Em recente boletim InfoGripe divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz, a Fiocruz, é possível observar que as internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associadas ao vírus da gripe voltaram a aumentar na Região Centro-Sul, com a chegada do inverno. O destaque fica por conta de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul com aumento de SRAG por influenza A, especialmente entre adolescentes, adultos e idosos.
A longo prazo, 11 estados apresentam tendência de crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave: Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Mato Grosso do Sul, Paraná, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Roraima e São Paulo. Por isso, o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, recomenda o uso de uma boa máscara para evitar o contágio pelo vírus da gripe.
“Sempre que for sair, for receber alguém, coloque uma boa máscara, uma N95, uma PFF2, aquelas que têm uma capacidade de filtragem maior e se ajustam melhor ao rosto, porque elas diminuem muito o risco de passar o vírus para as outras pessoas, liberar o vírus no ambiente. Além disso, qualquer pessoa, mesmo não estando com sintomas, mas que for visitar ou estiver indo à uma unidade de saúde, bote uma boa máscara, porque evita contrair o vírus respiratório na unidade de saúde e levar pra casa, levar para o transporte público, enfim, para outros locais.”
Entre as práticas de prevenção ao vírus da gripe, o Ministério da Saúde também recomenda lavar frequentemente as mãos com água e sabão; não compartilhar objetos de uso pessoal; manter os ambientes ventilados; evitar contato com pessoas com sintomas gripais; e evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca.
Outra ferramenta essencial para se proteger da gripe é a vacinação. Mesmo após o término da campanha do Ministério da Saúde, a maioria dos postos de saúde ainda possui estoque de doses disponíveis gratuitamente.
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VSR: Fiocruz alerta para o aumento nas internações por infecções respiratórias
Casos de SRAG registram aumento contínuo no Brasil; alerta Fiocruz
Brasil registra sinalização de queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Cada organismo reage de maneira diferente quando infectado por um vírus, mas no caso das síndromes respiratórias, seja pela infecção do vírus SARS-CoV-2 — que causa a Covid — ou da Influenza, causador da gripe, alguns sintomas são comuns às duas doenças.
O médico infectologista do hospital de Base de Brasília, Tazio Vanni, explica quais os primeiros sinais dessas infecções.
“Coriza, nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre — às vezes cursando com cefaleia — [sintomas] que são bastante semelhantes aos quadros que a gente observa com o vírus da gripe, que é Influenza, ou vírus sincicial respiratório, que causa bronquiolite em crianças, mas também causa quadro clínico parecido com o que eu estou descrevendo em adultos e idosos.”
Segundo o Ministério da Saúde, a infecção pelo SARS-CoV-2 pode variar de assintomática a casos críticos. É preciso ter atenção especial para sinais que indicam piora e necessitam hospitalização, como dispneia – sensação de falta de ar –, pressão no tórax e baixa oxigenação no sangue.
Lavar as mãos e evitar locais fechados quando houver suspeita ou confirmação de qualquer síndrome gripal também faz parte dos cuidados que devem continuar, mesmo sem a emergência da pandemia.
A vacinação para o público prioritário com a vacina que protege contra a cepa em maior circulação atualmente já está disponível em todo o país, basta preocupar uma unidade de saúde.
Procure uma Unidade Básica de Saúde, leve a caderneta e vacine-se contra a Covid-19.
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É comum que pacientes infectados por dengue sintam dores no corpo, febre alta e tenham manchas na pele. Esses sintomas duram em torno de 5 a 7 dias. Porém, mesmo após a cura, alguns sintomas podem persistir, como a fadiga extrema, dores musculares e articulares, além de manchas na pele.
Estou com dengue, o que fazer?
O infectologista Julival Ribeiro aponta que as pessoas diagnosticadas com dengue grave, chamada de dengue hemorrágica, podem continuar com sintomas e ter sequelas, como insuficiência cardíaca e miocardite – uma inflamação do tecido muscular do coração. Julival menciona, ainda, que podem haver sequelas cerebrais.
“A depender do quadro clínico da dengue, se foi grave, podem surgir manifestações neurológicas, por exemplo, perda de memória, se a pessoa teve uma inflamação no cérebro, e irritabilidade. Tudo isso pode acontecer a longo prazo com a dengue”, destaca o infectologista.
