Tecnologia

10/10/2025 04:50h

País tem grandes reservas minerais, mas precisa avançar em pesquisa, tecnologia e marcos regulatórios para disputar espaço no mercado global, dominado pela China. A afirmação é do presidente do Conselho de Mineração da CNI, Sandro Mabel

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O Brasil tem grande potencial para tornar-se um dos protagonistas mundiais na produção de terras raras, mas precisa criar um ambiente de negócios oportuno para isso, com políticas de incentivo industrial que permitam o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, desde a mineração até a etapa final. Esse foi um dos principais temas debatidos na última reunião do Conselho de Mineração da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

"O momento é propício para transformar o potencial geológico brasileiro em políticas reais, que permitam não apenas exportar minério, mas também desenvolver indústria de ponta e ampliar a participação do Brasil na economia verde", afirmou o presidente do colegiado, Sandro Mabel.

Terras raras é o nome de um grupo de 17 elementos químicos que, embora abundantes na natureza, são encontrados em baixas concentrações, além de serem de difícil extração e separação. No Brasil, os elementos terras raras ganharam destaque ao entrarem nas negociações comerciais entre o governo brasileiro e os Estados Unidos. 

Esses minerais são essenciais no desenvolvimento de tecnologias de ponta e de fontes de energia limpa, como turbinas eólicas, motores de veículos elétricos e equipamentos eletrônicos. Com o aprimoramento tecnológico e a necessidade de transição energética para conter a crise climática, a tendência é de um crescimento exponencial do mercado de terras raras. 

Potencial inexplorado

Atualmente, a China domina o mercado global: o país responde por cerca de 60% da produção mineral de terras raras. Com a segunda maior reserva do mundo – são cerca de 21 milhões de toneladas, o que representa 23% das reservas globais – o Brasil tem grandes possibilidades de abrir concorrência com o gigante asiático. No entanto, é preciso transformar o potencial geológico em capacidade industrial, investindo nas etapas de separação, processamento e transformação, gerando valor agregado, empregos e inovação.

“O que vem junto com a indústria de terras raras é um aspecto que o Brasil é muito carente e precisa desenvolver desesperadamente: ciência, tecnologia e inovação. O mercado de terras raras em si é um mercado novo, criado através de intenso desenvolvimento de ciência, aplicação de ciências para desenvolver tecnologia, para inovar e gerar produtos”, ressaltou o integrante do Conselho de Mineração da CNI, Luiz Antônio Vessani.

O professor do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB), Nilson Francisquini Botelho, explica que o desenvolvimento da cadeia produtiva tiraria o Brasil da posição de exportador de matéria-prima. “Os benefícios seriam maiores com o investimento na parte de transformação, ou seja, a transformação desses metais em produtos tecnológicos. Atualmente, o que se faz é exportar para a China como matéria-prima bruta, e isso acaba agregando muito pouco valor na indústria”, avaliou o professor.

Atualmente, o Brasil responde por apenas 0,02% da produção mundial, com 80 toneladas das 350 mil produzidas globalmente. Projeções da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) apontam que a demanda por terras raras no país deve crescer 6 vezes entre 2024 e 2034, saltando de cerca de 1 mil toneladas para mais de 6 mil.

Luiz Antônio Vessani, que também é presidente da Edem, empresa de desenvolvimento em mineração, defende que não haja taxas exclusivas para a mineração de terras raras. “É preciso que se fomente a mineração. É preciso que a mineração gere os produtos para que as indústrias tenham esses produtos como oportunidade de criar valor até chegar, quem sabe, no veículo elétrico, no aerogerador e uma série de outros insumos que podem vir através da agregação de valor”.

Para o Conselho, o avanço depende também de medidas que reduzam a burocracia e deem mais agilidade ao licenciamento ambiental, considerado um dos principais entraves do setor. Outro desafio é a insegurança jurídica, que eleva custos e afasta investidores estratégicos. 

Segundo a CNI, garantir previsibilidade regulatória é essencial para atrair capital de longo prazo e consolidar a mineração de terras raras como vetor de desenvolvimento econômico.

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24/09/2025 04:55h

Pesquisa divulgada pelo SESI aponta que o interesse por serviços digitais cresce, com destaque para teleconsultas e agendamentos online, embora persistam desafios de conectividade e confiança no atendimento remoto

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O Serviço Social da Indústria (SESI) apresentou, nesta terça-feira (23), em São Paulo (SP), durante o evento Conecta Saúde, os resultados de uma pesquisa nacional sobre saúde digital. O levantamento mostra que 78% dos brasileiros demonstram interesse em utilizar serviços digitais de saúde, como teleconsultas, agendamento online de consultas e exames, prescrição e atestado digital.

