Campanha de Vacinação

14/11/2023 20:55h

Especialistas alertam para a importância de se completar o processo de imunização

A fase crítica da pandemia de Covid-19 já passou, mas o coronavírus segue em circulação em todo o país. Ao todo, foram aplicadas 518.496.432 vacinas. A dose de reforço, no entanto, não é prioridade entre os brasileiros. Cerca de 84% da população ainda não recebeu uma dose adicional da vacina, seja ela monovalente ou bivalente, segundo um estudo apoiado pela Pfizer Brasil.

Um boletim da Fiocruz divulgou que, ao longo do ano de 2023, foram notificadas 9.546 mortes decorrentes da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo que 70,4% dessas mortes estavam associadas à COVID-19. Nas últimas quatro semanas, observou-se um aumento significativo, com 82,5% dos óbitos por SRAG relacionados ao coronavírus. Marcelo Daher,  infectologista e consultor da Sociedade Brasileira De Infectologia, relembra a importância dos imunizantes:

“Temos casos de Covid-19 ocorrendo com bastante intensidade neste mês no Brasil. A circulação do vírus, incluindo variantes, continua. Destaco a presença da variante Ômicron, com diversas subvariantes em circulação. Apesar da vacinação, ainda há transmissão e circulação do vírus, resultando em casos, internações e óbitos relacionados à Covid-19 nos dias atuais. A vacina desempenha um papel protetor nesse cenário”, diz.

Daher reforça que é crucial ter cuidado especialmente durante esta época de fim de ano. As comemorações reúnem pessoas de diferentes grupos e faixas etárias. É preciso tomar precauções não apenas para evitar adoecer, mas também para não transmitir a doença a outras pessoas.

“Hoje, a vacina tem a capacidade comprovada de proteger contra casos graves da doença. Existem vários dados que confirmam sua eficácia, aumentando os níveis de anticorpos e reduzindo a chance de a doença se agravar”, completa.

O gestor de políticas públicas Caio Leal, brasiliense de 28 anos, afirma ter ganhado uma sensação maior de segurança e saúde após tomar a dose adicional.

“Em alguns ambientes, sei que estive em contato com pessoas que recentemente tiveram COVID-19, mas de alguma forma, não fui infectado. Certamente, atribuo isso à vacinação e destaco a importância de encarar esse processo não apenas como uma medida individual para se manter saudável e confiante, mas também como um ato coletivo de proteção às outras pessoas”, declara Caio.

Também é o caso da arquiteta Camilla Rodrigues, 23 anos, moradora do Distrito Federal. Camilla conta que contraiu a doença em agosto do ano passado, já com três doses da vacina. Como resultado, teve sintomas não tão intensos.

“Recentemente, no último mês, no dia 4, recebi a vacina bivalente e não tive muitas reações, foi bastante tranquilo em comparação com as reações que tive com as doses anteriores”, diz a arquiteta.
 

Copiar textoCopiar o texto
13/11/2023 19:40h

São oito vacinas disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde paulistas

Baixar áudio

A Campanha de Multivacinação em São Paulo vai até esta quarta-feira (15), de acordo com o governo do estado. São oito vacinas disponíveis em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) paulistas para aumentar as coberturas vacinais de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade.

A médica que atua na área de saúde da família Karina Tomiasi destaca que as vacinas são importantes para o avanço da saúde pública, atuando no controle de doenças e evitando mortes.

Estão disponíveis vacinas para para poliomielite, meningocócica C conjugada, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), febre amarela, pentavalente (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae b), HPV (entre 9 e 14 anos de idade), BCG (tuberculose) e Covid-19.

HPV

Tomiasi informa que o HPV é responsável pela infecção sexualmente transmissível (IST) mais frequente do mundo —  e é associada ao desenvolvimento de tumores em homens e mulheres. “[A vacina do HPV] é a única que pode prevenir um tipo de câncer. Se não me engano, a que nós temos no SUS (Sistema Único de Saúde) é contra dois sorotipos que causam câncer de colo de útero e também que causam alguns tipos de câncer de garganta”, explica.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), em São Paulo a estimativa de novos casos do câncer do colo de útero, em 2023, é de mais de 2,5 mil. Esse tipo de câncer é a terceira causa de mortes prematuras femininas no Brasil.