Caso o paciente apresente sintomas semanas após a cura, deve procurar assistência médica. “Nas pessoas que tiveram dengue grave, é que essas alterações podem durar por longo tempo, ou mesmo tornar-se um problema crônico. Portanto, quem teve dengue, apresenta sintomas depois de várias semanas ou meses, deve procurar um serviço de saúde para esclarecer”, indica Julival.
As alterações de saúde afetam, em especial, pacientes que tiveram dengue hemorrágica. O especialista em doenças tropicais do hospital Anchieta e infectologista, Manuel Palácios, explica como a dengue clássica evolui para a hemorrágica.
“A dengue pode evoluir para dengue hemorrágica, ou dengue grave, quando há um aumento da permeabilidade vascular, levando a vazamento de plasma, sangramentos graves e falência de órgãos. A fase crítica, onde o paciente está mais vulnerável, pode durar de 24 a 48 horas”, pontua.
Segundo Manuel Palácios, os sintomas da progressão da doença costumam aparecer entre o 3º e o 7º dia e coincidem com a queda da febre. Os sintomas são:
A médica intensivista do Hospital Santa Marta, localizado em Taguatinga Sul no Distrito Federal, Adele Vasconcelos, explica que a dengue causa desidratação interna por perda de líquido, o que faz com que o sangue engrosse e as plaquetas caiam – fatores que aumentam o risco de hemorragia. “A evolução da dengue para a hemorrágica depende de organismo para organismo. A gente só considera uma dengue como hemorrágica se o paciente tiver algum tipo de sangramento, seja ocular, no nariz, na boca, na urina, nas fezes, às vezes até na cabeça, um AVC”, salienta a médica.
Em relação às sequelas da dengue grave, órgãos como coração, rins, fígado e cérebro podem ser afetados. A professora do Gama, no Distrito Federal, Gláucia Ferreira Matos, 45 anos, teve a doença em março deste ano. Ela relata que, além da dengue ter afetado a imunidade dela, tem investigado problemas nos rins e fígado.
“A dengue atingiu gravemente o meu fígado, consequentemente o meu rim também e, agora, eu venho fazendo acompanhamento, exames de sangue, hemograma, alguns exames mais específicos para acompanhar, porque eu venho sentindo sintomas que eu nunca tive na vida antes de ter dengue”, conta a professora.
Têm maior risco de desenvolver dengue hemorrágica crianças, idosos, gestantes, portadores de doenças imunossupressoras (HIV/Aids, doenças autoimunes, neoplasias), além de pessoas com doenças crônicas, como diabetes e hipertensão e indivíduos previamente infectados com um sorotipo diferente do vírus da dengue.
O Ministério da Saúde pontua que, em 2024, o avanço histórico da doença no país fez 10 estados e o Distrito Federal decretarem situação de emergência.
Veja alguns dados sobre atendimentos por dengue na rede pública do país:
Em um levantamento realizado pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp), de 3 a 13 de maio de 2024, 96% dos hospitais paulistas registraram aumento de internações de pacientes por dengue e síndrome respiratória aguda grave (SRAG).
Segundo o informe da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil lidera o número de diagnósticos e mortes por dengue em 2024, com 82% dos casos registrados no mundo, sendo 6,3 milhões de casos prováveis e 3 milhões confirmados em laboratório.
Com uma vistoria de 10 minutos semanais em casa, os moradores podem acabar com os possíveis criadouros do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti, segundo o Ministério da Saúde. Confira alguns cuidados:
Para mais informações sobre a dengue e formas de prevenção, acesse: www.gov.br/mosquito.
No Brasil, uma pessoa morre afogada a cada 90 minutos, segundo a Sobrasa. Para evitar essas tragédias, supervisione crianças de perto, use colete salva-vidas em locais com correnteza, evite nadar sozinho e respeite seus limites.
Caso presencie um afogamento, mantenha a calma e avalie a segurança antes de agir. Utilize objetos flutuantes para ajudar sem expor ao risco e chame ajuda imediatamente. Se a vítima estiver consciente, coloque-a de lado para facilitar a respiração. Se estiver inconsciente e sem respirar, inicie a reanimação cardiopulmonar (RCP) e leve ao hospital. A prevenção e o conhecimento salvam vidas!
Veja ao vídeo com a explicação do especialista:
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A última atualização do Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgada nesta quinta-feira (31), relata um aumento no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças pequenas associados ao vírus sincicial respiratório (VSR) nos estados do Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte. O estudo epidemiológico também aponta para uma retomada do crescimento da faixa etária no Rio Grande do Sul.
