Vacina

08/04/2024 00:03h

Até o momento, o Brasil contabilizou 2.747.643 casos prováveis de dengue, resultando em 1.078 mortes associadas ao vírus

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O aumento de casos de dengue neste ano fez com que 288 municípios, de 6 estados, entrassem em situação de emergência  por Arboviroses. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Social (MIDR). Até o momento, o Brasil contabilizou mais de 2,7 milhões de casos prováveis de dengue e mais de mil mortes associadas ao vírus da doença.

De acordo com os dados ministério, órgão do Executivo federal responsável pelo reconhecimento da situação de emergência, 246 municípios são localizados no estado de Goiás, 23 no Paraná, 3 no Amapá, 11 no Rio Grande do Sul, 3 em Minas Gerais e 2 em Santa Catarina.  

Em Goiás, Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em todo o estado devido ao aumento dos casos. De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, foram contabilizados, neste ano, 80,3 mil casos. Até o momento, 118 mortes em investigação. No período, foram mais de 1,9 mil internações pela doença em hospitais da rede da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Já o Paraná registrou cerca de 45 mil notificações e 23,3 mil casos confirmados de dengue em uma semana, segundo último informe semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ainda de acordo com o boletim, os 399 municípios do Estado já registraram notificações de dengue e 389 tiveram casos confirmados. 

Desde 30 de julho do ano passado, o estado paranaense contabilizou 351 mil notificações e 77 óbitos. Essas mortes ocorreram em 36 municípios, como Cascavel, Londrina e Maringá.

A infectologista Larissa Tiberto atribui os altos índices de infecção pela dengue ao aumento das chuvas, aumento da temperatura e falta de controle dos reservatórios dos mosquitos. Ela destaca que a vacinação contra a dengue é importante para prevenir casos graves da doença.

“Outras maneiras de evitar formas graves da doença são: Ingerir muita água, fazer repouso, não ingerir antiinflamatórios não esteroidais e o principal é limpar e remover possíveis locais de acúmulo de água em casa, repelente, telas em janelas para se proteger contra a picada do inseto”, explica.

Vacinação

Em abril, o Ministério da Saúde recebeu mais 930 mil doses da vacina contra a dengue, destinadas aos 521 municípios já selecionados e a outros 165 recém contemplados. De acordo com a pasta, a seleção dos novos municípios seguiu critérios como grande porte, população acima de 100 mil habitantes, alta incidência de dengue na última década e a predominância do sorotipo DENV-2, além do número de casos no período de 2023/2024. Atualmente, a vacinação foca em jovens de 10 a 14 anos, por ser a faixa etária com maior taxa de hospitalizações por dengue.

O estudante de fisioterapia de 23 anos e morador de Caldas Novas - GO, Alisson Coutinho conta que quando teve dengue, sentiu muita dor de cabeça e no corpo e febre alta. Ele afirma que para evitar a proliferação do mosquito, coloca areia nos potes de planta para evitar o acúmulo de água. 

Alisson diz que pretende tomar a vacina contra a dengue assim que possível. “Eu acho que ela é muito boa para prevenir que as pessoas se contaminem e, se pegar ou se contaminar, seja mais tranquilo, porque o corpo já estará mais acostumado com o vírus. Então, eu acho que é bem útil e necessário para a nossa população”, comenta.

Outros tipos de Arboviroses 

Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 3.600 e 122.216 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 49 mortes confirmadas, com outras 83 ainda sob investigação. 
 

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02/04/2024 00:04h

Esse panorama é registrado ao passo em que o país conta com mais de 38,7 milhões de casos confirmados da doença — e cerca de 711 mil mortes

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Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.518.208 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 35.044.754. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.729.836 casos confirmados da doença e 711.249 mortes.

Henrique Lacerda, infectologista, destaca a importância de seguir o cronograma de vacinação, incluindo as doses de reforço, para garantir uma proteção eficaz contra doenças infecciosas, como a Covid-19. Cumprir o calendário vacinal é essencial para construir e manter uma imunidade adequada, reduzindo o risco de desenvolver formas graves da doença em caso de infecção pelo vírus.

