Gripe

16/03/2024 00:02h

De acordo com a Fiocruz, 24 unidades da federação registraram indícios de aumento de SRAG na tendência de longo prazo, ou seja, nos últimos seis meses

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O avanço de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) ocorre na maior parte do país, em todas as faixas etárias, de acordo com o Boletim InfoGripe, divulgado nessa quinta-feira (14) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

De acordo com a entidade, o cenário parte da circulação de “diversos tipos de vírus”, presentes no país. Entre eles, os principais são Sars-CoV-2 (Covid-19), influenza (gripe), vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus.

De acordo com o levantamento, os casos de SRAG por Covid-19 apresentaram um salto nos estados do Centro-Sul. No entanto, em estados como Rio de Janeiro, Goiás e São Paulo houve desaceleração do crescimento de casos em idosos, nas últimas semanas. 

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Por outro lado, a quantidade de casos de SRAG por influenza A (gripe)  registrou um avanço em estados do Nordeste. No que diz respeito ao Sudeste e ao Sul brasileiros, os casos ocorrem em combinação com o aumento por Covid-19. Já acerca de ocorrências relacionadas ao VSR, percebe-se crescimento em estados de todas as regiões do país.

Diante desse quadro, o pesquisador do Programa de Computação Científica da Fiocruz (Procc/Fiocruz) Marcelo Gomes recomenda que, ao perceber qualquer sintoma, os cuidados sejam redobrados. 

“Está com um quadro que parece um resfriado, uma gripe ou Covid-19, faça repouso, fique em casa para fazer o isolamento e a recuperação. Busque o atendimento médico adequado para saber o que se tem  —e fazer o acompanhamento específico, especialmente se for grupo de risco. Se precisar sair, não puder fazer o isolamento por algum motivo, use uma boa máscara”, orienta. 

Impacto nas crianças 

Na última semana, o boletim apontou que a SRAG ainda impacta crianças de até dois anos de idade, tendo como principal agente desse crescimento de casos o vírus sincicial respiratório. Quanto ao vírus influenza, ele tem provocado um aumento de ocorrências de SRAG em crianças, pré-adolescentes e idosos. A incidência de SRAG por Covid-19, por sua vez, mantém maior impacto nas crianças pequenas e em pessoas com idade a partir de 65 anos. 

Situação nos estados e nas capitais

De acordo com a Fiocruz, 24 unidades da federação registraram indícios de aumento de SRAG na tendência de longo prazo — ou seja, nos últimos seis meses. São eles:

  • Alagoas
  • Amapá
  • Amazonas
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Espírito Santo
  • Goiás
  • Maranhão 
  • Mato Grosso do Sul
  • Minas Gerais
  • Pará
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Piauí
  • Rio Grande do Norte
  • Rio Grande do Sul
  • Rio de Janeiro
  • Rondônia
  • Santa Catarina
  • Sergipe
  • São Paulo
  • Tocantins

Já entre as capitais, o boletim revela que 20 delas tiveram sinal de crescimento nos casos de SRAG: Aracaju (SE), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Manaus (AM), Porto Alegre (RS), Porto Velho (RO), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP), Teresina (PI) e Vitória (ES).
 

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09/03/2024 00:01h

Das 27 capitais, 18 registraram tendência de crescimento do número de casos nas últimas seis semanas

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Todas as regiões do Brasil apresentaram elevação do número de casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). O boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (7) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que, apesar disso, há uma distinção em relação aos vírus respiratórios para cada área do país. 

Enquanto no Centro-Sul prevalece a Covid-19, outras regiões como Sudeste registram, além da Covid, quadros de influenza, ou seja, o vírus da gripe. No Norte e no Nordeste brasileiros também houve aumento de casos de influenza, principalmente entre a população adulta.

O levantamento revela, ainda, que 18 das 27 capitais apresentam tendência de crescimento do número de casos de SRAG nas últimas seis semanas. Confira quais são:

  • Aracaju (SE)
  • Belém (PA)
  • Campo Grande (MS)
  • Cuiabá (MT) 
  • Curitiba (PR) 
  • Florianópolis (SC) 
  • Fortaleza (CE) 
  • Goiânia (GO) 
  • Macapá (AP)
  • Maceió (AL) 
  • Palmas (TO)
  • Porto Alegre (RS) 
  • Rio de Janeiro (RJ) 
  • Salvador (BA) 
  • São Luís (MA) 
  • São Paulo (SP)
  • Teresina (PI) 
  • Vitória (ES)

Além da elevação na quantidade de casos de Covid-19 e Influenza, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta para o avanço do vírus sincicial respiratório, que costuma afetar mais crianças e idosos.