Em contraste, no cenário nacional, as ocorrências associadas ao VSR e à influenza A seguem em queda na maior parte do país. O quadro reflete uma tendência de redução nas hospitalizações causadas por esses vírus, embora a incidência ainda seja elevada. A pesquisa é referente à Semana Epidemiológica 30, de 20 a 26 de julho.
A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, reforça a importância da adoção de medidas preventivas para evitar o aumento dos casos.
“Pedimos para que as pessoas que moram nos estados onde ainda se observa uma alta de casos de SRAG continuem tomando alguns cuidados, como usar máscaras dentro dos postos de saúde, em locais mais fechados e com maior aglomeração de pessoas”, reitera.
O Boletim aponta a incidência elevada de SRAG em 20 estados, mas sem tendência de crescimento no longo prazo.
Em relação aos casos de SRAG entre crianças pequenas, associados ao VSR, os níveis permanecem altos na maioria das unidades da federação, com exceção do Amapá, Espírito Santo, Piauí, Tocantins, e do Distrito Federal.
Já entre os idosos, as ocorrências de SRAG seguem em níveis de moderada a alta em diversas áreas das regiões Centro-Sul, Norte e Nordeste, com destaque para o estado do Pará, que registra indícios de retomada ou início de aumento de casos na população idosa, porém ainda sem identificação do agente viral.
A análise também revela que as notificações dos casos graves por Covid-19 seguem em baixa na maioria dos estados. No entanto, o Ceará tem mostrado indícios de crescimento dos casos de SRAG pelo vírus.
Com o objetivo de conter o avanço, a pesquisadora enfatiza a relevância de manter a carteira de vacinação atualizada.
“Por isso, a gente vem aqui reforçar a importância das pessoas estarem em dia com a vacinação contra o vírus da influenza e também contra o vírus da Covid-19, já que a vacina contra esses vírus é a principal forma de prevenção contra os casos graves”, afirma Portella.
Ao longo do ano epidemiológico de 2025, já foram notificados 145.517 casos de SRAG, sendo 53,4% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório. Dentre os casos positivos:
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 46,1% |
Influenza A | 26,1% |
Rinovírus | 23,2% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 7% |
Influenza B | 1,1% |
As últimas quatro semanas epidemiológicas apontam que o VSR é o vírus mais detectado entre os casos positivos, seguido por rinovírus e influenza A.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 47,7% |
Influenza A | 17,4% |
Rinovírus | 31% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 4% |
Influenza B | 1,5% |
Entre os óbitos registrados no mesmo recorte temporal, a influenza A é a principal responsável.
Vírus | Prevalência (%) |
---|---|
Vírus Sincicial Respiratório (VSR) | 17,7% |
Influenza A | 57,6% |
Rinovírus | 15,3% |
Sars-CoV-2 (Covid-19) | 6,4% |
Influenza B | 2,6% |
Após a confirmação de 11 casos de sarampo no município de Campos Lindos (TO) na semana anterior ao dia 31 de julho e o registro de casos suspeitos em outras localidades, o Ministério da Saúde tem intensificado novamente a vacinação na região — considerada a principal medida de prevenção contra a doença. Desde o início do reforço, até o final de julho, foram aplicadas mais de 1,1 mil doses na cidade.
Segundo o ministério, o município de Araguaína (TO) e os municípios maranhenses de Balsas e Imperatriz também receberam reforço na vacinação até 1° de agosto. As cidades do Maranhão foram incluídas no reforço, considerando a proximidade com a região onde os casos da doença foram registrados.
A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins (SES-TO) emitiu uma nota técnica com orientações estratégicas para intensificar a vacinação contra a doença em todo o estado em crianças a partir dos seis meses de idade.
A nota destaca que o sarampo é uma doença infecciosa aguda, viral e altamente contagiosa, transmitida por via aérea por meio de secreções expelidas ao tossir, espirrar ou falar. A infecção permanece viável no ambiente por várias horas.
A publicação reforça que, mesmo que a vacina seja eficaz e segura, os surtos ainda ocorrem em função da baixa cobertura vacinal.
Conforme a SES-TO, as doses da vacina dupla viral ficaram disponíveis para a retirada pelos municípios a partir do dia 1° de agosto, nos polos de distribuição de imunizantes da Secretaria – localizados em Palmas e Araguaína. Já os demais imunizantes estão disponíveis nas 323 salas de vacinação, nos 139 municípios do estado.