Apesar do interesse crescente, o estudo aponta que apenas 20% da população usou efetivamente algum serviço digital em 2025. O celular é o principal meio de acesso (96%) e os canais mais utilizados são telefone e WhatsApp (45%), aplicativos de planos de saúde (32%) e o ConecteSUS (31%).

Para Emmanuel Lacerda, superintendente de Saúde e Segurança do SESI, os resultados confirmam que a saúde digital deixou de ser tendência para se tornar realidade. “A saúde digital amplia o acesso a serviços de qualidade, especialmente em regiões com escassez de profissionais ou infraestrutura. Ela permite atendimento mais rápido, redução de filas, monitoramento contínuo de condições de saúde e maior integração entre diferentes perspectivas do cuidado. Além disso, favorece a prevenção, ao oferecer ferramentas de autogestão e programas personalizados de bem-estar, resultando em mais qualidade de vida e produtividade”, avalia.

Pesquisa Saúde Digital: avaliação crescente

Entre 2023 e 2025, a avaliação positiva dos serviços digitais de saúde cresceu de 73% para 81% entre os usuários, segundo a pesquisa. Na telemedicina, fatores como praticidade (30%), agilidade (28%) e bom atendimento (14%) são os principais responsáveis pela aprovação. Por outro lado, a percepção de consultas superficiais (32%), falhas técnicas e dificuldades no agendamento (16%) ainda pesam nas avaliações negativas.

O levantamento aponta que cada pessoa se interessa, em média, por dois serviços digitais. Os mais procurados são o agendamento online (57%) e a teleconsulta (49%), seguidos por exames integrados (33%), prescrição digital (23%) e atestado médico (18%). A inteligência artificial já está presente no apoio ao diagnóstico em 10% dos casos.

A brasileira Roseane Silva, 38 anos, mudou-se para Valparaíso, na costa do Chile, em 2023, para trabalhar no segmento farmacêutico. Ela conta que a telemedicina se tornou parte da sua rotina e trouxe mais praticidade ao cuidado com a saúde. Para ela, a principal vantagem é a flexibilidade.

“O que mais chama a minha atenção em relação a esse tipo de atendimento é justamente a flexibilidade, poder ser atendida na hora prevista, principalmente. Eu posso estar com mal-estar e ao agendar o serviço sei que nesse momento serei atendida, diferentemente de uma consulta presencial, que às vezes impossibilita que seja atendida no horário marcado”, afirma.

Pesquisa Saúde Digital: resistência entre idosos ainda é alta

O interesse pela telemedicina está em expansão. Dos entrevistados, 38% afirmaram que pretendem utilizar o recurso no futuro. A aceitação é maior entre jovens homens de 25 a 40 anos (44%), pessoas com ensino superior (51%) e rendas mais altas (47%). Nutricionistas (44%), psicólogos (42%) e farmacêuticos (40%) estão entre as especialidades mais aceitas no formato digital.

Já a resistência se concentra em pessoas de 41 a 59 anos (79%) e idosos (83%), que apontam insegurança e preferência pelo atendimento presencial.

Diante da resistência que ainda existe por parte da população, Roseane acredita que o cenário deve mudar com a ampliação do acesso e da confiança nos serviços digitais. “Acredito que quem ainda tem receio é porque precisa sentir segurança de que suas necessidades serão realmente atendidas. O tempo é sagrado. E muitas vezes a pessoa não pode se deslocar, seja pela rotina corrida ou por alguma comorbidade. Nesse sentido, a teleconsulta é uma solução prática, que atende no momento certo e contribui para melhorar a qualidade de vida”, completa.

Pesquisa Saúde Digital: falta de conhecimento é barreira

Apesar do interesse, apenas 10% da população afirma conhecer bem ou muito bem os serviços digitais de saúde, enquanto 25% dizem ter algum conhecimento e 63% nunca ouviram falar ou não sabem como funcionam. Ainda assim, 56% acreditam que a saúde digital facilita o acesso aos serviços.

“Os principais desafios envolvem a redução das desigualdades de acesso à internet e a dispositivos digitais, que ainda persistem em diversas regiões, a harmonização de marcos regulatórios que garantam a sustentabilidade do ecossistema e o engajamento de usuários, empresas e profissionais de saúde em uma mudança cultural, na qual o digital seja compreendido como um complemento, e não um substituto, do cuidado presencial”, ressalta Lacerda.

