G20

01/12/2023 21:15h

Presidência do país no G20 vai até 30 de novembro de 2024. A CNI vai presidir o B20, braço empresarial do grupo, que possui papel estratégico para o crescimento econômico mundial

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O Brasil assumiu nesta sexta-feira (1º) a presidência rotativa do G20 até o dia 30 de novembro de 2024 com três eixos principais: o combate à fome, à pobreza e à desigualdade; as três dimensões do desenvolvimento sustentável — econômico, social e ambiental; e a reforma da governança global. Para o professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Andrada, o país precisa saber aproveitar a presidência para buscar investimentos para setores e temas de interesse nacional. 

“Pode ser útil atrair atenção para os grandes temas da economia brasileira, coisas que o mundo olha para a gente com interesse, que tem interesse em investir aqui, como as questões de floresta, de agricultura sustentável, matérias-primas, petróleo. Mas são questões que dificilmente vão ter um impacto de curto prazo. Pode ser que sabendo aproveitar essa presidência, chamar atenção para esses setores, começar algumas conversas que se tornem investimentos no médio e no longo prazo”, ressalta o professor. 

Fundado em 1999, o Grupo dos 20 (G20) é o principal fórum de cooperação econômica internacional composto pelas principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo. São 19 países — Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos  — a União Europeia e, a partir deste ano, também a União Africana. O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, 75% do comércio internacional e 2/3 da população mundial.

B20

Já o braço empresarial do grupo, o B20, será presidido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que representa o setor privado no fórum desde 2010 e, agora, terá um papel estratégico nas decisões. Segundo a CNI, o B20 conecta a comunidade empresarial aos governos dos países do G20 “com a missão de construir e propor recomendações relevantes para o setor privado de forma que influencie o processo de tomada de decisões nas pautas prioritárias nos países do G20”.

O professor Alexandre Andrada explica que o fórum internacional tem como objetivo o debate entre os representantes das principais economias do mundo. “Acaba também envolvendo debates em torno das questões econômicas, empresariais desses países, buscas de acordos, de iniciativas, de programas conjuntos”, afirma. 

O B20 terá o “crescimento inclusivo para um futuro sustentável” como tema com cinco pilares: promover o crescimento inclusivo e combater a fome, a pobreza e as desigualdades; promover uma transição justa para “net-zero”; aumentar a produtividade por meio da inovação; promover a resiliência das cadeias globais de valor; e valorizar o capital humano. O presidente da CNI, Ricardo Alban, destaca a importância de estar à frente do fórum. 

“Alinhamos o processo com as prioridades do G20 e estamos preparados para representar assertivamente os interesses da comunidade empresarial global. O B20 Brasil é um fórum no qual nos engajaremos, concentrando esforços em áreas como inclusão social, combate à fome, transição energética e desenvolvimento sustentável”, pontua. 
 

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23/08/2023 10:30h

Na África do Sul, presidente afirma que o “dinamismo da economia está no sul global” e ressalta colaboração entre os setores público e privado

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a entrada de novos países no Brics — que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul —, nesta terça-feira (22), em Joanesburgo, na África do Sul. No Fórum Empresarial do Brics, Lula destacou o potencial do bloco para o desenvolvimento econômico global e a importância da atuação conjunta entre os setores público e privado. O fórum é uma das agendas do setor privado que acontece antes da cúpula geral do Brics, que vai até o dia 24 de agosto. 
 
“O dinamismo da economia está no sul global e o Brics é sua força motriz. O Brics tem uma chance única de moldar a trajetória do desenvolvimento global. Vocês, empresários, fazem parte desse esforço. Nossos países reunidos representam um terço da economia mundial. Essa relevância vai crescer com a entrada de novos membros plenos e parceiros no diálogo. A colaboração entre os setores público e privado é vital para aproveitar esse potencial de alcançar resultados duradouros.”, afirmou o presidente brasileiro. 

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Lula lembrou ainda que, em dezembro, o Brasil assumirá a presidência do G20 — grupo que reúne as principais economias do mundo — e que isso pode ser uma oportunidade para o avanço em temas de interesse do sul global. O chefe do Executivo ressaltou ainda a importância do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o chamado banco do Brics, comandado atualmente pela ex-presidente Dilma Rousseff, para a colaboração entre as economias emergentes. 

“Nosso banco conjunto deve ser um líder global do financiamento de projetos que abordam os desafios mais urgentes do nosso tempo. Ao diversificar fontes de pagamento e moedas locais, expandir sua rede de parceiros e ampliar seus membros, o NDB constitui uma plataforma estratégica para promover a cooperação entre os países em desenvolvimento”, pontuou. 

