A Tensão Pré-Menstrual (TPM) é uma condição comum que afeta entre 75% e 85% das mulheres, causando alterações físicas e de humor que acontecem alguns dias antes da menstruação e se repetem por vários meses.
Os sintomas são divididos entre os de humor, como ansiedade, depressão e irritabilidade, sensação de choro fácil, oscilações de humor, dificuldade de concentração, insônia ou aumento do sono. Já os físicos incluem dor de cabeça, sensação de inchaço e dor de cabeça, dor e aumento nas mamas, alterações de apetite, fadiga, falta de energia, aumento da sede, sintomas gastrointestinais como diarreia, piora da acne e dores musculares ou nas articulações.
A medicina ainda não sabe a causa exata da TPM, mas alguns fatores parecem estar envolvidos:
O diagnóstico é feito com base nos sintomas descritos pela mulher, existem exames que confirmam a síndrome pré menstrual. É importante que esses sintomas ocorram uma semana antes da menstruação e se repita por pelo menos três ciclos menstruais consecutivos.
Quanto ao tratamento, podem ser indicadas mudanças no estilo de vida, como praticar exercícios físicos, reduzir o estresse e adotar uma dieta saudável. Em casos leves e moderados, a mudança comportamental já melhora muito os sintomas, mas em casos mais graves pode ser necessário o uso de medicações. Dentre os medicamentos, os mais comuns são: anticoncepcionais hormonais, que param a ovulação diminuindo as oscilações hormonais; anti-inflamatórios como ibuprofeno podem ajudar na dor, mas cuidado com o uso abusivo dessas medicações; Diuréticos também podem ajudar na sensação de inchaço.
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Os moradores das regiões Norte e Nordeste são os mais afetados pela insegurança alimentar no Brasil. É o que indica o recente levantamento do módulo Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados revelam que as regiões Norte aparece com 60,3% e o Nordeste com 61,2%.
Segundo o economista Aurélio Trancoso, é preciso ter uma gestão pública independente — sem levar em consideração a parte política. Na opinião do especialista, o aumento de impostos e a nova carga tributária podem complicar ainda mais esse cenário.
“As pessoas não conseguem hoje comprar. Nós ficamos mais pobres depois da pandemia, não teve aumento de salário e teve aumento de produtos. E hoje a gente vê que os produtos só estão aumentando e as pessoas estão perdendo o poder de compra.”, lamenta.
O analista da PNAD Contínua André Luiz Martins Costa avalia o resultado da pesquisa:
“São 20,6 milhões de brasileiros em domicílios que tiveram o grau de insegurança alimentar moderada ou grave, que são graus associados a domicílios que passam por uma restrição severa de alimentos em quantidade e variedade”.
Ao complementar, André Luiz diz que essa insegurança alimentar também é marcada por desigualdades:
“Domicílios no norte e nordeste apresentam um nível de insegurança alimentar maior se comparado com aqueles domicílios das regiões sudeste e sul também são notáveis com relação à comparação de domicílios com segurança alimentar ou com insegurança alimentar”, aponta.
A insegurança alimentar ocorre quando os moradores do domicílio não têm acesso regular e permanente a alimentos de qualidade e em quantidade suficiente, conforme o Ministério da Saúde. Ela pode ser classificada da seguinte forma:
Os dados da pesquisa revelam que 21,6 milhões de domicílios (27,6%) são afetados por algum grau de insegurança alimentar. A forma mais grave engloba cerca de 3,2 milhões de domicílios (4,1%).
O levantamento mostra ainda que, enquanto as regiões Norte e Nordeste têm menor possibilidade de ter domicílios em segurança alimentar, a pesquisa revela que o Centro-Oeste com 75,7%, Sudeste 77,0% e Sul 83,4% apontam maiores percentuais.
O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (25), mostra o aumento de internações por infecções respiratórias em todo o país, principalmente em função do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.
Apesar de indicar uma redução ou estabilidade em níveis relativamente baixos dependendo da região do país, a Covid-19 continua sendo a principal causa de morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os idosos.
O coordenador do Boletim Infogripe, Marcelo Gomes, destaca que entre as crianças de até dois anos, os casos de Covid-19 já são menos frequentes do que os causados pelo VSR. Esse vírus já responde por 57,8% do total de casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratório.
“O Vírus Sincicial Respiratório interna principalmente crianças pequenas, embora também vemos em idosos um certo volume associado para internações por conta do VSR. Também observamos o risco de virar óbito em idoso, um fator importante”, aponta.