Segundo o superintendente de Saúde e Segurança do SESI, a estratégia de saúde digital da instituição atua nesses pontos, buscando criar um sistema integrado, confiável e acessível para trabalhadores da indústria e seus dependentes.

O tema foi debatido no Conecta Saúde, evento promovido pelo Movimento Empresarial pela Saúde (MES), iniciativa do SESI e da CNI, que reuniu especialistas para discutir tendências e soluções que ampliem o acesso e fortaleçam o bem-estar da sociedade.

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24/09/2025 04:45h

Atividade, emprego e uso da capacidade caem; alta dos juros pressiona setor e expectativas seguem contidas

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A indústria da construção registrou, em agosto de 2025, o desempenho mais fraco para o mês em nove anos, de acordo com a Sondagem Indústria da Construção, divulgada, nesta terça-feira (23), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

O índice de evolução do nível de atividade caiu 3,5 pontos em relação a julho, chegando a 46 pontos – o menor patamar para agosto desde 2016. O recuo atingiu também o emprego, com o indicador passando de 50,1 para 46,3 pontos, e a Utilização da Capacidade Operacional (UCO), que caiu de 68% para 66%, nível mais baixo em três anos.

“A elevação da taxa de juros vem trazendo, progressivamente, maiores problemas para a indústria da construção, um encarecimento do investimento, mas principalmente uma perda de ritmo na demanda, por conta da elevação dos custos”, avaliou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. Segundo o especialista, o quadro acende um sinal de alerta, já que os empresários relatam queda em indicadores que, historicamente, registram crescimento no período.

Sondagem Indústria da Construção: reação do setor

A diretora de Operações da empresa goiana Trindade Soluções Construtivas, Daniele Trindade, vai viajar, em outubro, para um dos maiores polos de tecnologia e inovação da construção civil, em Guangzhou, na China, com o objetivo de desenvolver ideias para o mercado nacional. Envolvida diretamente com o cenário atual do setor, ela confirma que a retração na indústria da construção civil já impacta não apenas o ritmo das obras, mas também os investimentos em inovação no segmento.

Segundo ela, o reflexo desse movimento pode ser observado até em grandes eventos especializados. “Nitidamente tem-se, de fato, essa retração no modelo industrial para a construção civil. Isso, inclusive, reflete no cancelamento que houve recentemente de um dos maiores eventos de tecnologia e inovação para a Construção Civil do estado de Goiás, que é a Construtec. Eles cancelaram e passaram para o ano que vem, pela baixa adesão de empresários em expor as suas tecnologias para o mercado”, pontuou Daniele.

Mesmo com canteiros de obras ativos em vários municípios, a empresária alerta que a falta de investimento em tecnologia compromete a qualidade e a produtividade das entregas. “A gente vê canteiros de obra aí em todas as esquinas. Mas, será que esses canteiros estão fazendo serviço de alta performance? Está tendo mão de obra? Essas são as dúvidas quando a gente fala de tecnologia e inovação para a Construção Civil. Porque estão acontecendo obras, mas poderiam ser muito melhores, muito mais qualitativas, evoluir de uma maneira a servir a um cronograma assertivo de maneira muito mais cogente, o que não está acontecendo”, completa.

Sondagem Indústria da Construção: indicadores do setor

Apesar do cenário negativo, houve leve melhora na confiança. O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) da Construção avançou 1,2 ponto, em setembro, para 47 pontos. Embora ainda abaixo da linha divisória dos 50 pontos, que separa confiança de falta de confiança, o movimento indica menor pessimismo do que em agosto. A melhora foi puxada pelas expectativas em relação ao desempenho das próprias empresas nos próximos seis meses.

Já os indicadores de expectativa ligados à atividade apresentaram piora. O índice de compras de matérias-primas caiu para 49,4 pontos, enquanto o de novos empreendimentos recuou para 49,2 pontos, ambos em campo negativo. As projeções para número de empregados e nível de atividade também diminuíram, mostrando moderação no otimismo para os próximos meses.

Mesmo nesse ambiente adverso, a intenção de investir mostrou pequena recuperação, subindo para 41,1 pontos em setembro, após três quedas consecutivas. O avanço, no entanto, recupera apenas parte das perdas acumuladas no período.

Esta edição da Sondagem Indústria da Construção consultou 298 empresas, entre os dias 1º e 10 de setembro, sendo 122 pequenas, 118 médias e 58 grandes.