Segundo o governo federal, em 2022 o volume de transações entre o Brasil e os parceiros do Brics chegou a US$ 177,7 bilhões, sendo US$ 99,4 bilhões em exportações brasileiras para China, Índia, Rússia e África do Sul e US$ 78 bilhões em importações de produtos vindos desses países. De janeiro a julho de 2023, o volume já atingiu US$ 102,3 bilhões (US$ 63,2 bilhões em exportações e US$ 39 bi em importações).

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Cebrics

Esta é a segunda vez que a África do Sul é sede da Cúpula do Brics. A primeira foi há 10 anos, em Durban, quando foi criado o Conselho Empresarial do Brics (Cebrics). O conselho tem como objetivo assegurar que as principais prioridades do setor privado sejam efetivamente comunicadas aos líderes dos governos do Brics durante a cúpula.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) é a secretária-executiva do mecanismo no Brasil. De acordo como o presidente-eleito da entidade, Ricardo Alban, as discussões giram em torno de uma convergência para ações e políticas públicas. Ele acredita que existe uma janela de oportunidades para a indústria brasileira e para o Brasil no mundo. 

“Se neste momento estamos todos tão conscientes da necessidade da neoindústria, temos a responsabilidade e a obrigação de aproveitar essas oportunidades, traçar políticas públicas convergentes, priorizar para que tenhamos focos e garantir as verdadeiras entregas. E dentro dessas entregas, o Brasil tem a oportunidade de voltar para o mercado internacional com indústria de manufaturas, com produtos verdes, descarbonizados, já que nós vamos ser um grande produtor de energia verde e sustentável”, afirma o presidente-eleito da CNI. 

Para Alban, a adoção de uma moeda única no Brics ainda é algo “questionável”, mas acredita que, durante as conversas entre os governantes dos cinco países, seja possível a construção de um meio de pagamento único. Ele defendeu que qualquer decisão seja tomada com cautela para que não haja equívocos de ordem monetária ou financeira. 

A estrutura do Cebrics é formada por nove grupos de trabalho que contam com mais de 90 representantes brasileiros, que têm como objetivo a formulação de recomendações por temas. 
 

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21/08/2023 19:55h

No encontro com a presidente do banco, Dilma Rousseff, o presidente-eleito da CNI, Ricardo Alban, defendeu a cooperação com mecanismos internacionais para o desenvolvimento econômico sustentável do país

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Infraestrutura, energias limpas e projetos de impacto social foram tema de diálogo entre o presidente-eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) — o chamado banco do Brics — Dilma Rousseff. Na reunião, eles concordaram sobre a necessidade de revitalizar a indústria da construção pesada. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (21) em Joanesburgo, na África do Sul. A cidade vai sediar a Cúpula do Brics entre os dias 22 e 24 de agosto. 

De acordo com a CNI, Dilma Rousseff ressaltou a importância de proporcionar condições para que as indústrias brasileiras consigam aumentar investimentos e atender demandas de infraestrutura e inovação. Ricardo Alban destaca que, apesar do potencial brasileiro, especialmente no agronegócio, a participação internacional do Brasil ainda é pequena. 

“Nós também temos que encontrar junto a instituições internacionais como NDB forma de buscar recursos e funding suficientemente competitivos para estimular o comércio internacional. Dentro desse processo, sabemos que existem 30 projetos lá no NDB, 21 aprovados e nove ainda em tramitação”, afirma.

O presidente-eleito da CNI defende que não existe forma de garantir desenvolvimento social sustentável sem desenvolvimento econômico. Para ele, organismos internacionais como o Cebrics (Conselho Empresarial do Brics) e o B20 — braço empresarial do G20 — são fundamentais para o crescimento econômico e sustentável do Brasil. Alban enxerga o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado recentemente pelo governo federal, como uma oportunidade para estimular a indústria nacional. 

“Estamos coordenando o Brics no Brasil, as cinco empresas, e pretendemos ter os melhores resultados possíveis e trazer aqui uma equipe de trabalho, temos conversado com algumas empresas de consultoria, para que nós possamos não só iniciar e dar continuidade a um trabalho mais aguerrido e de entregas para a indústria nacional e que ele possa estar também conectado com o B20”, pontua. 