Cobertura vacinal

Até esta segunda-feira (13), São Paulo vacinou cerca de 747 mil crianças e adolescentes. Após a prorrogação da vacina, que iria até o dia 31 de outubro, mais de 117 mil receberam todas as doses de vacinas necessárias do calendário básico nacional.

A campanha vacinou 221,1 mil bebês com menos de um ano. Para as crianças de 1 a 4 anos, foram 199,8 mil vacinas. No grupo de 5 a 8 anos, 94,5 mil receberam doses de diversos imunizantes.

Na faixa etária de 9 a 14 anos, 232,3 mil jovens receberam as vacinas. As vacinas específicas para crianças nessa faixa, como a vacina para HPV, alcançaram mais de 397,8 mil doses aplicadas.

Leia mais:

Roubos e furtos: crimes diminuem em São Paulo na primeira semana de novembro

Temporal em São Paulo: advogada explica como recorrer à indenização em caso de falta de energia

Copiar textoCopiar o texto
Saúde
13/11/2023 18:40h

A campanha de vacinação contra a influenza no Pará se estende até 15 de dezembro. A iniciativa teve início nesta segunda-feira (13)

Baixar áudio

A campanha de vacinação contra a influenza no Pará se estende até 15 de dezembro. A iniciativa teve início nesta segunda-feira (13). Os grupos prioritários incluem profissionais da saúde, crianças com mais de 6 meses, idosos acima de 60 anos, professores, gestantes, puérperas, adolescentes e jovens em medidas socioeducativas, além de pessoas em situação de rua.

Em outubro e novembro, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) não registrou casos de influenza no estado. Apesar desse panorama, o infectologista Hemerson Luz destaca a importância contínua da prevenção com a vacina.

“É muito importante receber a vacina contra a gripe anualmente, pois ela é atualizada de acordo com as principais cepas que estão circulando no mundo. Essas cepas são responsáveis pelo maior número de casos e também relacionadas com os quadros de maior gravidade todo ano é importante participar da campanha de vacinação contra gripe”, afirma o especialista.

O infectologista também afirma que a gripe é uma doença que passa de pessoa para pessoa, causada pelo vírus influenza. Ele explica quais são os sintomas em caso de infecção. 

“A gripe é uma doença contagiosa causada pelo vírus da influenza, os sintomas mais comuns são febre alta geralmente acima de 38 graus. Tosse que pode ser produtiva com saída de secreção, coriza, dor de garganta, dor de cabeça e uma dor no corpo com cansaço e até mesmo falta de ar”, diz o especialista. 

De acordo com a Sespa, a vacinação é importante para toda a região Norte, levando em consideração a diferença climática, geográficas e da idade da população. Conforme informações do estado, em março de 2023 as vacinações começaram, uma ação segundo eles importante para o combate da doença.

De acordo com o infectologista, a vacina é contraindicada apenas para indivíduos alérgicos à proteína do ovo ou aqueles com uma contraindicação específica recomendada por um médico. No entanto, é considerada segura para uso em toda a população. 
 

Copiar textoCopiar o texto
09/11/2023 11:25h

As vacinas estão disponíveis em todas as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) mineiras

Baixar áudio

A Campanha de Multivacinação em Minas Gerais foi prorrogada até esta sexta-feira (10) em todo o estado, segundo a Secretaria de Saúde do estado (SES - MG). São cerca de 18 vacinas disponíveis em todas as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) mineiras para garantir a vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos de idade.

Vital Fernandes Araújo, clínico geral, destaca a importância de atualizar o cartão de vacinação. “A vacinação, sem sombra de dúvidas, foi um dos maiores avanços que nós tivemos na humanidade, na prevenção de doenças graves que no passado causaram muitas mortes e sofrimento”, afirma.

De acordo com a SES - MG, para crianças  com menos de 7 anos, estão disponíveis vacinas contra BCG, hepatite B, penta (DTP/Hib/HB), poliomielite inativada (VIP), poliomielite oral (VOP), rotavírus, pneumocócica 10 valente (conjugada), meningocócica c (conjugada), febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola — SCR), tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela – SCRV), DTP, hepatite A e varicela.

Já para crianças a partir dos 7 anos e adolescentes, as vacinas disponíveis incluem hepatite B, febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola – SCR), difteria e tétano adulto, dTpa (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY (conjugada), HPV quadrivalente e varicela.