“Vemos o aumento desse impacto principalmente em crianças pequenas, de até 2 anos de idade, mas sabemos também que os idosos têm risco de vir a falecer por conta do VSR. Então, com a retomada desse vírus, tanto crianças pequenas quanto idosos têm que ficar atentos. E o VSR, em particular, vemos em todas as regiões do país com sinal de retomada, o que pode naturalmente estar associado justamente à volta às aulas, sendo um grande facilitador. É um cenário que requer bastante atenção”, disse Gomes.

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Em relação aos casos de covid-19 e gripe, Gomes também pontuou que a aplicação de vacinas é uma das principais medidas que devem ser adotadas. Segundo ele, o uso de máscaras também é essencial. “A máscara diminui o risco de contrair vírus respiratório, principalmente nas unidades de saúde que, neste momento, estão recebendo muita gente infectada”, considera. 
 

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02/03/2024 00:05h

Em estados como Espírito Santo, Goiás e Paraná foi verificada uma probabilidade de crescimento de 95% nas últimas seis semanas

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As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil têm apresentado sinais de aumento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19. Dados do último Boletim InfoGripe da Fiocruz mostram que em estados como Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná foi verificada uma probabilidade de crescimento de 95% nas últimas seis semanas.  

O coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, explica que o cenário não é exclusividade dessas regiões, uma vez que entre os estados nordestinos também foi verificada uma situação que acende um alerta. 

“A gente também tem alguns estados do Nordeste que também apontam sinal de crescimento, mas nesses, ainda não está muito claro qual é o agente infeccioso que está por trás dessa retomada, exceto o caso da Bahia em particular, onde já podemos observar uma possível associação com o vírus Influenza A, o vírus da grupe”, explica.

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Em todo o país, quanto ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 10.985 casos de SRAG. Do total, 37,7% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório; 41,8% negativos; e ao menos 14,5% em espera por resultado laboratorial. Vale destacar que, entre os casos positivos, 8,4% são Influenza A; 0,4% Influenza B, 11% vírus sincicial respiratório e 69,6% Covid-19. 

Capitais 

Entre as capitais, 17 registraram tendência de crescimento nas últimas seis semanas. Entre elas estão Aracaju (SE), Belém (PA), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Fortaleza (CE) e Maceió (AL).

Por outro lado, Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS) apresentam possível queda nos casos, com tendência de redução que chaga a 75%. A maior queda foi registrada em Macapá (AP).
 

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21/02/2024 21:00h

Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a meta é chegar 90%; campanha encerra no dia 29 de fevereiro

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A uma semana do fim da campanha de vacinação contra a gripe (influenza) no Pará, a cobertura no estado está em 23% e a meta é de 90%, segundo a Secretaria da Saúde do estado (SESPA). Conforme a secretaria, 2,7 milhões de pessoas fazem parte dos grupos prioritários no estado, mas até o momento, 869.816 pessoas foram vacinadas.

Na Região Norte, a vacinação contra a gripe iniciou no dia 13 de novembro de 2023, visando proteger a população amazônica antes do período chuvoso. Segundo a coordenadora estadual de Imunizações, Jaíra Ataíde, a partir do dia 1º de março não haverá mais doses disponíveis para a vacinação.

“Estrategicamente, nós estamos vivenciando a vacinação da população contra a gripe para enfrentar o inverno amazônico. A grande vacinação contra a gripe no estado do Pará e nos estados da região norte termina agora no dia 29 de fevereiro. Passando este período, nós não teremos mais doses de vacina influenza disponível. Nós só estaremos vacinando novamente na aproximação de vacinação, que será exatamente final de outubro e novembro, que é quando a partir daí vai ficar a vacinação da região norte contra a gripe”, explica.

A coordenadora alerta a população sobre a importância da vacinação contra a gripe. “A vacinação contra a gripe tem o grande objetivo de evitar as complicações e hospitalizações causadas pela gripe. Então, é super importante que toda a população esteja vacinada. Um quadro de gripe pode complicar, se transformar numa síndrome respiratória aguda grave, precisar de terapia e ainda vir ao óbito”, ressalta.