Anunciado no último dia 11, o Novo PAC prevê investimento de R$ 1,7 trilhão em infraestrutura até 2026. O programa está organizado em nove eixos de investimento: cidades sustentáveis e resilientes; transição e segurança energética; transporte eficiente e sustentável; inovação para indústria da defesa; educação, ciência e tecnologia; saúde; água para todos;  inclusão digital e conectividade; e infraestrutura social  inclusiva. O governo estima a geração de 4 milhões de empregos vinculados às obras. 

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Novo Banco de Desenvolvimento

Criado em 2014, o NDB mobiliza recursos para projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países membros do Brics. De acordo com a CNI, ao todo já foram aprovados 94 projetos em operações de crédito nos cinco países do grupo, em um total de US$ 32 bilhões. A entidade afirma que a presença do banco no território brasileiro desde 2019 foi essencial para aumentar a carteira de projetos no país. Em 2018, havia US$ 600 milhões e, atualmente, são US$ 6,2 bilhões.

Ainda segundo a CNI, durante a pandemia de Covid-19, o NDB atuou excepcionalmente na área social e de saúde, por meio de linha especial de crédito, que alocou US$ 2 bilhões para pagamento do auxílio emergencial em 2020 e para repor recursos do fundo garantidor de crédito de auxílio emergencial em 2023.

Brics

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está em Joanesburgo para participar da XV Cúpula do Brics —  bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Em uma rede social, Lula declarou que “é fundamental a cooperação entre os países do Sul Global no enfrentamento das desigualdades, da crise climática e por um mundo mais equilibrado e justo.”

O bloco representa mais de 3 bilhões de habitantes, que correspondem a 40% da população mundial; e US$ 25 trilhões em PIB, ou cerca de um quarto do PIB global. O grupo se reúne desde 2009. Esta é a segunda vez que a cúpula será em território sul-africano. A primeira aconteceu há 10 anos, em 2013, em Durban. 

A ocasião ficou marcada pela criação do Conselho Empresarial do Brics (Cebrics),  com o objetivo de assegurar que as principais prioridades do setor privado sejam efetivamente comunicadas aos líderes do governo no Brics durante a cúpula. A CNI é a secretária-executiva do mecanismo no Brasil. 

B20

A CNI representa o país também no Business 20 (B20), um mecanismo de diálogo oficial do G20 com a comunidade empresarial global. Criado em 2010, o B20 é um dos principais grupos do G20 e possui papel estratégico no crescimento econômico mundial e tem a missão de fornecer recomendações de relevância para a formulação de políticas sobre as prioridades de cada presidência. 

Ainda em 2023, o Brasil assumirá a presidência do grupo, assim como do principal fórum de cooperação econômica internacional, o G20. Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido, Estados Unidos e União Europeia compõem o grupo. 

O Brasil vai presidir o G20 e o B20 do dia 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. Em 2023, a Cúpula do G20 vai acontecer nos dias 9 e 10 de setembro na capital indiana, Nova Delhi. 
 

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21/08/2023 13:35h

O G20 é o grupo que reúne as 20 maiores economias do mundo. Brasil ocupará a presidência do G20 e do B20 por um ano

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O Brasil vai assumir em 1º de dezembro deste ano a presidência rotativa do do G20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, entre elas Estados Unidos, China e Japão. Na mesma data, o país passa a presidir o B20, braço empresarial do grupo.

Desde 2010, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) é a entidade que representa o setor produtivo brasileiro no B20. Por um ano, terá a missão de encabeçar os diálogos entre as empresas que compõem o setor privado das principais economias do mundo. 

Presidente eleito da CNI, Ricardo Alban afirma que a participação em organismos de cooperação internacional pode ajudar o Brasil a se desenvolver economicamente. "Obviamente, os organismos internacionais, como o Cebrics [Conselho Empresarial do Brics], o B20, junto com o G20, são fundamentais para que a gente possa montar toda essa estrutura complementar para garantir o nosso desenvolvimento econômico sustentável."

Melhor ainda, ele diz, é liderar esses grupos, oportunidade que o setor produtivo brasileiro deve aproveitar. "Iremos para Nova Déli, onde terá reuniões do G20 e do B20 (das empresas privadas). Que tenhamos a oportunidade de poder traçar planos de ação e estratégias complementares e, com isso, garantir mais entregas, mais efetividade, mais oportunidades no mercado internacional e mitigar, principalmente, os grandes entraves que podemos ter para as nossas empresas", projeta. 

Segundo a CNI, o B20 tem papel estratégico no crescimento da economia global. Todos os anos, o grupo trabalha em propostas a serem entregues antes do encontro anual do G20, de modo que haja tempo suficiente para a análise do material que auxilia os líderes internacionais. 

