O Sistema Único de Saúde (SUS) passa a oferecer transplantes de intestino delgado e multivisceral, procedimentos de altíssima complexidade que até então não estavam disponíveis na rede pública. Com essa iniciativa, o Brasil se posiciona entre os países que mais disponibilizam esse tipo de tratamento no sistema público de saúde.
A medida beneficia pacientes com falência intestinal irreversível, condição em que o intestino perde a capacidade de digerir e absorver nutrientes essenciais. Com a nova portaria publicada pelo Ministério da Saúde, esses transplantes passam a ser incorporados oficialmente ao SUS.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância estratégica da iniciativa para o fortalecimento da rede pública. “A gente investir no transplante tem um peso enorme para nós, enquanto Ministério da Saúde. Não só para salvar vidas — o que já seria muito importante — mas também para apoiar o trabalho e a dedicação dos profissionais que se dedicam e estudam tanto em relação a isso. Além disso, fortalecer o nosso Programa Nacional de Transplantes provoca impactos positivos no conjunto da nossa rede de saúde.”
Segundo dados da pasta, em 2025 já foi realizado um transplante multivisceral em São Paulo. O procedimento foi feito em um paciente do sexo masculino, com idade entre 35 e 49 anos. Atualmente, cinco hospitais já realizam esse tipo de intervenção: um no Rio de Janeiro e quatro em São Paulo. A expectativa é ampliar esse número com novas habilitações.
Antes de indicar o transplante, o SUS investe na reabilitação dos pacientes. Para isso, o Ministério reajustou em 400% o valor da diária do tratamento. Quatro hospitais já estão habilitados para essa etapa: três em São Paulo e um em Porto Alegre.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
O Ministério da Saúde lançou uma política inédita para fortalecer a doação de órgãos e tecidos no Brasil: o Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (PRODOT). Pela primeira vez, profissionais que atuam na identificação de doadores e na abordagem familiar receberão incentivos financeiros mensais, conforme o volume de atendimentos e indicadores de desempenho, como o aumento da taxa de autorização familiar.
A iniciativa, monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), tem como principal objetivo qualificar o diálogo com as famílias e aprimorar o acompanhamento das doações nos hospitais, com foco na humanização e na eficiência do processo.
Para receber a qualificação, equipes hospitalares de doação (e-DOT) deverão cumprir práticas obrigatórias, como a busca ativa de potenciais doadores, participação em programas de educação institucional, treinamentos e rotinas de notificação de óbitos.
Durante o anúncio do novo PRODOT, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a importância de fortalecer as equipes que atuam diretamente na sensibilização das famílias e na organização das doações.
“Ter esse programa que reforça a qualidade, o acompanhamento e a avaliação de desempenho vai ajudar para que cada vez mais a coordenação de transplantes tenha um contato quase direto e o retorno dessas várias equipes espalhadas em serviços por todo o país", afirmou.
O PRODOT integra um conjunto de medidas que somam R$ 20 milhões por ano para modernizar o SNT. Desse total, R$ 7,4 milhões são destinados exclusivamente ao programa, que busca elevar o percentual de doações autorizadas pelas famílias brasileiras, atualmente em torno de 45%.
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O número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica já chega 148. Desse total, 41 foram confirmados e 107 estão em investigação. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde na noite desta quarta-feira (15).
De acordo com a pasta, outras 469 notificações foram descartadas. Entre os estados, São Paulo é o que registra a maior quantidade de notificações, com 60,81%. A unidade da federação conta com 33 casos confirmados e 57 em investigação.
VEJA MAIS:
Até o fechamento desta matéria, só foram confirmados casos em quatro estados brasileiros. Além de São Paulo, há quatro confirmações no Paraná, três em Pernambuco e uma no Rio Grande do Sul.