Gomes alerta para a relevância da vacinação, especialmente agora que a campanha contra a influenza A, o vírus da gripe, está em andamento.
Caroline Andrade, pediatra do Hospital Santa Helena de Brasília, da Rede D’Or, explica que a prevenção do VSR é semelhante às adotadas para evitar a Covid-19.
“Evitar lugares fechados e aglomerados, enviar crianças com sintomas gripais para escolas ou creches até resolução do quadro, evitar contato dessas crianças com adultos com síndrome gripal e a higienização correta das mãos e superfícies”, informa.
De acordo com o Boletim Infogripe, 23 estados apresentam crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo.
Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento da síndrome, sendo elas:
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Dengue: Ministério da Saúde vai distribuir vacinas para mais 625 municípios
Casos de Covid-19 aumentam no Brasil; aponta Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anunciou, nesta quinta-feira (25), que mais 625 municípios vão receber doses da vacina contra a dengue. A expectativa da pasta é que a distribuição dos imunizantes para essas cidades comece na sexta-feira (26).
Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, destacou o esforço da pasta para ampliar o acesso dos municípios às vacinas contra a doença.
"A boa notícia é que a gente amplia para mais seis estados. Agora, temos 25 estados da federação contemplados com a vacina. Vamos atingir mais 625 municípios. Esses 625 vão somar com os 705 já contemplados, o que vai dar 1.330 municípios em todo o Brasil", detalhou em entrevista coletiva.
O Ministério da Saúde já recebeu as remessas da fabricante da vacina e agora vai iniciar distribuí-las aos municípios. Até o momento, a pasta enviou 1.682.139 doses aos estados e Distrito Federal.
Em todo o país foram 3.852.901 casos da doença em 2024, dos quais 1.792 moreram.. Há ainda 2 mil mortes sob investigação pelas secretarias de saúde estaduais e municipais. A letalidade subiu de 0,04% para 0,05%.
Na 16ª Semana Epidemiológica — entre 13 e 20 de abril — mais um estado passou a integrar a lista dos entes que têm tendência de queda para a dengue. São 11 os estados com situação melhor, na comparação com a semana anterior: Acre, Amapá, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
A lista de estados em que há tendência de alta nos contágios subiu de cinco para seis. Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins compõem o grupo. Já aquela que reúne os estados que apresentam estabilidade no cenário epidemiológico caiu de 12 para 10. Alagoas, Amazonas, Bahia, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Ethel Maciel diz que, embora o cenário geral seja ligeiramente melhor do que na última semana, não há motivos para as autoridades de saúde e a população baixarem a guarda.
"Apesar de estarmos numa tendência de queda e estabilização dessa epidemia, nós precisamos saber que muitas pessoas ainda ficarão doentes, muitas pessoas poderão ficar graves, mas nós podemos evitar muitos óbitos. Então, é importante que as famílias, a própria pessoa, nós mesmos e os profissionais de saúde estejam muito atentos tanto para os sinais e sintomas, para um diagnóstico correto, quanto para os sinais de alerta", destacou.
Dengue: tendência é de redução de casos no país, apontam dados do Ministério da Saúde
A secretária do Ministério da Saúde também anunciou que a Fiocruz vai inaugurar na segunda-feira (29) a segunda fábrica para a produção de mosquitos Aedes aegypti por meio do Método Wolbachia.
De acordo com a Fiocruz, a Wolbachia é uma bactéria que impede que os vírus da dengue se desenvolvam dentro do mosquito, contribuindo para a redução da doença. O novo projeto será desenvolvido em uma unidade situada em Minas Gerais.
Neste episódio a infectologista, Fernanda Descio, fala sobre o que fazer em casos de dengue
Com a epidemia de dengue no Brasil, é crucial saber identificar a doença. Se você apresentar sintomas como febre alta, dores no corpo e nas articulações, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, vômitos, náuseas e manchas vermelhas pelo corpo procure um serviço de saúde ou um médico para definir o diagnóstico.
O diagnóstico da dengue é primeiramente clínico, baseado na história do paciente, nos sintomas que ele apresenta e no exame físico realizado durante a avaliação médica. Existem também exames laboratoriais que podem auxiliar nesse processo, como o hemograma.
A dengue é uma doença causada por um vírus, não existe um remédio, até o momento, capaz de matar esse vírus. O tratamento se baseia em medicações de suporte até que o nosso sistema de defesa elimine o vírus, e o principal tratamento é a hidratação, que deve ser feita com bastante atenção.