“Como atualmente a Ômicron e suas variantes é a cepa mais prevalente, então se os pacientes estão suscetíveis a ter a doença porque se expõe de alguma maneira, é importante que ele tenha uma imunidade contra essa nova cepa da Ômicron e suas variantes. Consequentemente, ele se tiver a doença deve ter forma mais branda e sintomas mais leves”, explica. 

Ana Clara Costa, estudante de direito e moradora de Uberlândia - MG, conta que tomou duas doses da vacina e pegou Covid antes e depois da vacinação.

“Os benefícios que ela teve e acarretaram na minha vida foram bem relevantes, pelo fato que eu peguei Covid duas vezes, uma vez antes da vacina e outra após. Antes da vacina eu tive os sintomas bem mais acentuados, como falta de ar, perdi o olfato e o paladar.  E na segunda vez foi bem leve, como se fosse sintoma gripal mesmo”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o vírus é essencial para prevenir formas graves da doença e está acessível no SUS para todos acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos, após duas doses, devem receber um reforço da vacina bivalente. 

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29/03/2024 00:02h

Mas outras doenças respiratórias — como os vírus influenza — apresentaram aumento na segunda semana de março

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O número de casos de Covid-19 caíram na Semana Epidemiológica 11, segundo informe do Ministério da Saúde. Entre os dias 10 e 16 de março ,houve 48.038 novos casos e 262 mortes pela doença. Esse é o menor número de casos registrados desde o período após o Carnaval, segundo informações do Painel Coronavírus.

Desde o começo do ano as secretarias de saúde estaduais já notificaram 483.357 casos de Covid-19 e 2.328 mortes. Em meio a uma epidemia de dengue — que já matou mais 750 pessoas desde 1º de janeiro — a Covid continua fazendo mais vítimas do que a atual epidemia que assusta os brasileiros. 

Brasil ultrapassa 2 milhões de casos de dengue

O infectologista Marcelo Daher, que também é membro da sociedade Brasileira de Infectologia, explica que hoje a Covid é menos letal do que há alguns anos, mas ela continua sendo uma doença que pode levar à morte.

“Às vezes as pessoas podem achar que outros morreriam naturalmente — e o covid foi só um empurrãozinho. Mas foi justamente o empurrão que levou ao óbito. Então, lembrar que a covid tem vacina, que elas são eficazes contra a doença. Por isso, quem ainda não se vacinou deve fazer a vacinação.” 

Mais casos de Influenza 

Desde a semana pós-carnaval, o vírus influenza vem apresentando crescimento nas últimas semanas. A Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal mostrou que, dos 147 vírus identificados, 48% eram influenza. Para reduzir os casos de infecção pelo vírus, a campanha de vacinação contra a gripe, prevista para começar no último dia 25, foi antecipada e as unidades de saúde já estão disponibilizando as doses para as pessoas do grupo prioritário.

A empresária de Juiz de Fora, MG, Stela Pereira já passou dos 60 anos. É asmática e já teve duas pneumonias. Para ela, a vacina continua sendo a melhor forma de prevenir o agravo de qualquer doença. 

“Assim que liberar a vacina da gripe eu vou logo me imunizar, para não correr o risco de agravar uma gripe, virar uma pneumonia. Para mim a vacina de gripe é perfeita, me imuniza e me deixa livre que qualquer doença desagradável", afirma. 
 

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25/03/2024 13:12h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

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Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro liberado — por meio de uma portaria do Ministério da Saúde— vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para combater os sintomas da doença.

 Tocantins vai receber R$ 2.403.970,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios. Os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Brasil ultrapassa 2 milhões de casos de dengue

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes”, afirmou. 

ESTRATÉGIA DE REDISTRIBUIÇÃO DA VACINA 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) — com ampliação de estados e municípios.