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Evento representa marco para o desenvolvimento regional, diz gerente da FIEB. Representante do setor industrial do Sudeste baiano espera “forte engajamento” das empresas locais. Jornada debate transformação digital e transição ecológica, com foco em soluções sustentáveis e competitivas

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Vitória da Conquista (BA) recebe, nesta quarta-feira (24), a Jornada Nacional de Inovação da Indústria, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). O movimento percorre o país para conectar pessoas, ideias, tecnologia e meio ambiente em torno da transição ecológica e digital.

O encontro será realizado no HUB Conquista/Espaço Colaborar do Instituto Federal da Bahia (IFBA), com uma programação que inclui debates, cases locais e workshops práticos.

“Esse movimento acontece em todo o país e, aqui na Bahia, contempla cidades que simbolizam a diversidade e o potencial das regiões industriais do estado. Nossa expectativa é de forte engajamento das indústrias locais, o que consolidará o evento como um marco para o desenvolvimento regional. O nosso maior objetivo é que haja impactos positivos em relação à inovação, crescimento econômico e geração de valor para todo o Sudoeste da Bahia”, ressalta Antônia Bizerra, gerente de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) na região.

Jornada de Inovação: empresas em destaque

A etapa de Vitória da Conquista conta com a correalização da FIEB, SESI, SENAI, IEL e Sebrae e Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) da Bahia. O encontro tem ainda a parceria do Inova Conquista – Ecossistema Local de Inovação. 

Durante o evento, empresas, startups, universidades, instituições públicas e representantes do ecossistema vão compartilhar experiências e discutir caminhos concretos para tornar a indústria mais competitiva. Os painéis trazem modelos de sucesso do Sudoeste baiano, como os cases do IBR Hospital, Teiú e NathFarma (em transformação digital), além da Água de Coco Ice, Alimentos Tia Sônia e Recicla (em transição ecológica).

Na programação, os participantes poderão optar entre dois workshops simultâneos:

  • Recursos Financeiros para Inovar, com dicas práticas sobre editais e linhas de fomento;
  • Gestão da Inovação, abordando processos, inteligência de dados e integração da inovação às estratégias empresariais.

As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados podem escolher entre participar da programação completa (manhã e tarde), apenas do turno da manhã (palestras e painéis) ou de um dos workshops da tarde. Inscreva-se aqui.

A Jornada Nacional de Inovação da Indústria está percorrendo o Brasil em busca das melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis, que serão apresentadas no Congresso Nacional de Inovação, em março de 2026, em São Paulo. A agenda completa dos eventos pode ser conferida no site oficial da mobilização.

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Evento reunirá lideranças para debater transição ecológica e digital, com foco em soluções regionais que podem ganhar escala nacional

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A Jornada Nacional de Inovação da Indústria, iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), desembarca em Maceió (AL), na próxima terça-feira (23). O evento reunirá lideranças locais para debater a transição ecológica e digital, com foco em soluções regionais capazes de alcançar escala nacional.

O encontro será realizado na Casa da Indústria Napoleão Barbosa, no bairro do Farol. Até março de 2026, a Jornada passará pelas 27 Unidades da Federação e será concluída no 11º Congresso de Inovação da Indústria, em São Paulo.

Para o assessor de Sustentabilidade Industrial da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), Júlio Zorzal, o evento é estratégico: “Alagoas será um dos primeiros estados do Nordeste a receber a Jornada Nacional de Inovação da Indústria. A Jornada conecta empresas, startups, universidades, governos e investidores, fortalecendo o ecossistema de inovação de Alagoas e preparando o estado para a economia do futuro”, destaca Zorzal.

Jornada Nacional de Inovação da Indústria: etapa de Maceió

A programação contará com painéis sobre os desafios e oportunidades da indústria alagoana, com a participação de empresas como Nosso Mangue, Cooperativa Pindorama, Veolia/Braskem (na área de transição ecológica) e Hand Talk, Telesil e Solar Coca-Cola (em transformação digital).

Também serão realizados workshops sobre acesso a recursos financeiros para inovação, com orientações sobre editais, linhas de financiamento e estratégias para estruturar projetos em empresas de diferentes portes.

A Jornada Nacional de Inovação está percorrendo o Brasil em busca das melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis, que serão apresentadas no Congresso Nacional de Inovação, em março de 2026, em São Paulo. A agenda completa dos eventos pode ser conferida no site oficial.