Vital ainda destaca que a vacinação é um ato de responsabilidade social que protege quem a toma, a família e a comunidade, porque diminui a circulação das doenças. “As vacinas são substâncias que estimulam nosso sistema imunológico a produzir defesa contra agentes causadores de doenças, principalmente contra vírus e bactérias. Com isso nós evitamos surtos  e epidemias”, completa.

Cobertura vacinal

Segundo a SES - MG, as áreas que bateram a meta da cobertura vacinal (90%) este ano foram: Jequitinhonha, Vale do Mucuri, Vale do Rio Doce, metropolitana de Belo Horizonte, Zona da Mata e sul, sudoeste, oeste e norte de Minas Gerais.

Em Minas Gerais, a cobertura vacinal contra a poliomielite para menores de um ano ficou em 83% em 2022. A meta é atingir 95% de cobertura para este público. A cobertura está em 24% de acordo com os últimos dados divulgados nesta terça-feira (7).

Para febre amarela, o índice foi de cerca de 75% em 2022 e está em 25% em 2023. A cobertura da vacina pentavalente, que protege contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B, ficou em 83% em 2022 e está em 24% em 2023.

Leia mais:

Minas Gerais registra 4.195.045 casos de Covid-19, desde o começo da doença

Copiar textoCopiar o texto
25/10/2023 08:00h

As vacinas já estão disponíveis em todas as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) mineiras

Baixar áudio

A Campanha de Multivacinação em Minas Gerais vai até  4 de novembro, de acordo com a Secretaria de Saúde do estado (SES - MG). As vacinas já estão disponíveis em todas as 28 Unidades Regionais de Saúde (URS) mineiras. Vital Fernandes Araújo, clínico geral, destaca que as vacinas são importantes para o avanço da saúde pública, atuando no controle de doenças e evitando mortes.

“As vacinas são substâncias que estimulam nosso sistema imunológico a produzir defesa contra agentes causadores de doenças, principalmente contra vírus e bactérias”, explica o médico.

A campanha procura conscientizar os cidadãos de Minas Gerais sobre a importância de vacinar crianças e adolescentes até os 15 anos de idade contra doenças preveníveis. Durante a campanha, estarão disponíveis imunizantes contra hepatite, febre amarela, meningite, poliomielite, sarampo, HPV, entre outros.

Segundo o Ministério da Saúde (MS), a cobertura vacinal contra a poliomielite em Minas Gerais ficou em 82,9% em 2022. A meta é atingir 95% de cobertura para este público. Para febre amarela, o índice foi de cerca de 75%. A cobertura da vacina pentavalente, que protege contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B, ficou em 82,8%

HPV

De acordo com Araújo, o HPV é um vírus conhecido pelas verrugas que causa nas regiões genitais —  e afeta homens e mulheres. “O grande problema é que esse HPV pode gerar câncer de colo de útero, câncer de vagina, pênis e ânus entre outras doenças. Justamente por causa dessas consequências possivelmente graves que a vacina se faz tão importante”, destaca o médico.

Ele informa que meninos e meninas de 9 a 14 anos podem tomar a vacina gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O esquema da vacina HPV é de duas doses, com intervalo de seis meses entre elas.

Quem tem 15 anos ou mais, e possui alguma condição que afeta o sistema imunológico, deve tomar três doses da vacina, com um intervalo de dois meses entre a primeira e segunda dose e seis meses entre a primeira e a terceira. Pessoas que já completaram o esquema vacinal não precisam de doses suplementares.

De acordo com a SES - MG, a cobertura vacinal do HPV de meninas em Minas Gerais, entre 2014 e 2022, foi de 85,7% para a primeira dose; e 69,50% para a segunda. Para os meninos, o número foi menor: 50,34% para a primeira e 35,67% para a segunda. A meta da cobertura é de 80%.

Leia mais:

Minas Gerais tem 135 municípios em situação de seca; informa Defesa Civil

MG: abertas as inscrições para o Programa de Mobilização pela Sustentabilidade

Copiar textoCopiar o texto
10/09/2023 00:56h

Após anos em queda, a cobertura vacinal do público infantil voltou a subir. O levantamento da Fiocruz analisou quatro vacinas essenciais: BCG, Pólio, DTP e MMRV

Baixar áudio

Após anos em queda, a cobertura vacinal do público infantil voltou a subir. Um levantamento feito pelo Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância - Fiocruz/ Unifase) revelou que crianças com menos de 2 anos de idade tiveram um aumento da vacinação no Brasil. O estudo analisou quatro vacinas consideradas essenciais pelos médicos: BCG, Pólio, DTP e MMRV. Os resultados apontaram crescimento na cobertura desse público entre 2021 e 2022.