Tocantins está entre os estados que receberam doses do imunizante Qdenga. A vacina foi distribuída em municípios como Aparecida do Rio Negro, Lajeado, Rio dos Bois e Palmas. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

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20/03/2024 21:00h

Já são 656 mortes confirmadas e outras 1.025 em investigação

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O enfrentamento à maior epidemia de dengue já registrada no Brasil até hoje vem de todos os lados: sociedade civil e poder público. A vacina é um importante aliado, mas por conta da pequena capacidade de produção do fabricante, está acessível apenas a um pequeno público: de 10 a 14 anos. 

Segundo o Ministério da Saúde, todo estoque disponível de vacinas contra a dengue em 2024 e 2025 foi comprado. Ainda este ano serão entregues 5,2 milhões de doses, além de uma doação de 1,3 milhão de doses. O que deve permitir que 3,2 milhões de pessoas fiquem imunizadas com as duas doses que completam o esquema vacinal.

Até segunda-feira, 18 de março, 1.235.236 doses haviam sido distribuídas e, dessas, 436.149 aplicadas no público-alvo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que corresponde a 35,3%. Mas o combate ao mosquito ainda é o maior desafio e precisa continuar. 

MG e DF na liderança dos casos de dengue

O estado de Minas Gerais lidera a lista com o maior número de registros da doença: 662.952 e 107 mortes confirmadas, mas a maior incidência está no DF, com 5.678 casos por 100 mil habitantes e 159.957 registros da doença. 

Quem já pegou, não esquece. Como a brasiliense Ana Beatriz de Oliveira, de 22 anos. Ela já pegou dengue três vezes — as duas últimas, este ano, foram hemorrágicas. Ela conta que os sintomas foram piorando a cada reinfecção..

“As dores no corpo nas duas primeiras vezes não foram tão fortes como foram agora. Eu estava debilitada para andar, para comer, eu estava com uma dor no olho que mal conseguia abrir. Não conseguia movimentar a cabeça rápido porque ficava muito tonta. Não conseguia fazer praticamente nada.” 

Com medo de mais uma infecção pela doença, ela conta que todos em casa mudaram os hábitos. “Hoje a gente usa tela de proteção nas janelas, olha cada cantinho da casa para ver se não tem criadouros do mosquito.” 

Cuidados precisam ser mantidos

Evitar o agravamento da dengue só é possível com o diagnóstico precoce e correto — o que precisa ser feito por um médico, como explica o infectologista Marcelo Daher.

“O momento de hidratação, o momento de parar a hidratação. Medicamentos que podem e que não podem ser feitos. Então diagnóstico correto, procurando uma unidade de saúde para que seja notificado o caso e seja buscado o diagnóstico correto é muito importante. Não existe medicamento específico para a dengue, mas existem condutas corretas e a conduta correta salva vidas.” 

O médico ainda complementa que crianças pequenas, gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma e procurar imediatamente ajuda médica. 
 

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20/03/2024 17:00h

Cidades em situação de emergência devem receber recursos em breve

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Diante do enfrentamento da pior epidemia de dengue que o país já registrou, representantes dos municípios se reuniram na terça-feira (19) com representantes do Ministério da Saúde para pedir a revisão da lista de cidades que recebem a vacina contra a doença. Membros da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) pediram à ministra da Saúde, Nísia Trindade, uma revisão da lista de cidades selecionadas para receberem a vacina contra a dengue. 

Na ocasião, segundo representantes da entidade, a ministra afirmou que os critérios científicos estão sendo revistos pelo Programa Nacional de Imunizações. Segundo o prefeito de Campinas - SP e vice-presidente de Saúde da FNP, Dário Saadi, a quantidade total de imunizantes ainda é pequena, mas independente disso é uma arma na luta contra a dengue. “O enfrentamento à dengue não deve ser só do município. Deve ser também do governo federal e dos governos estaduais”, disse.

Estados em situação de emergência

Nove das 27 unidades da federação já decretaram estado de emergência contra a dengue, a última delas, São Paulo — que registra mais de 370 mil casos da doença. 