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18/09/2025 04:50h

Acordo busca reduzir déficit de profissionais qualificados no setor de Tecnologia da Informação e Comunicação

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O setor de Tecnologia, Informação e Comunicação (TIC) segue como um dos mais promissores no Brasil, com perspectiva de gerar até 147 mil vagas formais até o fim do ano. No entanto, a previsão esbarra na dificuldade de encontrar mão de obra qualificada. O déficit de profissionais de tecnologia foi de mais de 30% entre 2018 e 2023. Os dados são Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom).

Para ajudar a suprir essa lacuna, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e a Brasscom assinaram um Acordo de Cooperação para a divulgação de programas voltados à formação técnica no setor de TIC.

O acordo prevê a produção de conteúdo sobre o setor e a divulgação de oportunidades de emprego para alunos egressos dos cursos de formação do SENAI para as empresas associadas à Brasscom.

Segundo o superintendente de Educação Profissional e Superior do SENAI, Felipe Morgado, a parceria vai contribuir para que as formações atendam às reais necessidades das empresas.
“O SENAI, junto com a Brascom, está convidando as empresas para formar profissionais para atender a demanda de mão de obra qualificada. É uma customização, uma oferta em larga escala e, principalmente, uma forma de atrair a juventude e o trabalhador para o setor”, explica.

Para Morgado, a união com grandes empresas tornará o país mais produtivo e competitivo em um setor estratégico, em franco crescimento não só no Brasil, mas em todo o mundo. “Temos certeza que, melhorando ainda mais o nosso currículo, acertando essa pontaria junto com as empresas, a gente vai conseguir uma empregabilidade ainda maior e remunerações ainda maiores para os nossos estudantes."

Melissa Rangel, especialista em Qualidade de Software na Keeggo – empresa que presta consultoria de tecnologia –, acredita que a união do SENAI com o setor produtivo vai aumentar a empregabilidade de quem está começando na carreira. “Na nossa área de qualidade de software, por exemplo, isso ajuda muito, porque quanto mais preparados os profissionais estiverem, melhor vai ser a entrega dos projetos de tecnologia. Então, acredito que as parcerias assim fortalecem todo o setor”, ressalta.

Cenário promissor

A parceria ocorre em um momento estratégico para o setor. Pesquisa inédita da Brasscom em parceria com a Fundação Telefônica Vivo aponta que 82% das empresas planejam ampliar suas equipes nos próximos dois anos. Quase metade desse total (46%) pretende direcionar as novas vagas a profissionais juniores, como estagiários, aprendizes e iniciantes de carreira.


 

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Evento em Feira de Santana reunirá empresas, startups, universidades e governo para discutir soluções que fortalecem a competitividade regional

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A Jornada Nacional de Inovação da Indústria chega ao município de Feira de Santana (BA), no dia 22 de setembro, na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a iniciativa tem como foco impulsionar a transição ecológica e digital no setor industrial, conectando empresas, startups, universidades e o poder público.

A programação inclui palestras, painéis e workshops sobre bioeconomia, sustentabilidade, inovação digital e gestão, além da apresentação de experiências de empresas locais.

Para a gerente de Relações Institucionais da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) na região Central da Bahia, Fernanda Moreira, o encontro será estratégico para o desenvolvimento regional. “Feira de Santana se destaca como um dos mercados mais fortes do interior da Bahia. Possui indústria diversificada, comércio dinâmico e ambiente acadêmico muito ativo. Trazer a pauta da inovação para o território é essencial, porque significa abrir espaço para que empresas de diferentes portes e segmentos tenham acesso a essas novas tecnologias, a novos modelos de negócio e práticas sustentáveis”, afirma.

Segundo Fernanda, o evento fortalecerá conexões estratégicas entre setor produtivo, academia e governo. “A Jornada contribui para reforçar a imagem da cidade como um polo inovador, capaz de atrair investimentos, reter talentos e inspirar novos empreendedores. Então, o evento consolida Feira de Santana no mapa da inovação e no desenvolvimento industrial da Bahia”, completa a gerente.

Jornada Nacional de Inovação da Indústria: etapa de Feira de Santana (BA)

A etapa de Feira de Santana prevê:

  • Palestra sobre bioeconomia e inovação no Portal do Sertão.
  • Painel sobre transição ecológica e digital, com cases e debates entre empresas, startups e academia;
  • Dois workshops: acesso ao fomento à inovação e gestão da inovação.

As inscrições são gratuitas e têm vagas limitadas. O participante pode escolher entre três modalidades: acompanhar toda a programação (manhã e tarde), participar apenas do turno da manhã, com palestra e painel de discussão, ou se inscrever exclusivamente nos workshops da tarde, escolhendo uma das duas temáticas disponíveis. Inscreva-se aqui.