Confira o esquema de vacinação, conforme a SES-TO:
Segundo o Ministério da Saúde, desde 21 de julho equipes permanecem em Campos Lindos e cidades vizinhas para vigilância e bloqueio vacinal.
A ação dos profissionais da saúde inclui varredura vacinal e busca ativa na comunidade. Há a conferência da caderneta vacinal de pessoas entre 6 meses e 59 anos e os técnicos indicam a vacina contra o sarampo para quem ainda não foi imunizado.
Em nota, o Ministério da Saúde reforçou a importância de manter a vacinação contra o sarampo atualizada.
“Com estoque suficiente em todos os estados, a recomendação é procurar a unidade de saúde mais próxima e garantir a proteção contra a doença, que é prevenível, principalmente pela vacina”, diz um trecho da nota.
A vacinação é a principal forma de evitar a circulação do sarampo no país. Em 2024, o Brasil recebeu a certificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) como país livre da circulação do sarampo.
Nos dias 17 e 26 de julho, o Ministério da Saúde realizou o Dia D de vacinação contra o sarampo nas cidades do Acre, Rondônia, Tocantins, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, localizadas na fronteira com a Bolívia – que enfrenta um surto da doença. No total, cerca de 3 mil pessoas foram imunizadas.
No primeiro Dia D, o Acre aplicou 1,8 mil doses — quatro vezes mais que na vacinação de rotina, com média de 436 doses registradas. Em 26 de julho, 249 doses foram aplicadas no Acre, 79 em Rondônia, 527 em Mato Grosso e 157 em Mato Grosso do Sul.
Os valores complementares para o pagamento do piso da enfermagem referentes ao mês de julho já estão disponíveis para consulta. As quantias foram detalhadas na Portaria GM/MS nº 7.679, de 23 de julho de 2025, publicada pelo Ministério da Saúde no Diário Oficial da União.
O montante a ser transferido chega a R$ 808.020.008,80, entre valores destinados a execução municipal e estadual.
Essa verba é repassada aos entes federados mensalmente. O intuito é que, com os recursos, estados e municípios possam fazer o pagamento do piso de profissionais da categoria. Porém, é preciso que a destinação desse dinheiro seja fiscalizada, para garantir que os valores cheguem aos trabalhadores, como pontua o advogado especialista em direito médico, Josenir Teixeira.
“Os profissionais da enfermagem devem ficar atentos a acompanhar o repasse que os municípios irão receber, para que os municípios efetivamente repassem os valores às suas empregadoras, para que, finalmente, as suas empregadoras paguem os valores dentro da folha de pagamento. Vamos ver se realmente esses valores repassados pela União serão suficientes para cumprir o que disse a lei”, avalia.
A partir de agosto pacientes do SUS poderão ser atendidos por planos de saúde
SRAG: número de casos continua elevado em 9 estados, aponta boletim da Fiocruz
Municípios como Hortolândia (SP), Princesa Isabel (PB) e Nova Andradina (MS), receberão mais de R$ 200 mil, cada. Para Ipatinga (MG), Londrina (PR) e Sobral (CE), a previsão é que sejam destinados mais de R$ 2 milhões.