O médico Dalcy Albuquerque Filho, especialista e membro da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, diz que esse aumento representa um resultado positivo. Mas, para que esse número continue subindo, ele acredita que o Brasil precisa disponibilizar mais vacinas em todas as unidades de saúde e ainda aumentar a quantidade de campanhas de vacinação.

“A gente lembra das campanhas do Zé Gotinha no início dos anos 80, quando você tinha filas imensas nas unidades de saúde, as pessoas ficavam na fila. Hoje essas campanhas são muito fracas, vai muito pouca gente. Então eu acho que a questão toda é essa, é sensibilizar, estar onde as pessoas estão e vacinar. E, na dúvida, dê vacina”, avalia.

A vacina BCG — que protege contra a tuberculose — foi a que mais conseguiu atingir a meta. Ela teve um aumento de 19,7 pontos percentuais e alcançou 99,5% do público infantil em 2022. De acordo com o levantamento, foi o único imunizante que obteve a cobertura vacinal mínima necessária. O maior crescimento foi observado na região Norte, enquanto a Sudeste teve a menor cobertura com 92,7%.

A vacina contra a poliomielite também cresceu 19,7 pontos percentuais, mas não conseguiu chegar no mínimo necessário da cobertura vacinal, entre 90% e 95%. O índice foi de 85,3% em 2022.

A imunização contra a DTP — difteria, tétano e coqueluche — cresceu 9,1 pontos percentuais, para crianças com menos de 1 ano. A cobertura chegou a 85,5% em 2022. Norte e Nordeste foram as regiões que lideraram o crescimento, porém nenhuma região alcançou a meta de 95% de cobertura vacinal.

A vacina MMRV — previne sarampo, caxumba, rubéola e varicela — também teve um aumento da imunização em crianças menores de 2 anos, mas ainda assim não alcançou a meta. Ela cresceu 3,5 pontos percentuais, chegando a 59,6% em 2022. A região Sul esteve na frente da cobertura, com 70,6% e a região Norte, teve o menor índice — de 38,6%. 

Importância da vacinação

O médico Dalcy Albuquerque Filho explica que a vacinação, talvez, seja um dos maiores avanços da medicina nos últimos séculos. “Graças à vacinação, nós conseguimos minorar ou até erradicar doença que durante toda a história da humanidade dizimou populações, causou sequelas e encurtava inclusive a vida média da população.”

Para ele, com o surgimento dos imunizantes, muitos problemas foram deixados para trás. “Com as vacinas, nós conseguimos, por exemplo, a redução de febre amarela, que era uma tragédia no Brasil, a varíola que também era uma tragédia no Brasil e no mundo inteiro e que, inclusive, nós conseguimos até a erradicação”, revela.

O infectologista levanta outros pontos positivos. “Com a vacina, a gente consegue que o organismo tenha uma série de fatores de defesa que impedem que essa doença que tinha um potencial de agravamento muito grande, com o pior desfecho, que era o óbito, a morte do paciente, não aconteça”, salienta.

Vacinação nos idosos

Na opinião do médico Dalcy Albuquerque Filho, as vacinas não são importantes apenas para as crianças. “Não podemos nos esquecer das pessoas idosas que têm comorbidades. Elas são organismos mais frágeis e também precisam se manter imunizados, dentro do que preconizam os calendários vacinais”, ressalta.

O especialista ainda acrecenta: “Pessoas que usam medicações que comprometem a imunidade, de acordo com a orientação do seu médico, da sua terapia, devem também se manter imunizados para evitar ter essas doenças e, se vier a ter, evitar as complicações e os óbitos”, afirma.

Orientações

O médico diz que para evitar complicações ao adoecer, a recomendação é simples: “Vacinem-se e mantenham o calendário de vacina do seu filho rigorosamente em dia, dentro das datas preconizadas. Leve o seu filho num posto de saúde para vacinar e mantenham o calendário dele em dia dentro do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde”, aconselha.

Mas ele ressalta a importância de aumentar o número de vacinas disponíveis em todas as unidades de saúde e também ampliar as campanhas. “É importante atuar em locais de grandes aglomerações, em festas, em jogo de futebol, em todos os lugares e com pessoas sensibilizadas e fazendo brincadeiras até para atrair as crianças e tudo mais”, cita.