A edição de Feira de Santana (BA) conta com a parceria da FIEB e suas casas Serviço Social da Indústria (SESI), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e Instituto Euvaldo Lodi (IEL), do Sebrae Bahia e da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), além do apoio da UEFS e o Ecossistema Inova Feira de Santana de Negócios.

A Jornada Nacional de Inovação está percorrendo o Brasil em busca das melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis, que serão apresentadas no Congresso Nacional de Inovação, em março de 2026, em São Paulo. A agenda completa dos eventos pode ser conferida no site: www.jornadanacionaldeinovacao.com.br.

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17/09/2025 04:55h

País perde liderança na América Latina, mas se destaca em pesquisa, capital humano e sofisticação empresarial

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O Brasil caiu pelo segundo ano consecutivo no Índice Global de Inovação (IGI) e está em 52º entre 139 países. O ranking anual é elaborado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) e conta com a colaboração da Confederação Nacional da Indústria (CNI). A pesquisa analisou 80 indicadores, divididos entre insumos de inovação (inputs) e resultados de inovação (outputs).

Os resultados dos últimos dois anos interrompem uma trajetória de crescimento brasileiro, entre 2020 e 2023. O país também perdeu a liderança entre as 21 economias da América Latina e Caribe, ultrapassado pelo Chile.

De acordo com o especialista em Inovação da CNI, André França, é importante compreender as diferenças econômicas entre Brasil e Chile para interpretar o ranking. “O Brasil é um país de renda média-alta. O Chile, líder no ranking, é uma economia menor, mas de alta renda – ou seja, mais rica, que também pressupõe ser mais inovadora. O Chile está performando como esperado e o Brasil está acima dessa performance esperada para outros países de renda média-alta”, detalha. 

Entre as 36 economias de renda média-alta, o Brasil ocupa o 5º lugar, atrás de China, Malásia, Turquia e Tailândia. André França destaca que essa é a primeira vez que a China aparece entre as dez economias mais inovadoras do mundo

O relatório evidencia ainda uma desaceleração global nos investimentos em pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e novos produtos, após o crescimento observado no período pós-pandemia.

Índice Global de Inovação: destaques do Brasil

O Brasil apresentou melhor desempenho em resultados de inovação (50º lugar) do que em insumos de inovação (63º lugar). Isso evidencia a capacidade de transformar investimentos em produtos e serviços, mas também revela limitações em áreas como infraestrutura e pesquisa, educação e desenvolvimento.

Diante dos dados, França reforça a necessidade de aprimorar o ambiente de negócios no país: “Governo mais eficaz, agências reguladoras mais qualificadas, alinhadas com práticas internacionais. Aí sim, teremos uma performance de inovação, de desenvolvimento de novos serviços e produtos inovadores, que vai, inclusive, nos alçar a melhores posições”, ressalta. 

Destaques positivos: 

  • 7º lugar mundial em mercado consumidor;
  • 9º lugar em alto volume de marcas registradas; 
  • 16º em negócios de capital de risco em estágio avançado; 
  • 17º em importações de serviços de tecnologia da informação e comunicação; 
  • 17º em pagamentos de propriedade intelectual. 

O relatório também aponta avanços expressivos em:

  • veículos elétricos (+132,6%, 2023/24);
  • 5G (+86,9%, 2022/23);
  • registro internacional de patentes (+23,9%, 2023/24);
  • robótica (+10%, 2022/23).

Pontos fracos: 

  • 128º em estabilidade regulatória para negócios;
  • 118º em formação bruta de capital; 
  • 106º em taxa tarifária aplicada; 
  • 100º em graduados em ciências e engenharias; 
  • 78º em cultura empreendedora.


A indústria brasileira tem papel central no ambiente de inovação, com empresas como Petrobras, Vale, Embraer e TOTVS entre as duas mil que mais investem em pesquisa e desenvolvimento no mundo

Já entre as universidades, destacam-se as de São Paulo (USP), Campinas (Unicamp) e Rio de Janeiro (UFRJ). Também ganham espaço as startups Quinto Andar, C6 Bank e Nuvemshop.

Ações de fomento à pesquisa na indústria

A CNI realiza uma série de ações de fomento ao desenvolvimento industrial. Entre elas, está o acordo de cooperação técnica com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) para ampliar a inserção de pesquisadores no setor produtivo. A iniciativa tem como meta reforçar a inovação, a competitividade industrial e a integração entre empresas e academia.