Região | UF | Valor Transferido para Estado | Valor Transferido para Município | Valor Transferido em julho - Total |
---|---|---|---|---|
Centro-Oeste | GO | 5.246.022,45 | 12.104.636,76 | 17.350.659,21 |
Centro-Oeste | MS | 1.833.552,86 | 9.900.572,85 | 11.734.125,71 |
Centro-Oeste | MT | 1.995.182,26 | 9.706.336,20 | 11.701.518,46 |
Centro-Oeste | DF | 366.164,22 | - | 366.164,22 |
Nordeste | BA | 28.311.569,55 | 55.274.228,09 | 83.585.797,64 |
Nordeste | PE | 42.830.993,92 | 32.297.627,10 | 75.128.621,02 |
Nordeste | MA | 14.814.109,87 | 45.505.993,57 | 60.320.103,44 |
Nordeste | CE | 5.439.471,81 | 39.038.124,38 | 44.477.596,19 |
Nordeste | PB | 6.596.081,16 | 27.863.461,22 | 34.459.542,38 |
Nordeste | RN | 3.816.329,35 | 16.739.312,17 | 20.555.641,52 |
Nordeste | PI | 3.710.056,14 | 16.629.688,07 | 20.339.744,21 |
Nordeste | AL | 2.010.197,44 | 15.886.322,73 | 17.896.520,17 |
Nordeste | SE | 4.711.616,85 | 5.701.920,92 | 10.413.537,77 |
Norte | PA | 12.493.738,37 | 36.355.117,01 | 48.848.855,38 |
Norte | AM | 9.966.055,62 | 12.533.141,70 | 22.499.197,32 |
Norte | TO | 4.713.332,03 | 6.517.196,61 | 11.230.528,64 |
Norte | RO | 1.979.991,59 | 5.880.206,80 | 7.860.198,39 |
Norte | AP | 521.915,87 | 4.508.252,04 | 5.030.167,91 |
Norte | AC | 2.128.166,82 | 1.070.612,48 | 3.198.779,30 |
Norte | RR | - | 961.264,39 | 961.264,39 |
Sudeste | MG | 9.597.633,68 | 106.927.582,38 | 116.525.216,06 |
Sudeste | RJ | 4.759.694,86 | 45.044.747,66 | 49.804.442,52 |
Sudeste | SP | 14.109.075,21 | 31.262.391,66 | 45.371.466,87 |
Sudeste | ES | 9.205.183,80 | 7.849.477,36 | 17.054.661,16 |
Sul | PR | 16.896.564,19 | 13.873.955,60 | 30.770.519,79 |
Sul | RS | 10.498.254,56 | 15.859.338,99 | 26.357.593,55 |
Sul | SC | 8.146.640,38 | 6.030.905,15 | 14.177.545,53 |
No geral, o maior valor foi destinado a Minas Gerais, que conta, no total, com mais de R$ 116 milhões. Na sequência aparece Bahia, com cerca de R$ 83 milhões, entre valores de execução estadual e municipal.
Termina nesta quinta-feira (31) o prazo para renovação anual obrigatória do credenciamento das farmácias e drogarias que participam do Programa Farmácia Popular do Brasil (PFPB), iniciativa coordenada pelo Ministério da Saúde.
A renovação de credenciamento começou em abril deste ano, para que estabelecimentos continuem autorizados a oferecer medicamentos e insumos. No momento, o Farmácia Popular oferece 41 produtos farmacêuticos gratuitamente, incluindo remédios para tratamento de hipertensão, diabetes, asma, osteoporose, colesterol alto, além de contraceptivos, fraldas geriátricas e absorventes higiênicos.
O procedimento deve ser realizado diretamente pelo sistema online da Caixa Econômica Federal, sendo totalmente gratuito. Acesse o sistema online do programa para obter orientações sobre a documentação exigida e a lista de farmácias credenciadas que precisam fazer a renovação.
Os estabelecimentos que não enviarem a documentação até o fim do prazo terão sua conexão com o sistema de vendas suspensa.
É um programa do Governo Federal que visa complementar a disponibilização de medicamentos utilizados na Atenção Primária à Saúde, por meio de parceria com farmácias da rede privada. Dessa forma, além das Unidades Básicas de Saúde e farmácias municipais, o cidadão pode obter medicamentos nas farmácias credenciadas ao Farmácia Popular.
Saiba mais no site do Ministério da Saúde
Terá início em agosto a mobilização do Ministério da Saúde e dos planos de saúde para reduzir o tempo de espera da população por atendimento no SUS. Isso será possível graças ao Programa Agora Tem Especialistas, que permitirá que empresas de planos de saúde que tenham débitos com o SUS possam trocar suas dívidas com a prestação de serviços como consultas, exames e cirurgias a pacientes da rede pública.
A portaria que viabiliza a troca de dívidas de ressarcimento ao SUS por atendimentos foi apresentada, na segunda-feira (28), pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, pelo advogado-geral da União, Jorge Messias, e pela presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Carla de Figueiredo Soares.
O primeiro passo a ser seguido pelas empresas de planos de saúde é solicitar ao Ministério da Saúde, via plataforma InvestSUS, a possibilidade de participação. Em seguida, a pasta consultará a regularidade da operadora. Posteriormente, avaliará se os serviços de média e alta complexidade ofertados pelos planos de saúde atendem às demandas do SUS.
Caso esses atendimentos supram as necessidades da rede pública, a adesão é aprovada. Os valores a serem convertidos em atendimentos deverão ser negociados com a ANS ou com Procuradoria-Geral Federal; nesse último caso, para dívidas ativas.