A liderança do B20 é uma extensão da presidência que o Brasil também exercerá à frente do G20. O professor de economia da Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Andrada afirma que passar um ano à frente da organização internacional pode ser útil, inclusive, para destravar acordos importantes. Segundo o economista, presidir a organização permite ao Brasil determinar as agendas, marcar os encontros e colocar em pauta temas de interesse do país. A Índia ocupa a presidência rotativa do grupo até o dia 30 de novembro. 

“Pode ser uma boa oportunidade para atrair investimentos para setores em que o Brasil é uma potência, que o Brasil tem uma grande expertise, que pode contribuir muito, como pode também ajudar a destravar acordos como o do Mercosul com a União Europeia, outros acordos industriais, tentando fortalecer setores em que o Brasil não é tão forte assim, que tem perdido força ao longo das últimas décadas. Tudo isso vai depender de como vai ser aproveitada essa presidência  —  e também tem que saber como estarão os ouvidos dos outros países em relação às demandas brasileiras”, explica.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), compete ao país que preside o G20 convidar países não-membros do grupo para participarem dos trabalhos daquele ano, em capacidade própria ou como representantes de organizações regionais. O Brasil convidou, segundo o órgão, Paraguai e Uruguai para participarem do G20. Os países ocuparão as presidências pro tempore do Mercosul no primeiro e segundo semestres de 2024, respectivamente. 

O G20 responde por cerca de 85% do PIB mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do mundo. Por isso, Alexandre Andrada pontua que o Brasil precisa saber aproveitar a presidência do grupo e entende que as principais pautas a serem defendidas pelo país serão reflexo dos discursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Provavelmente o que o presidente Lula vai levar, vai tentar colocar como prioridade são essas questões de floresta, agricultura, povos indígenas, a questão da fome, da pobreza, das responsabilidades dos países desenvolvidos e em desenvolvimento nessas questões”, acredita o economista. 

A Cúpula do G20 em 2023 vai acontecer nos dias 9 e 10 de setembro na capital indiana, Nova Delhi. 

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G20

Fundado em 1999, o Grupo dos 20 (G20) é o principal fórum de cooperação econômica internacional composto pelas principais economias desenvolvidas e em desenvolvimento do mundo. São 19 países — Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, República da Coreia, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos  — e a União Europeia.

Em 2010, foi criado o Business 20 (B20) — um mecanismo de diálogo oficial do G20 com a comunidade empresarial global. O Brasil é representado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) no âmbito do B20, que é um dos principais grupos do G20 e possui papel estratégico no crescimento econômico mundial. O B20 tem a missão de fornecer recomendações de relevância para a formulação de políticas sobre as prioridades de cada presidência. 

Presidência brasileira

O Brasil vai presidir o G20 do dia 1º de dezembro de 2023 a 30 de novembro de 2024. O presidente Lula editou o decreto 11.561/2023. O texto, publicado em junho, institui a Comissão Nacional para a Coordenação da Presidência Brasileira do G20, integrada por 39 órgãos da Administração Federal. O decreto atribui à secretaria de Assuntos Econômicos e Financeiros do MRE coordenar a trilha Depa Sehrs — que representa os líderes do G20. 

Já a trilha financeira será coordenada pela secretaria de Assuntos Econômicos Internacionais do Ministério da Fazenda e envolve também o Banco Central. Estão previstas mais de cem reuniões durante a presidência brasileira. A Cúpula do G20 será realizada no Rio de Janeiro nos dias 18 e 19 de novembro de 2024. Em nota, o MRE destaca a importância da liderança do grupo para o Brasil. 

“Dado o importante papel do G20 na discussão de temas centrais para a governança global, com a participação tanto de países desenvolvidos quanto de países em desenvolvimento, a presidência deste agrupamento representará oportunidade única para que o Brasil projete suas prioridades de política externa e suas políticas públicas internas nas áreas de atuação do grupo”, ressalta o ministério. 

Brics

Entre os dias 22 e 24 de agosto, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — economias emergentes que formam o Brics — se reúnem em Joanesburgo, na África do Sul para discutir pautas importantes para os países. A principal delas deve ser a entrada de outras nações no bloco. A cúpula também deve ser um importante centro de discussão econômica entre governos e empresários. O grupo  conta com a participação do setor privado por meio do Conselho Empresarial do Brics (Cebrics).

No Brasil, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) ocupa a secretaria-executiva do mecanismo. De acordo com a CNI, o Cebrics tem uma estrutura com nove grupos de trabalho, que contam com mais de 90 representantes brasileiros e funcionam de forma consultiva para formular recomendações por temas.

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