O acordo terá vigência inicial de dois anos, até julho de 2027. Entre as ações previstas estão intercâmbio de informações e produção de estudos, monitoramento da empregabilidade de mestres e doutores, avaliação de programas estratégicos, como o Inova Talentos, criação de um painel nacional para mapear pesquisadores por área de atuação, e identificação de bolsistas do CNPq já inseridos na indústria.

“Esse tipo de parceria vai permitir compreender mais essa dinâmica de relação entre as universidades, programas de pesquisa, os egressos também das universidades, nessa interação entre a universidade e a indústria, que nós sabemos que é muito importante para o processo de inovação do país”, explica o superintendente do Observatório Nacional da Indústria, Márcio Guerra. 

Com o acordo, a expectativa é ampliar a conexão entre empresas e pesquisadores e gerar subsídios para o aperfeiçoamento de políticas públicas em ciência, tecnologia e inovação.

Índice Global de Inovação: estrutura

O índice pondera os resultados de acordo com sete categorias: cinco de insumos (instituições, capital humano e pesquisa, infraestrutura, sofisticação de mercado e sofisticação de negócios) e duas de resultados (conhecimento e tecnologia e criatividade). O Brasil se sai melhor em sofisticação empresarial (39º), capital humano e pesquisa (48º) e resultados criativos (50º), mas ainda enfrenta fragilidades em instituições (107º) e sofisticação de mercado (71º).
 

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17/09/2025 04:50h

Nestlé, General Motors, Banco Bradesco e Itaú estão entre as empresas que oferecem vagas para bolsistas. As oportunidades já transformam vidas em todo o país

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O Instituto Euvaldo Lodi (IEL) anunciou, nesta terça-feira (16), a abertura de 194 vagas do programa Inova Talentos, com bolsas que chegam a R$ 12 mil. As oportunidades são voltadas para técnicos de nível superior, graduandos, mestres e doutores em áreas como Administração, Engenharias, Farmácia, Química, Estatística e Biotecnologia. Os selecionados poderão atuar de forma presencial, híbrida ou remota, em projetos de inovação e tecnologia com duração de até 12 meses, em empresas de grande porte da indústria brasileira.

Presente em vários estados, entre eles São Paulo, Goiás, Paraná, Rio Grande do Sul e Pernambuco, o programa conecta talentos qualificados às demandas reais do setor produtivo.

De acordo com a gerente de Carreiras e Desenvolvimento Empresarial do IEL Nacional, Michelle Queiroz, o Inova Talentos se consolidou como um elo entre academia e indústria, oferecendo aos participantes experiência prática e portas abertas no mercado.

“O Inova Talentos é uma ponte estratégica entre profissionais qualificados e empresas inovadoras, impulsionando carreiras e promovendo o desenvolvimento sustentável da indústria nacional. Os participantes têm oportunidade de atuar em projetos de inovação, adquirindo experiência prática e desenvolvendo habilidades técnicas e comportamentais alinhadas às necessidades do mercado. Isso contribui para acelerar projetos de pesquisa e desenvolvimento, aumentar a competitividade e promover uma cultura interna de inovação”, destaca.

Inova Talentos: transformando vidas

Entre os bolsistas do Inova Talentos está Alysson Gabriel. Ele é estudante de Engenharia Agronômica e Agrotecnologia e atua em uma concessionária agrícola, no município mato-grossense de São Félix do Araguaia.

Natural de Nova Olímpia – cidade a mais de mil e duzentos quilômetros de São Félix –, ele conta que a bolsa significa mais do que aprendizado técnico. “[Antes da bolsa] Nunca me imaginaria onde estou agora e no que vou me tornar daqui a um ano. Com as certificações que terei ao final da conclusão dessa bolsa, tenho certeza que terei vaga de emprego garantida, porque já terei o conhecimento e só vou colocá-lo em prática.”

Para o estudante, o programa abre a visão de um futuro “brilhante”. “A empresa me ajuda bastante nas minhas dúvidas e sempre fazemos as coisas com a maior cautela possível, para sermos excelentes profissionais no futuro”, relata.

