Amamentação

Saúde
02/08/2023 12:00h

Campanha nacional de incentivo à amamentação está voltada às trabalhadoras, para atingir meta de 70% de aleitamento exclusivo até 2030

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O governo federal pretende implantar salas de amamentação em Unidades Básicas de Saúde de todo o país. Um projeto piloto está em fase de construção desses espaços  em unidades que já estão em funcionamento em cinco unidades da federação: Pará, Paraíba, Distrito Federal, São Paulo e Paraná.

A campanha nacional de incentivo à amamentação de 2023 está voltada às trabalhadoras para atingir meta de 70% de aleitamento exclusivo até 2030. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, informa que a iniciativa visa apoiar especialmente aquelas mães que estão no mercado informal e não têm o amparo da legislação. “Nem sempre é um ato simples a amamentação, principalmente, com a questão de uma licença mais reduzida para a maternidade, com a falta de apoio nos ambientes de trabalho, uma atenção especial as mulheres que estão trabalhando e, aqui, nós falamos das mães e dos pais que trabalham”, relata.

O aleitamento materno é mais do que uma simples alimentação para o bebê. Ele protege, cuida e acalma. Além de ser sinônimo de cuidado, é uma forma de aproximar mãe e bebê. Mas existem cuidados que precisam ser observados. A opinião é da pediatra Natalia Ribas. Ela diz que muitas mães deixam de amamentar porque não conseguem se adequar à rotina de trabalho e amamentação. Para ela, é preciso ter mais espaços de apoio para que as mulheres trabalhadoras sigam amamentando seus filhos.

“Não é uma questão de que eu vou amamentar e não quero ficar exposta porque eu não posso amamentar em qualquer lugar, mas o fato de ter uma poltrona adequada, condições adequadas e uma estrutura preparada para receber essa mãe com seu bebê, isso dá mais liberdade. É uma questão de inclusão. Além de proporcionar um ambiente mais seguro, não trazendo tantos riscos de contaminação e infecção, o bebê consegue amamentar com mais tranquilidade e sem barulho”, destaca.

A médica ginecologista  Érica Medeiros, do Grupo Elas Brasília, concorda. “As salas de amamentação trazem mais conforto para o momento mãe e filho e podem ser um lugar de privacidade para as mães que sentirem essa necessidade, por isso é importante frisar que a amamentação em público tem que ser normalizada e estimulada até”.

A pediatra Natalia Ribas explica que é preciso estimular cada vez mais a amamentação porque o leite materno é extremamente importante para a saúde da criança e tem inúmeros benefícios: “O leite materno possui anticorpos que protegem os bebês durante todo o período de lactação, mas, especialmente, nos primeiros períodos de vida. Também promove segurança e bem-estar para o bebê, fortalece o desenvolvimento da arcada dentária, fortalece também os músculos da face, o leite possui todos os nutrientes necessários durante os seis primeiros meses de vida, além de ter maior absorção no intestino do que as fórmulas”, destaca.

A médica da Clinica Obstétrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Maternidade São Luiz Star, Mônica Fairbanks de Barros, conta que o leite materno é o alimento mais completo que existe e ainda é específico para cada espécie.

“É tão perfeito que muda a composição de acordo com a fase de vida do bebê ou seja, o leite do pré-maturo é mais rico em anticorpos do que o leite de uma criança maior. A composição vai mudando conforme a idade da criança. E não é só alimento, também é considerado como a primeira vacina porque é muito rico em anticorpos. Todos aqueles anticorpos que a mãe adquiriu durante a vida por doenças infecciosas que ela teve ou por vacinas que ela tomou passam pelo leite e ajudam a conferir proteção e imunidade”, informa.

Mas não são apenas os bebês os beneficiados. A médica ginecologista do Grupo Elas Brasília, Érica Medeiros, acrescenta: “Para a mãe, o benefício está no fortalecimento do vínculo com seu filho, a redução do sangramento pós-parto pelos hormônios que são produzidos durante a amamentação, a prevenção do câncer de mama e até câncer de ovário e de endométrio, além do custo do aleitamento materno ser zero e ter fácil acesso, a mãe também pode amamentar em qualquer lugar”, avalia.

Bancos de leite

Toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite humano. A médica da Clinica Obstétrica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e da Maternidade São Luiz Star, Mônica Fairbanks de Barros, revela que a doação de leite materno é fundamental para ampliar as chances de recuperação de bebês prematuros ou com baixo peso que estão internados em UTIs neonatais.

“Aquelas mães que têm leite excedente devem ser estimuladas a doarem o leite materno. Uma das funções desses bancos de leite é poder receber o leite doado de outras mães. Já existem redes de bancos de leites estabilizadas coordenadas pela Fiocruz que fazem esse tipo de serviço”, aponta.

Para a pediatra Natalia Ribas, o banco de leite é fundamental para a manutenção da amamentação. “Essa questão dos primeiros quinze dias, a dor pra pegar, é difícil. Tem muita mãe que já sai da maternidade com o seio rachado, doendo e muitas desistem da amamentação por conta das dificuldades. Nesse sentido, muita amamentação é salva pelos bancos de leite. Ele é essencial para fazer essa manutenção. E ainda existe um acompanhamento da mãe e da criança para dar suporte e garantir uma boa amamentação”, revela.