A advogada especialista em direito médico Ana Lúcia Boaventura faz um alerta. “A vacinação é obrigatória não somente para crianças, ou seja, os pais devem levar seus filhos a se vacinarem e também para os adultos. É claro que ninguém vai adentrar à residência de uma pessoa e obrigá-lo a se vacinar, mas a gente deve entender que alguns direitos podem passar a ser restringidos em razão da falta de vacinação”, informa.

Caso os pais não levem os seus filhos para se vacinar, a advogada esclarece: “Eles podem começar a ter direitos restringidos em matrículas, em escolas, recebimento de Bolsa Família e assim por diante. Então, a vacina é obrigatória, sim, obviamente, não de uma maneira coercitiva, mas com relação à restrição desses direitos, porque o que se pretende com a vacinação obrigatória, não é só a proteção do indivíduo que vai receber a vacina, mas é uma questão de saúde coletiva.”, ressalta.

Copiar textoCopiar o texto
26/07/2023 14:20h

Dia D está marcado para 1º de setembro e inclui os 417 municípios do estado

Baixar áudio

A partir de segunda-feira (31), cães e gatos devem ser vacinados contra a raiva na Bahia. A campanha deste ano vai até 9 de setembro, com o Dia D marcado para 1º de setembro, e inclui os 417 municípios do estado, com estratégias de vacinação adequadas a cada território.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados 16 casos de raiva canina e felina no Brasil em 2022. Dessas ocorrências, oito foram causadas por variante de morcego e três por variante de canídeos silvestres (cães, lobos, chacais, coiotes e raposas). Em outros cinco casos, o sequenciamento viral ainda está em análise.

Mesmo em um cenário de diminuição da raiva em cães e gatos, as autoridades de saúde monitoram a circulação do vírus e, principalmente, identificam a variante viral envolvida em caso positivo de raiva nessas espécies. Este mapeamento permite a adoção de medidas de controle necessárias em cada situação.

Por isso, o veterinário Lucas Edel explica que a vacinação é a principal forma de prevenção, uma vez que a raiva é uma doença letal.

"Temos vacinas antirrábicas para cães, gatos e também para animais de produção, principalmente bovinos e equinos. De acordo com as evidências, a vacinação é essencial para evitar e reduzir a circulação do vírus rábico em nosso território. É extremamente importante que os donos de animais de estimação realizem a vacinação contra raiva, pois essa doença não tem cura. Infelizmente, todos os animais infectados desenvolvem a doença, e o vírus leva ao óbito", explicou.

Lucas Edel pontua que não se sabe ao certo o período de transmissibilidade do vírus em animais silvestres, mas que os quirópteros (como morcegos) podem abrigar o vírus por longos períodos, sem sintomas aparentes. 

"A raiva manifesta um quadro neurológico nos animais e nos seres humanos. O vírus geralmente entra por meio de uma mordedura de um morcego, de outro cão. Onde houve a mordida, o vírus migra para o sistema nervoso central do animal ou da pessoa, causando um processo inflamatório irreversível. Os pacientes apresentam quadros e sintomas neurológicos, convulsões e, consequentemente, evoluem para uma parada cardiorrespiratória e óbito", completou.

Dados extraídos do Laboratório Central de Saúde Pública, ligado à Secretaria de Saúde da Bahia, apesar de o estado não ter registrado casos de raiva em cães e gatos no primeiro semestre de 2023, 31 animais, entre silvestres (raposas e morcegos) e animais de produção (bovinos e equinos), foram diagnosticados com o vírus da raiva.

Copiar textoCopiar o texto
07/06/2023 06:00h

A campanha teve início no último dia 3 de junho. Na ocasião, mais de 10 mil cães e gatos foram vacinados

Baixar áudio

A campanha de vacinação antirrábica do Distrito Federal vai seguir até o dia 30 de setembro. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde do DF (SES). A expectativa é de que a iniciativa supere os números de 2022, quando foram imunizados 229.126 animais, sendo que 186.664 foram de caninos e 42.462 de felinos. 

A médica veterinária Maíra Silva, especialista na área de clínica geral de pequenos animais, da clínica Fazendeiro Pet no Distrito Federal, destaca a gravidade da doença e ressalta a importância de levar os animais para se vacinar. 