De acordo com a SESPA, a vacinação estar disponível para toda a população, mas o foco principal da vacinação é com as pessoas dos grupos prioritários. 

“A vacinação contra a gripe é direcionada para os grupos que são mais suscetíveis, como no caso as crianças, os idosos, as gestantes, as puérperas e aquela população que convive em meios de grande multidão, como no caso os professores e os trabalhadores da saúde. Tem também a população de comorbidade, que são aquelas pessoas que têm uma doença de base. Essas pessoas, elas não entram exatamente no grupo prioritário chamado, mas elas também têm vacina para receber”, destaca.

Segundo a secretaria, a cobertura vacinal para o grupo de idosos é de 26%. Nos demais públicos, as coberturas vacinais são: crianças (25%), gestantes (13%), puérperas (7%), trabalhadores de saúde (17%), e professores (15%). A vacina está disponível em todos os postos de saúde nos 144 municípios do estado.

Vacina

Produzida pelo Instituto Butantan, a vacina contra a gripe protege contra três vírus respiratórios: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger contra a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).

Influenza

Segundo o infectologista Julival Ribeiro, a influenza ou gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, que possui um grande potencial de transmissão. O vírus da influenza A e B são os responsáveis pelas epidemias sazonais da doença. Ele destaca os principais sintomas da gripe.

“Os sintomas da gripe pode afetar cada pessoa com intensidade diferente, mas, de uma maneira geral, o indivíduo infectado pelo vírus da influenza acaba por ter febre geralmente acima dos 38°, dores no corpo, dor de cabeça, tosse seca, dor de garganta, cansaço e mal-estar. Apesar da maioria das pessoas terem gripe e não ter complicação nenhuma, é importante a gente lembrar que crianças, idosos, pessoas com comorbidades, têm o maior risco de desenvolver complicações da gripe.” destaca. 

Para o infectologista a vacinação é  a ŵmelhor maneira de prevenir a gripe ou influenza. Ele cita outras medidas preventivas que a população pode adotar.

“Além da vacinação, é muito importante lavar as mãos com água e sabão ou usar álcool em gel, principalmente antes de você consumir algum alimento. Utilizar o lenço descartável para fazer a higiene nasal. Cubra o nariz e a boca ao espirrar ou tossir. Evitar tocar nas mucosas dos olhos, nariz e boca, porque sua mão pode estar contaminada com o vírus e pode levar a doença. Manter um ambiente bem ventilado. Evitar contato próximo a pessoas que apresenta sinais ou sintomas de gripe. E sobretudo se você suspeitar que está com gripe ou influenza, o correto é procurar a unidade de saúde para fazer o diagnóstico”, recomenda.

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13/02/2024 04:30h

Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) orienta não voltar ao trabalho ou escola com sintomas de doenças infecciosas respiratórias

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Aproveitou muito o carnaval e agora está sentindo dor na garganta, mal-estar ou dor de cabeça? Cuidado: pode ser que esses sintomas indiquem algo além de ter gritado muito ou cansaço pós-folia. 

As doenças infecciosas respiratórias são bastante comuns nesse período, já que no carnaval o contágio é mais fácil devido às aglomerações. É o que alerta a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF).

A otorrinolaringologista Larissa Vilela Pereira, especialista da ABORL-CCF, explica que os principais sintomas dessas são dores de garganta, nariz entupido, espirros coceira no nariz, coriza, tosse, febre, dor de cabeça, dor no corpo e, em casos mais graves, até dificuldade para respirar ou dor no peito. 

“Se o paciente estiver sentindo esses sintomas o ideal é que procure uma avaliação médica para um diagnóstico correto e para iniciar o tratamento adequado para, assim, ter uma recuperação melhor e mais rápida”, orienta.

A médica também explica que falta de hidratação adequada, má alimentação, dormir pouco e consumir bebidas alcoólicas são fatores que reduzem a imunidade, o que aumenta a chance de pegar essas doenças. 

“Outro ponto super importante de se falar é que, caso você esteja com esse sintomas, evite voltar ao seu trabalho, voltar à escola no caso das crianças, antes de ter um diagnóstico adequado para evitar a transmissão para outras pessoas”, explica a otorrinolaringologista Larissa Vilela Pereira.