Unidades em situação de emergência:

  1. Acre
  2. Goiás
  3. Minas Gerais
  4. Espírito Santo
  5. Rio de Janeiro
  6. Santa Catarina
  7. Amapá
  8. Distrito Federal 
  9. São Paulo 

Além disso, 192 municípios publicaram decretos devido à alta de casos da doença. Sobre o assunto, o vice-presidente da FNP comentou sobre o que foi discutido na reunião. “Nós solicitamos à ministra o envio de recursos para cidade que decretaram estado de emergência para atender a dengue, e a ministra garantiu que os recursos serão repassados o mais breve possível.”

Portaria para emergências 

A Portaria GM/MS nº 3.160, de 9 de fevereiro, amplia os recursos reservados para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências, como a alta de casos de dengue no país.

Para receber a primeira parcela do recurso  — que até agora já repassou R$ 60 milhões — o ente precisa enviar um ofício com a declaração de emergência em saúde. A partir da segunda parcela, é necessário o Plano de Ação; esses repasses são mensais durante a vigência do decreto de emergência.

De acordo com o Ministério da Saúde, são aproximadamente 290 solicitações de municípios (com preenchimento de critérios e documentos ou não).Deste total pelo menos 60% com portaria publicada e recursos disponibilizados.
 

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12/03/2024 00:10h

A cobertura vacinal em crianças de 3 a 4 anos está em 23% para duas doses e 7% para o esquema vacinal completo, com três doses

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A cobertura vacinal entre crianças e adolescentes contra Covid-19 continua baixa no Brasil. É o que revela estudo divulgado nesta segunda-feira (11), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

De acordo com o levantamento, a cobertura vacinal em crianças de 3 a 4 anos está em 23% para duas doses e 7% para o esquema vacinal completo, com três doses. Além disso, entre as que tem entre 5 e 11 anos, a cobertura está em 55,9% com duas doses e 12,8% em relação ao esquema vacinal completo.   

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Diante desse cenário, o estudo revela que houve uma redução significativa no número de mortes entre crianças e adolescente, desde o início da vacinação contra a doença, o que segundo a Fundação, pode indicar uma eficácia do imunizante. 

O estudo analisou dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica de Gripe da Fiocruz, levando em conta as oito primeiras semanas epidemiológicas de cada ano, entre 2021 e 2024. Por volta do final de fevereiro do primeiro ano em questão, foram registradas 118 mortes por Covid-19 entre crianças e adolescentes de até 14 anos de idade. Já no mesmo período de 2024, o total de mortes pela doença entre crianças e adolescentes com menos de 14 anos foi de 48.

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12/02/2024 13:47h

Próximos estados a receber as doses da vacina serão AC, PB, RN, MS, AM, SP e MA

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Uma das primeiras unidades da federação a decretar situação de emergência contra a dengue, o DF foi também uma das primeiras a receber o imunizante contra a doença — junto com a Bahia e Goiás. Na última quinta-feira (8) chegaram 71.702 doses — e até esta segunda-feira, segundo a Secretaria de Saúde, 7.804 crianças de 10 e 11 anos já haviam recebido a primeira dose do imunizante. 

A advogada brasiliense Tatiana Vieira, mãe da Gabriela de 10 anos, tentou levar a filha nos dois primeiros dias. “Mas a fila estava imensa, demorando de 2 a 3 horas”. No domingo, aproveitou o horário de almoço e conseguiu imunizar a menina, que não teve nenhum efeito colateral. Tatiana conta que correu para vacinar a filha por medo dos sintomas da dengue. 

“Eu me preocupo por que meu marido já teve, ficou ruim por cerca de um mês e minha preocupação hoje é com meus filhos, para  eles não pegarem. Ou se pegarem, que seja mais fraco.” 

Goiás e Bahia

Goiás recebeu 72.818 doses da vacina Qdenga na última quinta-feira (8), mas a imunização só está prevista para começar na próxima quinta-feira (15). Enquanto isso, o estado vive situação de emergência decretada no último dia 9, por conta da doença. Até agora já são 23.258 casos registrados  — e 4 mortes, segundo o Ministério da saúde. 

As 70.368 doses destinadas aos 10 municípios da Bahia que terão prioridade neste momento também já chegaram, mas a data para início da imunização não foi divulgada. Treze cidades sofrem com uma epidemia da doença, que já soma 4.068 casos notificados. 