É muito importante saber que NÃO se pode fazer o uso de anti-inflamatórios, como o diclofenaco por exemplo, por conta do risco de sangramentos. Em caso de pessoas com doenças crônicas, que fazem uso de aspirina ou algum anticoagulante, devem procurar o seu médico para avaliar se será necessário ajuste na medicação. Em caso de febre ou dor, você pode tomar dipirona ou paracetamol.
Primeiramente, você deve saber de tem algum sinal de alerta, que são:
Na presença de qualquer um desses sinais de alarme, você deve procurar um serviço de emergência para avaliação.
Mesmo já estando contaminado com a dengue, devemos utilizar repelentes e também manter a busca e eliminação de focos de dengue, como a água parada em casa ou nas proximidades.
Além disso, a dengue tem quatro tipos diferentes, então mesmo após uma infecção por dengue ainda é possível ser contaminado novamente por outro sorotipo, por isso manter os cuidados de prevenção continua sendo muito importante, como o uso de repelentes, roupas compridas, telas e mosquiteiros para crianças pequenas e eliminar os focos da dengue.
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Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados, seguida do Centro-Oeste e Sul
Foram notificados 19.870 novos casos de Covid-19 no Brasil entre os dias 7 e 13 de abril, de acordo com os últimos dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Houve um aumento de mais de 5 mil casos quando comparados com a semana anterior. Além disso, foram registradas 148 mortes decorrentes da doença nesse período.
Segundo os dados, o Sudeste é a região com o maior número de casos acumulados (11.563), seguida do Centro-Oeste (3.560) e Sul (3.470).
DENGUE: DF entra na lista das 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença
A especialista em gestão de saúde Chrystina Barros explica que a Covid-19 deixou de ser uma emergência sanitária e passou a ser uma doença do dia a dia, como a gripe. “Assim como todos os anos a gente precisa se vacinar contra a gripe, Influenza, também precisamos renovar a proteção, se vacinar contra a Covid. Então é muito importante que, em cada município, as pessoas estejam atentas à convocação, à divulgação de calendários”, pontua.
Ela destaca que assim como a gripe, a Covid-19 pode gerar complicações que resultam em internações e mortes. O Ministério da Saúde também ressalta que a vacinação é a forma mais segura de prevenir casos graves e mortes pela doença.
A pasta informou que 12,5 milhões de doses da mais recente vacina contra a Covid-19 estão programadas para serem disponibilizadas à população nos próximos quinze dias. Na sexta-feira (19), o departamento finalizou o contrato com a empresa vencedora do certame emergencial. Após essa fase, prevê-se que as novas doses sejam distribuídas aos estados em um prazo de dez a doze dias.
Segundo o Ministério da Saúde, o número de doses contra Covid-19 aplicadas é de 518.848.678, até o momento — incluindo as doses de primeira, segunda e terceira aplicação, bem como as doses de reforço.
No que se refere à vacina bivalente, recomendada pela pasta como reforço para pessoas com mais de 12 anos que apresentam comorbidades — ou para adultos sem comorbidades — o total de doses aplicadas no Brasil foi de 35.790.622.
A estudante Andriely Katrine, de 22 anos, mora em Manaus, no Amazonas. Ela afirma que tomou quatro doses da vacina contra Covid-19 e que durante esse tempo não pegou a doença.
“Tanto como uma cidadã, como usuária do SUS [Sistema Único de Saúde], quanto acadêmica [de enfermagem] e futura profissional de saúde, eu acho muito importante incentivar a cultura da vacinação e aderir a ela, mesmo com todas as ressalvas que a gente pode ter, porque elas evitam que a gente contraia doença”, aponta.
Para ela, a pandemia trouxe sentimentos negativos para a população, como estresse e ansiedade. Andriely diz que conforme as pessoas foram se vacinando, esses sentimentos diminuíram, na medida que as pessoas puderam voltar a sair de casa.
Neste episódio a dermatologista, Vivian Loureiro, fala sobre descamação de pele
A descamação da pele está presente em muitas condições dermatológicas. Pode ter diversas causas e características associadas, que auxiliam o médico no diagnóstico preciso. Entre elas:
Além dessas, outras diversas condições dermatológicas podem causar descamação na pele como doenças autoimunes, alergia a medicamentos e outro tipos de câncer. Por isso, se sua pele estiver descamando ou apresentar lesões descamativas, não deixe de procurar o médico, de preferência um dermatologista.
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Neste episódio o ortopedista especialista em joelho, Rodrigo Calil, fala sobre condromalácia patelar
Toda a junta ou articulação do corpo humano é amortecida por um tipo de tecido chamado de cartilagem articular, essa cartilagem é resistente e cobre as extremidades de todos os ossos dentro das nossas articulações.À medida que essa articulação se movimenta, essa cartilagem permite que os ossos deslizem suavemente entre eles.