Saiba quais são as doenças mais comuns que circulam nesse período, segundo a ABORL-CCF:

Covid-19: Os principais sintomas são febre, tosse seca, cansaço e perda de paladar ou olfato. Os sintomas mais graves envolvem a dificuldade de respirar ou falta de ar, dor ou pressão no peito. 

Resfriado: É causado por vírus e apresenta sintomas como nariz entupido, coceira no nariz, espirros e mal-estar.     

Gripe: Provocada pelo vírus influenza, tem os mesmos sintomas do resfriado, além de febre alta e dores pelo corpo. Pode acompanhar dor de garganta, tosse e falta de ar.
Amigdalite/faringite: Podem ser causadas por vírus ou bactérias. Os principais sintomas são: dor de garganta mais de dois dias, dificuldade para engolir, garganta vermelha e inchada ou com pus, febre, dor de cabeça ou no pescoço e ínguas na região do pescoço ou mandíbula.

Mononucleose: Apesar de não ser uma doença respiratória, essa enfermidade é provocada pelo vírus Epstein-Barr (VEB), da família Herpes, e pode ser confundida com amigdalite devido à semelhança dos sintomas. Os principais são fadiga, dores no corpo, febre, aumento dos gânglios na região do pescoço, placas esbranquiçadas  nas amígdalas, indisposição e dificuldade para engolir.
 

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19/12/2023 00:11h

Segundo o Ministério da Saúde, foram distribuídas 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas

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A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte será estendida até 29 de fevereiro de 2024. Até outubro deste ano, o Brasil registrou 11.749 casos de influenza e 1.117 mortes, sendo que a região Norte  apresentou 631 casos e 88 mortes relacionadas à doença. As informações são do Ministério da Saúde.

A prorrogação da vacina visa enfrentar o “inverno amazônico”, período com maior circulação viral e de transmissão da gripe na região Norte, reduzindo complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções pelos vírus da influenza na região.

Conforme o Ministério da Saúde, para a campanha foram distribuídas 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas. Até o momento, foram aplicadas 717 mil doses nos sete estados da região Norte.

Segundo a pasta, é “importante” retomar as altas coberturas vacinais, que diminuíram ao longo dos anos. Em 2020, a cobertura vacinal foi de 95%, enquanto em 2021 e 2022, foram de 72% e 68%. Em contrapartida, o número de casos de Influenza registrou aumento entre esses anos, com 7,2 mil afetados em 2021 para mais de 12 mil no ano passado.

Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário e devem procurar os serviços de saúde para receber a vacina, de acordo com a pasta. Dentre os grupos prioritários que podem se vacinar estão:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  •  População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.

A fabricação da vacina envolve o uso de vírus inativados, fragmentados e purificados — o que significa que a vacina não tem a capacidade de induzir o desenvolvimento da doença.

Influenza

De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Dentre os principais sintomas da influenza estão: dor no corpo, febre, coriza, tosse, podendo evoluir com sinusite até pneumonia. A intensidade e variação dos sintomas podem depender do quadro clínico e da imunidade de cada pessoa.

Já a transmissão ocorre por via respiratória, por gotícula, ou seja, pelo contato perto de pessoas doentes, tossindo, espirrando ou por secreções. O médico infectologista Werciley Júnior alerta sobre a importância da vacinação contra a gripe.

“A vacinação sempre tem que ser incentivada nesse sentido, para aumentar a adesão das pessoas. A gente sabe que tem que aumentar principalmente a população de risco: crianças menores que 5 anos, imunocomprometidos, pessoas que já têm baixa imunidade e pessoas idosas. Essa é uma população que tem que receber vacina. Então, a única maneira de prevenir, além da vacinação habitual, seria de as pessoas fazer higiene. Quem estiver gripado, evitar frequentar aglomerações, fazer higiene de mãos e proteção também”, diz.

O infectologista ressalta ainda que a população deve ficar atenta aos primeiros sinais da infecção para tomar as providências.

“A população também tem que ficar alerta aos primeiros indícios de sintomas para que possa usar a medicação chamada Oseltamivir, que pode fazer o bloqueio também dos quadros graves - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG)”, explica.

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11/10/2023 20:45h

Os estados que mostraram crescimento nas hospitalizações por Covid-19 e necessitam de vigilância reforçada são: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal

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O número de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 subiu nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Os estados que mostraram crescimento nas hospitalizações por Covid-19 e necessitam de vigilância reforçada são: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo — e ainda o  Distrito Federal. Os dados foram divulgados pelo Boletim InfoGripe desta quarta-feira (11).