Próximos estados a receber as doses

Até a primeira quinzena de março — segundo o Ministério da Saúde —, Acre, Paraíba, Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, Amazonas, São Paulo e Maranhão irão receber as doses da Qdenga. O lote inicial de vacinas, com 712 mil doses, atende 60% dos 521 municípios selecionados. 

O médico consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia Marcelo Daher explica como funciona a Qdenga.

“Essa é uma vacina de vírus atenuado, feita em duas doses por via subcutânea, com três meses de intervalo entre elas. Uma vacina que pretende proteger as pessoas, principalmente pelas formas graves da doença.” O médico ressalta que ela não é capaz de evitar a contaminação, mas sim, de proteger que os quadros da doença se agravem.

O médico ainda explica que, por ser feita com vírus atenuado, a vacina contém algumas contra-indicações.

“Pessoas com alguma imunodeficiência não devem tomar a vacina. Pessoas que estão fazendo uso de algum medicamento que controle ou diminua a imunidade também devem conversar com seu médico antes de tomar a vacina. O que vale também para portadores de HIV, que devem avaliar se devem ou não tomar a vacina neste momento.” 

Cuidados não devem parar

A única forma realmente eficaz de se proteger contra a dengue é eliminando os focos do mosquito Aedes Aegypti. E nesse quesito, toda a sociedade precisa colaborar. A Tatiana, que apareceu lá no começo da reportagem preocupada com a vacinação, conta que, mesmo morando em apartamento, cuida de perto dos possíveis criadouros.

“Não deixo água parada nos pratinhos das plantas e cuidam pessoalmente para não ter nenhum risco dentro de casa.” 

Quem mora em casa precisa redobrar os cuidados, olhando cada canto do quintal e eliminando totalmente os focos do mosquito. Vasos de plantas, garrafas pet, caixas d'água e todo e qualquer objeto que possa acumular água fresca e limpa, deve ser eliminado. 

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24/01/2024 19:45h

Fundação ressalta que número de crianças vacinadas ainda é baixo — e reforça efetividade e segurança da imunização

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A taxa de mortalidade por Covid-19 foi de 4,3 mortes por 100 mil habitantes para menores de 1 ano e 0,6 por 100 mil para crianças de 1 a 4 anos entre agosto de 2021 e julho de 2022, de acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os dados mostram que, apesar do número de mortes, apenas 22,2% das crianças entre três e quatro anos foram vacinadas com duas doses da vacina contra a doença. 

A pesquisadora da Fiocruz Viviane Boaventura recomenda aos pais que vacinem seus filhos contra a doença, que tirou a vida de 708.999 brasileiros. Ela afirma que as vacinas contra a Covid-19 são seguras e evitam mortes de crianças pela doença. 

“Para as crianças realmente é um chamado para que os pais mantenham a caderneta vacinal das crianças para a Covid 19 em dia. Não tem por que desconfiar. A mesma ciência que é feita, as mesmas estratégias que são usadas para analisar a efetividade e a segurança das vacinas são as mesmas para todas as vacinas”, afirma a pesquisadora.   

Mesmo com a queda no número de casos da doença, segundo Viviane Boaventura é importante se vacinar. A pesquisadora enfatiza a importância da imunização, em especial para crianças e adolescentes. Boaventura assegura aos pais — com algum receio de vacinar os filhos — que não existe controvérsia sobre a segurança, eficácia e efetividade dos imunizantes. 

“É natural que os pais se preocupem com eventuais riscos adversos à vacina ou a qualquer medicamento. Mas as vacinas são consolidadamente um método efetivo contra a infecção e principalmente contra formas graves da doença. Então quando se opta por vacinação, os estudos feitos da segurança, da eficácia, já comprovam que essas vacinas são protetoras e evitam que essas crianças possam falecer de Covid”, destaca. 

