. Por volta do final de fevereiro do primeiro ano em questão, foram registradas 118 mortes por Covid-19 entre crianças e adolescentes de até 14 anos de idade. Já no mesmo período de 2024, o total de mortes pela doença entre crianças e adolescentes com menos de 14 anos foi de 48.

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12/03/2024 00:06h

De acordo com o Ministério da Saúde, 391 mortes pela doença foram confirmadas e outras 854 estão em investigação

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O Brasil registrou, nesta segunda-feira (11), mais de 1,5 milhão de casos prováveis de dengue, ao passo que 391 mortes pela doença já foram confirmadas. De acordo com dados do Painel de Arboviroses divulgado pelo Ministério da Saúde, outras 854 mortes estão em investigação. 

O balanço mostra que o país tem um coeficiente de incidência de 757,5 casos a cada 100 mil habitantes. Distrito Federal, Minas Gerais, Espirito Santo, Paraná e Goiás contam com as maiores taxas de incidência da doença. 

PISO DA ENFERMAGEM: Quem contratar e burlar valor estabelecido em lei pode pagar com juros e correção monetária

Até o momento, pelo menos sete Unidades da Federação já decretaram estado de emergência por conta do número elevado de casos de dengue. Entre elas estão Rio de Janeiro; Espírito Santo; Minas Gerais e Santa Catarina. 

Ainda segundo o ministério, a incidência de casos prováveis é maior entre mulheres (55,5%). A faixa etária que apresenta o maior número de notificações são os adultos entre 30 e 39 anos. 
 

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