Em relação aos casos gerais de SRAG no Brasil, observou-se uma tendência crescente nas últimas seis semanas e estabilidade nas últimas três. Enquanto isso, para os vírus influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) a situação é de estabilidade ou declínio na maioria dos estados. A situação do rinovírus também indica uma diminuição na maior parte do território nacional.

Os estados que apresentaram sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo foram: 

  • Acre;
  • Goiás;
  • Pernambuco;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Sul;
  • Sergipe e São Paulo;
  • Em Pernambuco (crescimento se concentra em crianças).

No Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo nota-se uma prevalência em casos de Covid-19 na população adulta. Assim como no Distrito Federal, há um crescimento nas ocorrências tanto em adultos quanto em idosos.

O infectologista Julival Ribeiro orienta que as pessoas idosas em grupo de risco devem, usar máscara, fazer higienização das mãos, sobretudo ao se dirigir para locais fechados, sem ventilação e com aglomeração.

“A essas pessoas, que são o maior grupo de risco, além de manter a sua vacinação em dia, eu recomendo o uso de máscara e não esquecer, também, de fazer a higienização das suas mãos”, explica. 

De acordo com o boletim, nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, como  no Distrito Federal, a elevação nos casos de Covid-19 é notável, principalmente entre adultos e idosos. Goiás também mostra um aumento nos diagnósticos positivos em pessoas acima dos 65 anos. Enquanto isso, no Amazonas, Acre e Sergipe, o aumento anteriormente percebido parece ter sido uma oscilação.

Ribeiro enfatiza a importância de que pessoas com síndrome gripal, que tenham tosse, febre e dor de cabeça, procurarem por uma unidade de saúde para ver se está com a covid-19 ou mesmo influenza ou outros vírus respiratórios.

“Porque a pessoa pode desenvolver a Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou seja, aí já há acometimento do sistema respiratório inferior, a pessoa começa a ter tosse mais contusa, mais dispneia e ela pode estar realmente em quadro de síndrome respiratória aguda grave”, avalia.

Situação nas capitais

Nas capitais Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, a tendência de crescimento é mais evidente entre os mais idosos, porém o Rio de Janeiro já sinaliza uma possível diminuição nessa alta. Em contraste, Aracaju tem um aumento notório em crianças e pré-adolescentes. Tanto Curitiba quanto Goiânia demonstram padrões que sugerem flutuações nos registros.

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17/09/2023 20:00h

O mais recente Boletim InfoGripe da Fiocruz também mostra que, na maioria dos estados, há um sinal de interrupção no aumento de novos casos de SRAG associados ao rinovírus em crianças e pré-adolescentes

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Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 aumentaram em alguns estados do Sudeste e do Centro-Oeste. Segundo o mais recente Boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Rio de Janeiro é o estado onde o crescimento foi mais relevante na população adulta, mas também houve um ligeiro aumento no Espírito Santo, São Paulo e Goiás. Os dados são referentes à semana epidemiológica 36, que vai de 3 a 9 de setembro de 2023. 

O coordenador do InfoGripe, pesquisador Marcelo Gomes, ressalta que o ritmo de crescimento dos casos de SRAG associados à Covid-19 é menos alarmantes que em períodos anteriores.

“Em todos esses estados, ainda é algo bastante diferente do que a gente observou nos ciclos anteriores de retomada do crescimento da Covid-19. É um processo, até o momento, mais lento, aparentemente. O impacto é menor em termos de internações, mas está presente. Não é algo ainda espalhado em todo o território nacional, mas fica o alerta.”

O levantamento também mostra que, diferente do que foi observado em agosto, há um sinal de interrupção na tendência de crescimento de novos casos de SRAG associados ao rinovírus em crianças e pré-adolescentes, na maioria dos estados. Alguns, inclusive, já apresentam queda, mas ainda há estados no Nordeste com aumento de rinovírus, nas faixas etárias de 2 a 15 anos.

Situação Nacional

Em nível nacional, já foram notificados 133.786 casos de SRAG desde o início do ano epidemiológico de 2023, sendo: 51.517 (38,5%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 67.046 (50,1%) negativos, e ao menos 8.057 (6,0%) estão aguardando resultado.