Inova Talentos: vagas em destaque

Entre as oportunidades do Inova Talentos, destacam-se posições em grandes empresas nacionais e multinacionais. Confira as vagas em destaque:

  • General Motors do Brasil: Remota. Atividade na área de manufatura inteligente, transformação e integração de dados. Formação: bacharelado em Ciência da Computação, Engenharia de Software ou áreas afins. Vagas: especialista 1 - R$ 7 mil - 40h; especialista 2 - R$10 mil - 40h; especialista 3 - R$12 mil - 40h.
  • Nestlé Brasil: Presencial. O bolsista trabalhará para estabelecer o Centro de Tecnologia e Inovação Nestlé, em projetos de transformação digital. Formação: engenharias elétrica, controle e automação, mecatrônica, mecânica e áreas correlatas. São seis vagas para mestre 3 - R$ 5,6 mil - 40h.
  • Banco Bradesco: Híbrida. Atuação no Bradesco expresso negócios. Formação: Marketing, Administração, Gestão Empresarial, humanas. Vaga: mestre 2 - 40h - R$ 4,5 mil.
  • Libbs Farmacêutica: Híbrida. Atividade na área de reparametrização dinâmica do estoque regulador para otimizar disponibilidade de medicamentos. Formação: preferencialmente nas áreas de Engenharia de Produção, Administração com ênfase em Logística ou Operações, Gestão de Cadeia de Suprimentos. Vaga: Especialista 1 - 40h - R$ 7 mil.
  • Instituto de Ciência e Tecnologia Itaú: Remota. Os bolsistas vão atuar com automatização de processos. Formação: Ciências Exatas - Matemática, Estatística, Física, Engenharias de Programação e Tecnologia. São quatro vagas de TECH 3 mestre - R$ 9 mil - 40h; e duas vagas - TECH 4 doutor - R$ 11 mil - 40h.

Inova Talentos: como participar

As inscrições são gratuitas e estão abertas no site do programa Inova Talentos. Cada unidade do IEL estadual é responsável pela seleção e acompanhamento dos bolsistas. Confira as oportunidades disponíveis na página do Inova Talentos, no Portal da Indústria.

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Esta edição reunirá empresas de todos os portes e representantes do ecossistema de inovação goiano para debater desafios e oportunidades da transição ecológica e digital, apontada como vetor de competitividade da indústria brasileira

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A cidade de Anápolis (GO) será palco, no dia 18 de setembro, da Jornada Nacional de Inovação da Indústria, movimento coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg). O encontro, que acontece na Faculdade de Tecnologia Senai Roberto Mange, vai reunir empresários, especialistas e representantes do ecossistema de inovação para discutir os rumos da indústria diante dos desafios da transição ecológica e digital.

“A jornada é muito mais que um evento, é uma oportunidade de fazer network, trocar experiências, conhecer soluções de ponta e construir parcerias estratégicas. As empresas presentes vão compartilhar caminhos para crescer com sustentabilidade, competitividade e tecnologia, e os participantes terão acesso a conhecimento aplicado e oportunidades reais de inovação”, afirma a especialista de Inovação da CNI, Marilene Castro.

Jornada Nacional de Inovação da Indústria: etapa de Anápolis (GO)

A edição de Anápolis é realizada em parceria com o Senai, Sebrae Startups e o Pacto Goiás Pela Inovação, reunindo empresas, instituições, empreendedores e lideranças que estão impulsionando o futuro da indústria. O encontro promove visibilidade, networking estratégico e novas oportunidades de negócios.

Na abertura, a CEO do Grupo Sabin, Lídia Abdalla, apresentará a experiência da jornada de inovação dentro da empresa. A programação contará ainda com dois painéis: o primeiro sobre transição ecológica, com a participação das empresas Predict AI, BioUS e Nanoterra; e o segundo sobre transformação digital, com representantes da Dectra, Industry Care, Teuto e Everest Digital.

Os inscritos poderão participar também de workshops práticos, que acontecerão no período da tarde, simultaneamente, com limite de 30 participantes por turma, e cada inscrito deverá optar por apenas um deles. A primeira opção é sobre acesso ao fomento à inovação, que abordará o panorama do fomento no Brasil, oportunidades disponíveis, etapas para acessar recursos e uma dinâmica prática de formulação de pleitos. Já a segunda é sobre gestão da inovação, com foco em jornada de inovação, processos, uso estratégico de inteligência de dados e propriedade intelectual, além de formas de integrar a inovação à estratégia empresarial.

As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Os interessados podem escolher entre participar da programação completa (manhã e tarde), apenas do turno da manhã (palestras e painéis) ou de um dos workshops da tarde. Inscreva-se aqui.

A Jornada Nacional de Inovação está percorrendo o Brasil em busca das melhores práticas em soluções tecnológicas e sustentáveis, que serão apresentadas no Congresso Nacional de Inovação, em março de 2026, em São Paulo.

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