Em algumas situações, essa cartilagem pode amolecer e se romper causando lesões nesses tecidos levando a condromalácia ou condropatia, a doença da cartilagem.
A condromalácia pode afetar qualquer articulação do corpo humano, sendo a da patela uma das mais frequentes. A patela é um ossinho de formato circular que fica na parte da frente do joelho, e é responsável por conectar os músculos da coxa com a perna, exercendo papel de proteção da articulação do joelho e também a função de facilitar o movimento de extensão do joelho. Quando essa cartilagem fica amolecida, pode se romper ou se fragmentar até ocorrer a exposição do osso embaixo da cartilagem. Com o passar do tempo, essa exposição óssea pode acabar gerando um processo degenerativo da articulação, chamado de osteoartrite ou artrose.
As principais causas são:
Os sintomas comuns incluem:
O diagnóstico é feito a partir do histórico clínico, o médico irá avaliar o histórico de traumas, características da dor, no exame físico o médico vai observar o alinhamento do joelho, sinais de atrofia da musculatura ou de encurtamento, movimento da patela, aumento do volume e dor em alguns locais. Para complementar o diagnóstico pode ser necessário a realização de exames de imagem, como uma radiografia ou uma ressonância magnética do joelho.
É importante destacar que esta é uma condição crônica, não possui cura, sendo fundamental adotar medidas preventivas para evitar sua rápida progressão. Recomenda-se:
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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam aumentando no Brasil, principalmente devido ao vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A — o vírus da gripe; aponta o Boletim InfoGripe Fiocruz divulgado nesta quinta-feira (18). Segundo as informações, os casos de Covid-19 continuam em declínio, com alguns estados mantendo uma estabilidade em níveis reduzidos.
Além disso, as mortes relacionadas à SRAG continuam mais altas entre os idosos, com a predominância da Covid-19 neste grupo etário. No entanto, o panorama é diferente para crianças de até dois anos de idade. O aumento da circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem ocasionado um crescimento expressivo na mortalidade por SRAG nesse grupo, ultrapassando os casos associados à Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas.
Caroline Andrade, pediatra do Hospital Santa Helena de Brasília, da Rede D’Or, explica que o VSR é um vírus respiratório comum, que geralmente causa sintomas semelhantes ao resfriado.
“Ele é responsável por infecção respiratória em todas as faixas etárias, porém ele é mais comum e pode ser mais grave em bebês e crianças. A população que tem maior chance de desenvolver a forma grave são os recém-nascidos prematuros, as crianças menores de 6 meses e os menores de dois anos que tem associado a alguma comorbidade,” informa.
43% da população aponta a saúde como prioridade para os próximos três anos, mostra pesquisa da CNI
O coordenador do Boletim InfoGripe, Marcelo Gomes, destaca que a campanha da vacina contra gripe é uma das formas de combater a morte por SRAG, decorrente da influenza A. “O foco é diminuir o risco de agravamento de um resfriado que pode acabar desencadeando uma internação — e até eventualmente, uma morte. Então a vacina da gripe é simplesmente fundamental”, aponta.
Gomes também destaca que aqueles que apresentarem sintomas de infecções respiratórias devem buscar atendimento médico, especialmente grupos de risco. Outras recomendações são fazer repouso, isolamento e utilizar “boas” máscaras.
Entre as capitais brasileiras, 19 mostram indícios de aumento de SRAG. São elas:
Em sua atualização mais recente sobre o panorama nacional da dengue, o Ministério da Saúde aponta que há tendência de redução dos casos no país. A situação melhorou em 10 estados. Em 12 unidades da federação, as ocorrências estão estáveis, enquanto em cinco entes houve aumento do contágio.
Segundo Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, o pior cenário da doença parece estar ficando para trás, mas é preciso manter a cautela.
“Neste momento, passamos pelo pico. Subimos a montanha e, agora, estamos descendo, mas nessa descida ainda precisamos continuar em alerta”, afirmou durante evento na sede da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).
O Distrito Federal e seis estados, sendo estes Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás e Santa Catarina, concentram mais de 85% dos casos, mas apenas no Paraná a curva de casos continua subindo. Bahia, Maranhão, Ceará e Sergipe completam a lista das cinco unidades da federação onde há alta de infecções.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde sobre a arbovirose, registraram-se 3.507.062 casos prováveis, 217.423 ocorrências a mais do que na atualização anterior. O número de óbitos por conta da dengue saltou para 1.544. A taxa de letalidade da doença continua em 0,04%.