Dentre os casos positivos das últimas 4 semanas, 2,9% são de Influenza A; 0,9% de Influenza B; 13,3% de vírus sincicial respiratório; e 35,6% de SARS-CoV-2 (Covid-19). No mesmo período do ano passado, 5,9% dos casos positivos de SRAG estavam associados à Influenza A; 0,4% a Influenza B; 6,7% ao vírus sincicial respiratório; e 63% à Covid-19, segundo os dados da semana epidemiológica 36 de 2022.

O doutor Marcelo Otsuka, coordenador do Comitê de Infectologia Pediátrica da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que esses vírus respiratórios têm maior predominância entre os meses de março e julho. “Mas depois da pandemia, houve uma alteração nesse período de sazonalidade —  e a presença desses vírus acaba sendo fora de época também”.

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SRAG

A Síndrome Respiratória Aguda Grave é um estado clínico de desconforto respiratório com prejuízo à oxigenação do paciente. Normalmente, ela é provocada pelo processo de infecção por vírus — como Influenza A e B, vírus sincicial respiratório, SARS-CoV-2 (Covid-19) —, ou por bactérias, fungos e outros agentes. 

O doutor Marcelo Otsuka explica que os principais sintomas são falta de ar, desconforto ao respirar, sensação de compressão torácica. Em casos extremos, o paciente pode sofrer de hipóxia, que é o déficit de oxigênio no organismo, podendo ser fatal. 

Segundo ele, o tratamento deve considerar dois suportes importantes: o imediato para garantir a vida do paciente e o terapêutico para combater o agente infeccioso.

“O primeiro é o suporte de vida, ou seja, se o paciente tem uma queda na oxigenação, ele precisa repor o oxigênio. Se ele tem uma obstrução das vias aéreas por conta desse processo infeccioso, ele precisa eventualmente de fisioterapia e suporte ventilatório. O outro aspecto é o terapêutico,  que depende do agente. Quando falamos de infecções bacterianas, o tratamento é feito com antibióticos. Quando nós falamos de vírus, como por exemplo a Influenza, em geral, a gente usa o Oseltamivir.”

A principal forma de prevenção é a vacinação, explica o doutor Marcelo Otsuka.

“A prevenção da Síndrome Respiratória Aguda Grave é feita principalmente quando nós falamos de vacinação. Tanto a vacinação para infecções bacterianas, como por exemplo pneumococo, hemófilos, bem como a vacinação para Influenza, para Covid-19. O segundo ponto chave é a higienização e o distanciamento de pessoas que têm um quadro respiratório.”

Em caso de sintomas, o pesquisador da Fiocruz Marcelo Gomes recomenda o repouso, o distanciamento social e o uso de máscaras.

“Quem estiver com sintoma de infecção respiratória — está tossindo, espirrando, com a garganta incomodada —, a recomendação é: faça repouso, fique em casa. Se puder, busque o posto de saúde para fazer um exame, inclusive para ter um acompanhamento médico adequado. Agora se por algum motivo não puder fazer o repouso, use uma boa máscara. Está indo a uma unidade de saúde: bota uma boa máscara, porque isso vai ajudar a diminuir o risco de acabar contraindo o vírus respiratório na unidade de saúde.”

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05/09/2023 16:37h

No mês de agosto, o estado aplicou 981 mil doses da vacina, resultando em um aumento na cobertura vacinal

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A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) estendeu a campanha de vacinação contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses até o  dia 15 de setembro. A cobertura vacinal registrada no estado era de 49,5% no dia 25 de agosto, o que representa um aumento em comparação com os 47,1% registrados no final de julho.

Nos primeiros cinco meses de 2023, foram aplicadas 6,1 milhões de doses da vacina contra a gripe. Com as prorrogações da campanha, em pouco mais de três meses, outras 6,5 milhões de doses foram aplicadas, totalizando 12.747.837 milhões de doses até o momento. A meta do estado é alcançar uma cobertura de 90%.

André Bon, infectologista do Exame Medicina Diagnóstica, da rede Dasa, alerta que a vacina contra a gripe deve ser utilizada especialmente por pessoas que podem evoluir com formas graves da doença. “Idosos, crianças, gestantes, pacientes com algumas comorbidades, como pneumopatas com DPOC, asma, pacientes renais crônicos em hemodiálise, dentre outros. É importante lembrar que pessoas imunossuprimidas são uma população alvo para a vacinação. Qualquer pessoa pode tomar vacina contra gripe para se proteger da doença e a transmissão para outras pessoas”, informa. 