Em relação aos casos em investigação, o cenário é o seguinte:
Já quanto ao número de óbitos, o Ministério da Saúde informou que 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 ainda estão em fase de investigação, sendo 4 em São Paulo, 3 em Pernambuco, 1 em Mato Grosso do Sul, 1 na Paraíba e 1 no Paraná.
O Ministério da Saúde chegou a enviar uma nota técnica aos estados e municípios com diretrizes para atendimento, diagnóstico e notificação de casos suspeitos. Os principais trechos das notas são os seguintes:
A atualização das notificações de intoxicação por metanol, em decorrência do consumo de bebidas alcoólicas, é realizada nos dias de funcionamento da Sala de Situação, ou seja, às segundas, quartas e sextas-feiras, após às 17h.
Saiba como funciona e quem deve considerar
Se você está se aproximando dos 35 anos e pensa em ser mãe mais tarde, o congelamento de óvulos pode ser uma alternativa.
"A fertilidade feminina diminui com o tempo: aos 30 anos, 1 em cada 10 mulheres tem dificuldade para engravidar; aos 35, é 1 em 5; e aos 40, 1 em 3”, explica o ginecologista Dr. Luiz Henrique (CRM: 120.314/SP).
O congelamento permite preservar óvulos com a qualidade da idade atual, mesmo que sejam usados anos depois. É indicado para quem deseja postergar a maternidade, fará cirurgias ovarianas ou passará por tratamentos como a quimioterapia.
O processo dura cerca de 10 dias, com estimulação ovariana e coleta sob sedação. Os óvulos ficam armazenados em nitrogênio líquido por tempo indefinido. Embora não garanta gravidez, preserva a chance de engravidar no futuro.
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Com o objetivo de ampliar e modernizar a rede pública de saúde e educação em todo o país, o Governo Federal anunciou o Fundo de Investimentos em Infraestrutura de Saúde (FIIS-Saúde). A nova linha de financiamento vai disponibilizar, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), R$ 20 bilhões em crédito subsidiado para obras, aquisição de equipamentos e veículos.
O edital estabelece prioridade para projetos habilitados no PAC Seleções 2023 e 2025, assim como para aqueles apresentados por entidades participantes do Programa Agora Tem Especialistas.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a iniciativa é uma oportunidade inédita de financiamento para expandir e melhorar os serviços de saúde em todo o Brasil. “As entidades filantrópicas e privadas que prestam serviços ao SUS nunca tiveram um financiamento como este”, afirmou.
Padilha também ressaltou o impacto positivo na indústria nacional: “Outro diferencial é o fortalecimento da indústria de equipamentos médicos que produz no Brasil, contribuindo para a soberania tecnológica e produtiva do nosso país”.
De acordo com o regulamento, podem apresentar propostas ao FIIS-Saúde:
Os entes públicos com propostas previamente habilitadas no PAC Seleções 2023 e 2025 estão dispensados de nova análise técnica das obras, visto que essas etapas já foram concluídas. Com isso, os projetos seguem diretamente para a fase de financiamento e novas propostas também poderão ser apresentadas.
A liberação dos recursos está prevista para os anos de 2025 e 2026, com R$ 10 bilhões destinados a cada período. As condições de financiamento incluem juros abaixo das taxas praticadas pelo mercado, prazo de até 20 anos para pagamento e carência de 24 meses.
O crédito poderá ser acessado de duas formas:
Os recursos disponibilizados pelo fundo podem ser aplicados em:
As inscrições para o FIIS-Saúde estão abertas e podem ser realizadas até 7 de novembro de 2025 pelo portal Transferegov.br. As propostas devem ser apresentadas por Carta-consulta eletrônica, disponível no sistema.
O Brasil realizou cerca de 15 mil transplantes no primeiro semestre de 2025, o maior número da série histórica. Apesar do avanço, o sistema ainda enfrenta um desafio: 45% das famílias recusam a doação de órgãos. Esse índice limita o número de transplantes e contribui para a longa lista de espera. Segundo o Sistema Nacional de Transplantes, no ano recorrente, mais de 47 mil pessoas aguardam por um transplante de órgãos no país.