O estado está entre as dez unidades da federação onde há tendência de queda no número de casos. De janeiro até agora, 706.682 pessoas tiveram dengue em São Paulo.
Na 15ª semana epidemiológica – entre 7 e 13 de abril – as autoridades de saúde registraram 24 mil novos casos. O número é bem inferior ao observado na semana anterior, quando houve 60 mil ocorrências.
O analista de sistemas Bruno Gentil, de 35 anos, mora na cidade de São Paulo e se recupera da doença que contraiu há cerca de 10 dias. Logo no primeiro dia, quando os primeiros sintomas apareceram, ele procurou atendimento e orientação médica. E conta que isso foi fundamental para conseguir se recuperar e evitar o agravamento da dengue.
“Estava orientado sobre hidratação — o máximo possível — e repouso. A partir dali, foi simplesmente controlar a febre. Tenho certeza que meu quadro não ficou pior por estar seguindo todas as orientações do médico”.
DENGUE: SP está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença
Também no Sudeste, Minas Gerais é outro estado que apresenta queda no número de casos. Desde o início do ano, 1.026.290 pessoas foram infectadas pela doença.
No entanto, o número de novas ocorrências na 15ª semana epidemiológica foi de 10,9 mil, enquanto nos sete dias anteriores foi de 33,1 mil.
MINAS GERAIS: Estado tem tendência de queda de casos de dengue
Na capital federal, o cenário também melhorou. Desde janeiro, 219,5 mil pessoas foram infectadas pela doença no DF, mas na passagem da 14ª para a 15ª semana epidemiológica, as autoridades de saúde viram a quantidade de novos casos diminuir de 8 mil para 3,2 mil.
DENGUE: DF está entre as 10 unidades da federação com tendência de queda nos casos da doença
Já o Amazonas é um dos 12 estados do país com tendência de estabilidade, de acordo com o Ministério da Saúde. Segundo a pasta, desde janeiro foram infectadas 9,5 mil pessoas na unidade da federação. Entre os dias 7 e 13 de abril registraram-se 172 casos. Duas mortes foram confirmadas.
A Bahia está entre as unidades da federação que não têm o que comemorar quanto ao cenário para a doença. Isso porque houve alta no número de infectados na 15ª semana epidemiológica. Entre 7 e 13 de abril, as autoridades de saúde notificaram 5,2 mil casos. Até o momento, foram confirmadas 45 mortes por causa da dengue no estado.
DENGUE: Bahia está entre as cinco unidades da federação com tendência de alta nos casos da doença
Apesar da alta incidência dos casos e da necessidade de combate ao mosquito Aedes, a dengue é uma doença que pode ser prevenida. E, para evitar a forma grave, o tratamento rápido e adequado é fundamental. A secretária Ethel Maciel explica que a dengue tem suas fases: “uma inicial com muita febre e uma segunda fase — às vezes sem febre — mas é nesse momento que os sinais de alerta podem aparecer e a pessoa precisa procurar o serviço de saúde”.
“Queria aproveitar para alertar os profissionais de saúde — não só a população — para prestarem atenção no quarto e quinto dia. A pessoa chega ao serviço de saúde, relatando que teve um diagnóstico de dengue e está se sentindo com enjoo, vômito, algum sangramento. [O profissional deve] Ficar atento porque é um caso de dengue, que está ficando grave”.
Os sintomas mais frequentes da dengue são febre alta e dor de cabeça, mas é quando esses sinais começam a ir embora, que outros aparecem, como:
● vômitos;
● dor abdominal;
● tonturas ao se levantar;
● sangramento na gengiva e no nariz.
Gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma — e procurar imediatamente ajuda médica. A mesma recomendação do Ministério da Saúde vale para pais e responsáveis de crianças pequenas que apresentarem algum desses sinais.
Mesmo com a tendência de queda no número de casos registrados no estado de São Paulo, a população não pode descuidar. A eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti continua sendo a melhor forma de prevenção contra a dengue. Por isso, o Ministério da Saúde preconiza que apenas 10 minutos semanais são suficientes para vistoriar a casa e acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor. Confira alguns cuidados:
● Olhar garrafas, pneus, calhas, caixas d'água;
● Verificar o recipiente atrás da geladeira e climatizador;
● Inspecionar plantas e pratos que acumulem água;
● Verificar todo e qualquer local que tenha possibilidade de ter água parada;
● Telas e proteções nas janelas também são indicadas, além dos repelentes.
Para mais informações sobre a dengue e sobre as formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.