Os sintomas mais comuns da gripe são febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo. No entanto, em casos graves, pode ser perigosa para crianças menores de 6 anos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar à morte.  Crianças e idosos foram os grupos mais vacinados, alcançando uma cobertura vacinal de 38,5% para os mais jovens e 57,2% para os mais velhos.

O infectologista explica que a vacina contra a gripe é importante para reduzir as formas mais graves da doença em pacientes de alto risco, além de diminuir a transmissão de pacientes saudáveis para aqueles que têm maior risco de adoecer. “Por exemplo, vacinar as pessoas que moram com pacientes imunossuprimidos para evitar que eles desenvolvam a doença. Ou vacinamos profissionais de saúde, evitando que eles transmitam a gripe para os pacientes, que são populações já fragilizadas”, completa.

Em 2023, a Secretaria da Saúde de São Paulo registrou 241 mortes decorrentes de casos graves da gripe causados por diferentes tipos de vírus da Influenza.  A vacinação é eficaz em evitar a evolução da doença para estes quadros mais graves. No mesmo período de 2022, foram 275 mortes confirmadas, o que mostra uma redução de 22,4% este ano.  No entanto, o número de casos aumentou em 50,3%, passando de 1.691 no ano passado para 2.543 até agosto deste ano.

Postos de vacinação

A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) do estado de São Paulo, com funcionamento de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 19h, e em UBS Integradas, que atendem das 7h às 19h, inclusive aos sábados e feriados.

Veja aqui a lista com os endereços das unidades básicas de saúde (UBS)

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Saúde
24/08/2023 20:00h

Boletim epidemiológico da Fiocruz registrou um aumento da doença nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade

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Principal responsável pelo quadro de resfriado, o rinovírus, segue preocupando muitos pais. O InfoGripe, boletim epidemiológico divulgado pela Fiocruz, registrou um aumento no número de casos nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade. A infectologista do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (CEDIN) - DF, Joana D’arc Gonçalves da Silva, explica que o rinovírus é um vírus capaz de desenvolver quadros infecciosos graves se não for tratado. 

“Quando a gente fala de rinovírus, a gente está falando de um grupo de vírus que tem mais de 100 tipos diferentes. E esses vírus, eles causam, frequentemente, o que a gente chama de resfriado comum e ele é muito contagioso”, destaca.

Os dados mostram que, entre os dias 13 e 19 de agosto, a tendência de alta no público infantil causada pelo rinovírus foi mais intensa na Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A médica infectologista ressalta que o quadro é maior nas crianças porque elas acabam entrando em contato com dezenas de vírus respiratórios ao longo da infância. “A criança é mais suscetível porque ela está com um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, não entrou em contato com muitos vírus, tem uma imunidade menor com relação à exposição e a contatos anteriores”, informa.

A especialista ainda lembra: “As crianças também estão mais expostas porque frequentam creches, escolas, locais com maior aglomeração, com maior risco de contato com outras crianças. Então isso faz com que elas se infectem mais, sem falar na questão do comportamento, porque crianças pequenas e até as maiores acabam compartilhando mais objetos. Elas acabam tocando em superfícies contaminadas, colocando mais a mão na boca”, avalia.

Prevenção: melhor forma de combate

Segundo Joana D’arc Gonçalves da Silva, a prevenção é a mesma de qualquer doença de transmissão respiratória: “Evitar lugares fechados com pouca ventilação e aglomeração, abrir as janelas e manter o local mais ventilado possível”, aponta. Se a criança tiver algum sintoma respiratório, a médica orienta: “Não levar para a escola porque pode infectar outras pessoas. O ideal é passar esse período de viremia que a gente fala quando está com sintomas respiratórios”, salienta.

Apesar de não existir vacina específica contra o rinovírus, no momento, a especialista recomenda: “Fazer as outras vacinas do calendário de imunização para aqueles vírus que a gente tem já como a vacina da gripe, da Covid, porque a gente não vai ter superposição de doenças”, orienta.

Com relação aos vírus da influenza A, Sars-CoV-2 (Covid-19) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes revela que a situação, até o momento, continua de relativa estabilidade, com queda ou estabilização em um patamar relativamente baixo na maioria dos estados. No entanto, também reforça a importância da vacinação:

“A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da Covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, afirma o pesquisador.

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