A expectativa é que, neste primeiro momento, R$ 750 milhões em dívidas de ressarcimento ao SUS adquiridas pelas operadoras sejam convertidas em mais consultas, exames e cirurgias com foco em áreas estratégicas e conforme a demanda apresentada pelos estados. As especialidades atendidas deverão ser ginecologia, cardiologia, oncologia, ortopedia, otorrinolaringologia e oftalmologia.
Para o advogado-geral da União, Jorge Messias essa iniciativa é o resultado de um trabalho técnico intenso com a colaboração da Advocacia-Geral da União (AGU) e do Ministério da Saúde, com o objetivo de oferecer à sociedade brasileira um programa eficiente, capaz de enfrentar um desafio real e complexo que é ampliar o acesso a especialistas no SUS.
“E no momento em que as pessoas que têm acesso ao sistema privado fazem um atendimento no sistema público e essa conta é identificada a partir de um trabalho primoroso da Agência Nacional de Saúde, que aqui cumprimento a sua diretora, a doutora Carla, isso gera uma oportunidade para que nós possamos redirecionar esses recursos de volta para o atendimento público, das pessoas que de fato precisam porque não têm uma alternativa dentro do sistema privado. E aqui está a grandeza e, digamos assim, a engenhosidade dessa iniciativa, que é articular esta grande porta em benefício da sociedade”, avaliou o titular da AGU.
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a criação de um modelo no SUS que transforma dívidas de ressarcimento dos planos de saúde em mais exames, cirurgias e consultas especializadas, levando os pacientes do sistema público de saúde até onde estão os especialistas e os equipamentos, inclusive na rede privada, sem que paguem nada.
“Eu queria comentar a importância do que a gente está vivendo aqui. Primeiro, pela primeira vez na história do SUS, colocarmos em prática um mecanismo inovador onde as dívidas de ressarcimento que pela Lei tem que ressarcidos ao Fundo Nacional de Saúde e a gente tem muita dificuldade de recuperar essas dívidas, muita dificuldade de elas voltarem para o Fundo Nacional de Saúde. E mesmo quando elas voltam, não significam mais atendimentos. Você tem outras regras de limitação da expansão dos investimentos, da expansão dos investimentos na área da saúde, do que você pode fazer. Você recupera essas dívidas como parte de receita, de pagamento, mas não significa necessariamente a expansão de recursos de média e de alta complexidade para os estados e municípios. Nós estamos transformando essas dívidas em mais cirurgias, em mais exames, mais consultas especializadas e menos tempo de espera para quem está aguardando isso”, disse o ministro Padilha.
As ações unem esforços de toda a rede de saúde e aproveitam a capacidade instalada para atender a uma demanda urgente da população brasileira. São 370 mil óbitos por ano por doenças não transmissíveis relacionados a atraso no diagnóstico, segundo o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS). Dados do INCA apontam que os custos com câncer aumentam em 37% por agravamento devido à desassistência. Há uma necessidade, por exemplo, de o país aumentar em mais de 60% as biópsias para o câncer de mama.
O Instituto Trata Brasil (ITB), em parceria com a GO Associados, realizou um levantamento sobre a universalização dos serviços de saneamento básico. O estudo compõe a 17ª edição do Ranking do Saneamento e destaca os 20 melhores entre os 100 municípios mais populosos do país.
Na análise deste ano, Campinas (SP) foi a primeira colocada, seguida por Limeira (SP) e Niterói (RJ). Das 20 melhores cidades, nove são do estado de São Paulo, cinco do Paraná, três de Minas Gerais, duas de Goiás e uma do Rio de Janeiro.
Ranking 2025 | Cidade | UF |
---|---|---|
1 | Campinas | SP |
2 | Limeira | SP |
3 | Niterói | RJ |
4 | São José do Rio Preto | SP |
5 | Franca | SP |
6 | Aparecida de Goiânia | GO |
7 | Goiânia | GO |
8 | Santos | SP |
9 | Uberaba | MG |
10 | Foz do Iguaçu | PR |
11 | Uberlândia | MG |
12 | Jundiaí | SP |
13 | Ponta Grossa | PR |
14 | Maringá | PR |
15 | São Paulo | SP |
16 | Montes Claros | MG |
17 | Taubaté | SP |
18 | Curitiba | PR |
19 | Londrina | PR |
20 | Praia Grande | SP |
A análise considera três dimensões principais:
Cada uma dessas áreas é avaliada por meio de indicadores específicos, como abastecimento de água, esgotamento sanitário, tratamento de esgoto, investimentos totais por habitante, além dos índices de perdas na distribuição e por ligação.