“Se trata de uma zoonose, ou seja, também pode ser transmitida por nós, seres humanos, principalmente após o contato da saliva, por mordedura ou arranhadura dos animais infectados, como morcegos, cães e gatos. Os sintomas variam conforme os animais infectados e o período de incubação, que é o período que o animal pode levar para manifestar os sintomas do vírus, que é de 15 a 90 dias. Por tanto, a vacinação nos cães e gatos é de extrema importância e é a melhor forma de prevenção a raiva, uma vez que não há cura para essa doença,” afirma.  

A campanha teve início no último dia 3 de junho. Na ocasião, mais de 10 mil cães e gatos foram vacinados. A vacinação também está disponível de segunda a sexta-feira nos núcleos regionais de vigilância ambiental. A lista de endereços e horários de atendimento está disponível no site da Secretaria de Saúde.

Segue a lista completa de locais que ficaram disponíveis.  

Sobre a doença

De acordo com a Secretaria de Saúde do DF, a raiva é considerada uma zoonose transmitida por vírus e pode contaminar o ser humano por meio de mordida, arranhões ou lambedura de animal contaminado. A doença pode afetar o sistema neurológico, provocando dor de cabeça, podendo levar inclusive, o paciente à morte em praticamente 100% dos casos.

Copiar textoCopiar o texto
01/06/2023 20:45h

Infectologista destaca a importância de se imunizar contra o vírus e informa quais cuidados devem ser tomados pela população para evitar a propagação

Baixar áudio

A população de Minas Gerais terá a até o dia 31 de julho para se vacinar contra a influenza. O governo do estado prorrogou a campanha de vacinação contra o vírus que transmite a gripe. O adiamento vale para as pessoas que têm mais de seis meses de idade e a orientação é do Ministério da Saúde. 
 
A médica infectologista na Quality Life Clinic Joana D’arc destaca a relevância de se imunizar com a vacina contra a gripe. 

“É uma vacina que é atualizada anualmente, então todos os anos a gente precisa fazer porque tem novas variantes. A gente tomando anualmente a gente está protegido. Vale a pena você tomar a sua dose, fazer o seu reforço, mesmo quem não esteja  dentro da população de risco pode fazer uso da vacina sem problema nenhum. É uma proteção a mais para sua saúde”, considera.

Conforme preconiza o Ministério da Saúde, a meta era que a cobertura vacinal atingisse 90% da população. No entanto, Minas Gerais só obteve 46,38% da população imunizada. O grupo, composto por crianças e gestantes, apresentou um nível baixo na cobertura vacinal, ficando de 34,90% e 39,31%, respectivamente. 

Copiar textoCopiar o texto
Agronegócios
30/05/2023 20:40h

Especialista da Agrodefesa de Goiás destaca a importância da vacinação em animais e também explica as possíveis consequências quando eles não são imunizados

Baixar áudio

O Governo de Goiás e a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) lembram aos pecuaristas goianos que o prazo de vacinação contra a raiva dos herbívoros termina na quarta-feira (31). A medida é obrigatória em 119 municípios considerados de alto risco para a doença. Essa ação inclui bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos (equinos, muares e asininos) de todas as faixas etárias.

O coordenador do Programa Estadual de Raiva dos Herbívoros da Gerência de Sanidade Animal da Agrodefesa, médico veterinário Fernando Borges Bosso, ressalta que a vacinação é importante para manter a saúde dos animais. 

“A etapa de vacinação contra a raiva dos Herbívoros no estado de Goiás em maio de 2023, está correndo dentro da normalidade sem maiores problemas ou intercorrências que possam interferir no resultado esperado. É de extrema importância para controlar e evitar a ocorrência de surto dessa doença, porque é uma zoonose fatal. Além de evitar grandes prejuízos agropecuários também evita que a população esteja exposta a essa doença tão grave, esperamos atingir cerca de 15 milhões de animais vacinados durante essa etapa de 2023,” destaca. 

Medidas legais

De acordo com a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa), os produtores que não vacinarem bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e equídeos contra a raiva, no prazo, serão penalizados. Serão aplicadas uma multa de 7 reais por animal não-vacinado. Aqueles que não fizeram nenhum tipo de declaração da vacinação do rebanho serão multados por 3 reais, por terra. Todas as declarações serão feitas via Sistema da Defesa Agropecuária de Goiás (Sidago).

Copiar textoCopiar o texto