Para reverter esse cenário, a campanha de doação de órgãos de 2025 do Ministério da Saúde “Você diz sim, o Brasil inteiro agradece” pretende conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e tecidos. A iniciativa busca reduzir os casos de recusa familiar.
Por essa razão, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reitera a importância de comunicar à família o desejo de doar. “O fato de alguém falar para um familiar, escrever uma carta, fazer um comunicado, conversar sobre isso e, hoje, postar na rede social que é um doador — que quer ser um doador se um dia acontecer uma fatalidade e perder a vida —, que quer fazer com que continue a defesa da vida, salvando a vida de outras pessoas, faz toda a diferença na decisão da família", disse.
A técnica de enfermagem Rita de Kássia, do município goiano de Luziânia, autorizou a doação dos órgãos do filho Gabriel, de 21 anos, que faleceu após sofrer um choque elétrico e ser diagnosticado com morte encefálica. Foram doados rins, fígado, coração e córneas. Seis pessoas foram beneficiadas. Segundo Rita, o filho já havia manifestado o desejo de ser doador antes do acidente.
“Se a vontade dele era ser doador, então eu decidi doar os órgãos dele. Apesar de todo o sofrimento em perder um filho, em saber que nunca mais eu teria ele aqui, tive a plena convicção de que salvar outras vidas através dele seria um ato de heroísmo da parte dele", conta a técnica.
O Brasil é o terceiro país em número absoluto de transplantes, atrás de Estados Unidos e China, e o primeiro em volume realizado exclusivamente por sistema público.
“Você diz sim, o Brasil inteiro agradece”. Converse com sua família e seja um doador. Para mais informações, acesse o site gov.br/saude.
Nesta edição do Dr. Ajuda, especialista explica como o congelamento de óvulos preserva a fertilidade
Se você está se aproximando dos 35 anos e pensa em ser mãe mais tarde, o congelamento de óvulos pode ser uma alternativa.
"A fertilidade feminina diminui com o tempo: aos 30 anos, 1 em cada 10 mulheres tem dificuldade para engravidar; aos 35, é 1 em 5; e aos 40, 1 em 3”, explica o ginecologista Dr. Luiz Henrique (CRM: 120.314/SP).
O congelamento permite preservar óvulos com a qualidade da idade atual, mesmo que sejam usados anos depois. É indicado para quem deseja postergar a maternidade, fará cirurgias ovarianas ou passará por tratamentos como a quimioterapia.
O processo dura cerca de 10 dias, com estimulação ovariana e coleta sob sedação. Os óvulos ficam armazenados em nitrogênio líquido por tempo indefinido. Embora não garanta gravidez, preserva a chance de engravidar no futuro.
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A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada na quinta-feira (9), aponta avanço dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados por influenza A no estado de São Paulo (SP). Em 2025, o vírus já é responsável por metade das mortes por SRAG, com cerca de 50,7% dos óbitos.
De acordo com os pesquisadores, o crescimento de notificações em SP acende um alerta, devido às amplas conexões com outras regiões do país, fator que pode acelerar a disseminação do vírus em território nacional.
O levantamento epidemiológico ainda indica situação de alerta, risco ou alto risco para os casos de SRAG em sete estados brasileiros:
A análise é referente à Semana epidemiológica (SE) 40, de 28 de setembro a 4 de outubro.
A pesquisa revela que a Covid-19 é responsável por 53,3% de óbitos por SRAG nas últimas quatro semanas. O vírus segue a impulsionar o aumento dos casos de SRAG no Sul, nos estados do Paraná e Santa Catarina. Por outro lado, no Distrito Federal, Espírito Santo e Goiás os índices associados ao vírus mostram sinais de interrupção do crescimento.
Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada para evitar a alta das notificações.