Os critérios representam mais de 80% do peso da nota total, e são amplamente utilizados pelo setor para avaliar a qualidade do saneamento básico em um determinado local.
Campinas saltou da 24ª posição em 2022 para a liderança em 2025. O feito reflete o impacto direto do Plano Campinas 2030, lançado em 2021, com investimento superior a R$ 1,1 bilhão.
O planejamento foi estruturado em quatro eixos centrais: ampliação da capacidade de reservação, redução de perdas na distribuição, produção de água de reúso e implantação de nova fonte de captação.
Os resultados dessas ações se refletem nos indicadores de desempenho avaliados pelo Instituto Trata Brasil, nos quais Campinas obteve nota máxima em todos os quesitos:
Com esses avanços, a cidade do interior de São Paulo antecipou em dez anos as metas de universalização previstas no Marco Legal do Saneamento, que estabelece 99% de cobertura de água e 90% de coleta e tratamento de esgoto até 2033.
O Senado analisa o Projeto de Lei PL 2.722/2025, que pode mudar a forma como os alimentos ultraprocessados são apresentados ao consumidor brasileiro. A proposta exige que as embalagens desses alimentos incluam alertas sobre seu alto potencial cancerígeno .
Segundo o projeto, os rótulos deverão conter a mensagem: “O consumo regular deste produto aumenta o risco de câncer”, na parte frontal dos alimentos e com caracteres legíveis. A medida busca ampliar a conscientização sobre os efeitos à saúde e frear o aumento do consumo dos ultraprocessados no país.
“Temos que levar conhecimento para as pessoas se cuidarem cada vez mais. Consumidos em excesso, esses alimentos causam obesidade, diabetes e doenças cardíacas. Cuidar da saúde é o maior ato de amor que pode ser feito.” disse a senadora Dra. Eudócia (PL-AL), em áudio divulgado pela Agência Senado.
De acordo com o Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens/USP), o consumo de ultraprocessados cresceu 5,5% na última década no país. Esse aumento acompanha o avanço de doenças como obesidade, diabetes tipo 2 e hipertensão. O Ministério da Saúde também alerta que o excesso desses alimentos na alimentação está associado à má nutrição, mesmo quando há excesso de peso, além de estar ligado ao aumento de casos de câncer colorretal.
De acordo com o boletim informativo da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a maioria dos adolescentes atendidos pela Atenção Primária consumia alimentos pouco saudáveis: 83% ingeriam ultraprocessados, 68% tomavam bebidas adocicadas, 41% comiam macarrão instantâneo, salgadinhos ou biscoitos salgados, e 55% consumiam doces ou biscoitos recheados. O boletim destaca o aumento do excesso de peso entre crianças a partir dos 2 anos até a adolescência.
A iniciativa do Projeto de Lei é da senadora Dra. Eudócia (PL-AL) e aguarda encaminhamento para as comissões temáticas. Caso aprovado, o Brasil poderá se tornar um dos primeiros países a adotar advertências desse tipo nas embalagens de alimentos.
O novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na quinta-feira (24), aponta que há sinal de queda nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em nível nacional. No entanto, o número permanece elevado, com indicação de alto risco, mas sem sinal de crescimento na tendência de longo prazo, nos estados de Roraima, Pará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Outros estados que seguem esta tendência são Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia e Sergipe.
De acordo com o boletim da Fiocruz, apenas o estado do Amazonas apresenta incidência da Síndrome Respiratória com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (que são as últimas seis semanas epidemiológicas) até a semana 29, de 13 a 19 de julho. Entre as capitais, apenas Campo Grande (MS) apresenta nível de atividade da doença em alerta, em risco ou em alto risco com sinal de crescimento.
Mesmo com tendência de queda na maior parte do país, os casos da Síndrome entre crianças pequenas, associados ao vírus sincicial, ainda permanecem em níveis elevados de incidência em boa parte das unidades, com exceção do Amapá, Distrito Federal e Tocantins. Em relação aos idosos, os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave associados à influenza A seguem em níveis de incidência de moderado a alto em muitos estados das regiões Centro-Sul, além de alguns estados do Norte, e do Nordeste.