Quanto a possíveis reações, a pesquisadora explica que todos os medicamentos possuem riscos de efeitos adversos. No entanto, no caso das vacinas, são “extremamente baixos”. Viviane Boaventura pontua que a vacinação é indicada e necessária. 

Número de crianças vacinadas contra a Covid-19 ainda é baixo, diz Fiocruz

Síndrome respiratória

Em 2023, até novembro, foram registrados 5.310 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por Covid-19 e 135 mortes  de crianças menores de cinco anos. Segundo o Ministério da Saúde, desde o início da pandemia, em 2020, até novembro do ano passado, também foram notificados 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) no Brasil, com 142 mortes entre crianças.

Covid-19: vacinação de crianças será obrigatória a partir de 2024
 

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22/01/2024 20:30h

A fundação alerta que a vacinação reduz em até 41% o risco de crianças desenvolverem a chamada Covid-Longa — e ressalta efetividade próxima a 90% dos imunizantes

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Apenas 22,2% das crianças entre três e quatro anos foram vacinadas com duas doses da vacina contra a Covid-19. De acordo com nota técnica divulgada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), nesta segunda-feira (22), de agosto de 2021 a julho de 2022 a Covid-19 foi a principal causa de morte por doença imunoprevenível — que podem ser prevenidas por vacina — entre menores de 19 anos. 

Ainda conforme o documento, a vacinação reduz em até 41% o risco de a criança ou adolescente desenvolver a chamada Covid-Longa — quando os sintomas permanecem mesmo após a fase aguda da doença. A Fiocruz ressalta ainda que as duas vacinas aplicadas em crianças no Brasil, do Instituto Butantan e da Pfizer, têm efetividade próxima a 90% para alguns grupos etários, principalmente contra hospitalização pela doença.  

“Apesar dessa alta carga de mortalidade, a cobertura vacinal, no Brasil, contra Covid-19 em crianças permanece baixa: entre 3 e 4 anos, apenas 22,2% foram vacinados com 2 doses; 55,4% entre 5 e 11 anos e 82,6% entre 12 e 17 anos. Em relação à terceira dose, a cobertura cai para 6,0%, 12,1% e 33,4%, respectivamente. Trata-se de cobertura muito baixa, especialmente quando comparada a população entre 40 e 69 anos, que é de 93,3% e 68,1% para duas e três doses, respectivamente”, diz a nota. 

A infectologista Rosana Richtmann destaca que a pandemia acabou, mas a Covid-19 continua de forma semelhante ao que ocorre com o vírus da gripe. A especialista ressalta que a vacinação contribuiu de forma significativa para a redução dos casos graves da doença e defende a aplicação de dose anual para crianças e grupos prioritários, conforme recomendação do Ministério da Saúde.

“Então, independente do que você fez no passado, se você tomou uma ou cinco doses no passado, isso não vai ter tanta importância à medida do momento que a gente passa a ter grupos prioritários que vão necessitar de uma dose de vacina atualizada por ano. A única exceção dessa regra são as crianças, essas, sim, vão precisar da vacinação como rotina no calendário deles. Exceto as crianças, os outros grupos passam a ser vacinados só os grupos prioritários”, afirma. 

Joyce Conde é arquiteta e mãe dos pequenos Maria Eduarda e Davi. Ela conta que os dois filhos foram vacinados contra a doença. “No geral, todas as vacinas são importantíssimas. Meus filhos de 2 e 3 anos não tiveram nenhuma reação, pelo contrário, ficaram super tranquilos. E eu recomendo a vacinação para pais, idosos, crianças, para todo mundo se vacinar, que a vacina de Covid é importantíssima”, pontua. 

2,5 milhões comprimidos contra Covid-19 já foram distribuídos na rede pública de saúde no Brasil

Números da vacinação

A Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) referente à Covid-19 durou de janeiro de 2020 a maio de 2023. No Brasil, foram registrados mais de 38 milhões de casos confirmados da doença e 708.999 mortes, segundo o Ministério da Saúde. Os dados da pasta mostram que mais de 517 milhões de vacinas monovalentes foram aplicadas e mais de 32 milhões de pessoas receberam o imunizante bivalente. 
 

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