“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, enfatiza Portella.
O rinovírus tem contribuído para o aumento das incidências de SRAG, especialmente entre crianças e adolescentes, em diversos estados do país. Os principais registros ocorrem nas regiões Norte, como Amazonas, Pará e Roraima, e no Sul, com destaque para Paraná e Santa Catarina, além do Rio de Janeiro.
No estado do Amazonas, os casos provocados pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em crianças menores de dois anos seguem em crescimento.
No cenário nacional, o número de notificações de SRAG apresenta sinal de crescimento nas tendências de curto e longo prazo. As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o rinovírus é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por covid-19 e influenza A.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Rinovírus | 41,5% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 16,1% |
Influenza A | 17,1% |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 11,1% |
Influenza B | 2% |
Em relação aos óbitos registrados no mesmo período, a Covid-19 aparece como a principal causa, seguida pelo rinovírus e pela influenza A.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 52,3% |
Rinovírus | 22% |
Influenza A | 15,9% |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 5,1% |
Influenza B | 2,3% |
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados mais de 189 mil casos de SRAG, sendo 52,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre as notificações positivas:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 42,1% |
Rinovírus | 27,4% |
Influenza A | 23,3% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7,9% |
Influenza B | 1,2% |
No mesmo recorte temporal, já foram contabilizadas mais de 11 mil mortes. Desse total, 51,8% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório, com destaque para a influenza A, principal agente identificado.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Influenza A | 50,7% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 22,7% |
Rinovírus | 13,8% |
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 11,9% |
Influenza B | 1,8% |
Fraqueza nas pernas depois de uma gripe? Pode ser algo mais sério!
Você já teve uma gripe forte e, depois, começou a sentir fraqueza nas pernas ou formigamento subindo pelo corpo? Esses podem ser sinais da síndrome de Guillain-Barré, uma doença autoimune rara que ataca o sistema nervoso periférico.
"O sistema imunológico passa a atacar por engano a bainha de mielina, prejudicando a condução dos impulsos nervosos", explica o neurologista Dr. Alexandre Motta Mecê (CRM: 190.946/SP).
Os sintomas incluem dormência, fraqueza muscular progressiva, dor profunda, perda de coordenação e, em casos graves, dificuldade para engolir ou respirar. A síndrome pode surgir após infecções virais ou bacterianas e requer diagnóstico precoce.
O tratamento envolve plasmaferese (procedimento médico em que o plasma sanguíneo é separado do sangue total), imunoglobulina venosa e reabilitação física. Com atendimento rápido, a maioria dos pacientes se recupera completamente ou com sequelas mínimas.
Procure ajuda médica se notar esses sintomas.
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O Ministério da Saúde informou a existência de 259 notificações de casos de intoxicação por metanol relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas. Desse total, 24 foram confirmados, 235 seguem em investigação e 145 foram descartados.
A maioria das ocorrências se concentra em São Paulo, estado que também contabiliza cinco mortes. Além de São Paulo, apenas Paraná e Rio Grande do Sul notificaram ocorrências.
O Ministério recebeu, nesta quinta-feira (9), um lote com 2,5 mil unidades do fomepizol, medicamento usado como antídoto no tratamento de intoxicação por metanol. As doses reforçam o estoque do Sistema Único de Saúde.
A primeira remessa, com 1,5 mil unidades, começou a ser distribuída prioritariamente para o estado de São Paulo.
Diante da crise, o Tribunal de Contas da União (TCU), na sessão plenária de 2 de outubro, determinou a fiscalização dos órgãos públicos federais responsáveis pelo controle da produção e venda de bebidas no país.
A fiscalização da produção e do comércio de bebidas no Brasil envolve diversos órgãos públicos (federais, estaduais e municipais), como Ministério da Agricultura, Anvisa, vigilâncias sanitárias, polícias civiis e Polícia Federal, procons e Ministério Público.