Este cenário se deve à redução, na maior parte do país, do número de hospitalizações por influenza A e vírus sincicial respiratório. Entre os óbitos com resultado laboratorial positivo nas últimas quatro semanas, 63,2% foram por influenza A.
A pesquisadora da Fiocruz, Tatiana Portela, faz uma análise do último levantamento.
“Apesar de a gente estar observando aí uma queda dos casos de SRAG tanto pelo vírus da influenza A quanto pelo VSR, em boa parte do país, a gente ainda continua observando um aumento dos casos de SRAG especificamente nas crianças pequenas, em alguns estados, como nos estados do Amazonas, Rio Grande do Norte e também em Roraima, onde esse aumento de SRAG nas crianças pequenas tem sido causado pelo vírus sincicial respiratório. A gente também tem observado um aumento dos casos SRAG na população mais idosa no estado do Pará. Mas a gente ainda não consegue identificar qual o vírus tem sido responsável por esse aumento de casos na população idosa nesse estado”.
No ano epidemiológico de 2025 já foram notificados 139.323 casos de SRAG, sendo 73.905 (53%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 46.726 (33,5%) negativos e cerca de 9.314 (6,7%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os casos positivos do ano corrente, observou-se que 26,5% são de influenza A, 1,1% de influenza B, 46,1% de vírus sincicial respiratório, 22,7% de rinovírus e 7,1% de Sars-CoV-2 (Covid-19).
A instituição da Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS) como plataforma oficial de interoperabilidade do SUS, regulamentada por meio de decreto assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, consolida um dos eixos do Programa Mais Especialistas, que é reduzir o tempo de espera por atendimentos no SUS.
Pela regulamentação, os atendimentos nos serviços de saúde privados serão remunerados pelo governo federal mediante compensação tributária ou quitação de dívidas, com toda a prestação de serviços registrada e rastreada pela RNDS. Ou seja, empresas privadas de Saúde poderão trocar suas dívidas por serviços prestados ao SUS, aumentando assim a capacidade de atendimento à população.
A adesão de hospitais privados e filantrópicos ao programa Agora Tem Especialistas é voluntária. Para garantir a possibilidade de receber os créditos financeiros, as empresas deverão procurar o Ministério da Fazenda a fim de negociar as dívidas tributárias.
De acordo com a Associação Nacional dos Hospitais Privados (Anahp), existem no Brasil mais de 6.500 hospitais, dos quais 2.730, que corresponde a 58% desse total, são instituições privadas. Dessas, as que tiverem pendências financeiras podem trocar por serviços ao SUS.
Mas para utilizar o sistema de permuta, é preciso que a unidade da federação onde está situado o hospital esteja integrada à RNDS. No total, 3.805, que corresponde a 68,3% municípios brasileiros, enviam registros de forma regular à RNDS.
Até o momento, 21 estados, além do Distrito Federal, estão integrados à Rede Nacional de Dados em Saúde. São eles: Acre, Alagoas, Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Tocantins, Rio de Janeiro e Paraná. Outros três estão em processo de implantação - São Paulo, Sergipe e Rio Grande do Norte - e dois devem iniciar em breve: Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.
O decreto também regulamenta as plataformas do SUS Digital, que é composto pelo Meu SUS Digital, SUS Digital Profissional e SUS Digital Gestor, que ampliam o acesso a informações para cidadãos, profissionais e gestores públicos. O Meu SUS Digital já conta com mais de 59 milhões de downloads. No último mês, 29 milhões de usuários acessaram o aplicativo.
O ministro Alexandre Padilha destacou a importância na integração de dados de saúde dos brasileiros, com a assinatura do decreto pelo presidente Lula.
“E os estados, municípios, hospitais privados, hospitais públicos, vão ser obrigados a subir esse dado e um passo que vamos anunciar até o final de julho, que é a integração com a saúde suplementar, com os planos de saúde, que é para que se tenha integração absoluta desses dados".
Por meio do Meu SUS Digital, o usuário passa a ter controle do seu histórico de saúde. Dados como histórico de vacinação, consultas, exames e cirurgias podem ser acessados por meio do aplicativo do SUS Digital. Profissionais e gestores também se beneficiam. Os dados unificados estarão disponíveis no SUS Digital Profissional e no SUS Digital Gestor, garantindo uma visão mais ampla e precisa da saúde da população.