Mesmo sabendo de todos os benefícios da amamentação para a saúde do bebê e da mãe e que os indicadores brasileiros estejam melhorando ao longo do tempo, as taxas de amamentação ainda seguem abaixo das recomendadas por organizações internacionais especialistas no tema. Segundo o mais recente Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), em 2019, apenas 45,8% das crianças menores de seis meses de todo o país eram alimentadas exclusivamente com leite materno. A meta estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é que, até 2025, ao menos 50% das crianças de até seis meses de vida sejam amamentadas exclusivamente. E que, até 2030, esse índice chegue a 70%.
 

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Saúde
28/01/2023 19:50h

Pesquisa com 800 crianças brasileiras aponta os benefícios de se estender a amamentação. Pesquisadores também destacaram que leite materno, sozinho, não causa cárie

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Um estudo coordenado por uma pesquisadora brasileira concluiu que prolongar o aleitamento materno para além dos 12 meses de idade ajuda a diminuir as chances de cárie na primeira infância. Isso ocorre porque essas crianças consomem menos açúcares na comparação com aquelas que têm a interrupção precoce da amamentação. 

A pesquisa acompanhou 800 crianças nascidas entre 2015 e 2016 no município de Cruzeiro do Sul (AC). A PhD em odontopediatria e primeira autora do trabalho, Jenny Abanto, explica que a inclusão de açúcar na dieta das crianças é a principal causa para a incidência de cárie até os dois anos de idade, o que é potencializado pelo fim precoce do aleitamento materno. 

"Bebês que são amamentados por mais de doze meses consomem menos açúcares. E é de consenso científico que a cárie dentária é uma doença que requer uma única causa: açúcares. E o aleitamento materno reduz o seu consumo. Assim, amamentar por mais tempo protege indiretamente contra a cárie dentária", diz. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de idade e, de forma complementar, pelo menos, até os dois anos. Na prática, segundo a pesquisadora, quanto maior a duração do aleitamento materno depois que a criança completa o primeiro ano, menor é o consumo de açúcar e, portanto, as chances de ela desenvolver cárie. 

"O que elas podem esperar é que quanto maior a duração do seu aleitamento materno, maior, provavelmente, será a aceitação de alimentos saudáveis por essa criança, sendo que ela não terá um consumo alto de açúcares". 

A cárie afeta mais de 600 milhões de crianças no mundo todo, de acordo com a Associação Internacional de Odontopediatria (IAPD). Quando ocorre na primeira infância, ou seja, até os seis anos, pode levar à dor crônica, infecções e outros problemas. Tanto a OMS quanto a IAPD recomendam a não ingestão de açúcares pelas crianças de até dois anos. 

Embora tenha o açúcar como principal vilão, a cárie é uma doença multifatorial, explica Ilana Marques, odontopediatra. Além de uma alimentação cariogênica – com excesso de açúcar – , a higiene bucal inadequada, falta de flúor e composição salivar podem contribuir para a doença. Nos casos mais graves, pode, inclusive, levar à morte do paciente. 

"Ela se manifesta, inicialmente, com manchas brancas, que podem evoluir para manchas amarelas e, então, se tornar cavidades, podendo destruir o esmalte do dente, chegar até o canal, provocando, assim, uma infecção que, se não cuidada, pode levar até a morte".  

Outra descoberta importante do trabalho, de acordo com os pesquisadores, foi que prolongar o aleitamento materno (após um ano de idade) só pode causar cáries, como alguns estudos apontaram, se houver açúcar na dieta. Sozinho, o leite materno é incapaz de afetar a primeira dentição das crianças, explica Abanto.  

"Os estudos prévios tinham mostrado uma associação entre o aleitamento materno além do primeiro ano de vida e a cárie dentária. Também observamos tal associação, embora fraca. E o mais importante: essa associação está mediada pelo consumo de açúcares do bebê, coisa que os estudos anteriores nem sempre tinham mostrado. Ou seja, o leite materno por si só não contribuiria no desenvolvimento da cárie, mas, sim, os açúcares que já estão presentes na dieta do bebê", ressalta. 

"Esse consumo diário acaba fazendo com que o açúcar da dieta mude a estrutura e a composição da placa dentária, e essa placa dentária torna-se mais porosa, mais pegajosa, o que a gente chama de mais cariogênica,  e aí o leite materno que, por si só, não teria potencial acidogênico ou para induzir uma lesão de cárie, muda um pouco a sua característica, poderia ser visto com algum grau, mesmo que fraco, de risco", completa. 

Das 800 crianças acompanhadas pelos pesquisadores, 22,8% tiveram cárie, isto é, duas em cada dez.  Além disso, apenas 2,8% nunca havia ingerido a substância até os 24 meses. Já duas em cada três tinham consumido alimentos com açúcar mais de cinco vezes ao dia. Durante o primeiro ano de vida, apenas 7,6% nunca havia ingerido açúcar.   

Os resultados do estudo foram publicados na revista Community Dentistry and Oral Epidemiology.  

Amamentação pode reduzir o risco de câncer de mama

Ministério da Saúde anuncia programa de R$ 600 milhões para diminuir filas de cirurgias eletivas, exames e consultas especializadas

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28/10/2022 04:00h

Especialistas explicam como a amamentação e hábitos saudáveis ajudam a prevenir a doença

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O câncer de mama é o segundo mais incidente no mundo (2,1 milhões) e a principal causa de morte por câncer entre as brasileiras, de acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Na última semana do Outubro Rosa, especialistas alertam para formas de prevenção contra a doença.

Segundo a obstetra e ginecologista Lorrainy Rabelo, o câncer de mama é resultado de uma multiplicação de células anormais que formam um tumor com potencial de invadir a mama e se disseminar para outros órgãos.

A obstetra explica que não existe uma única causa para a doença, “Os fatores de risco são vários. Obesidade, sedentarismo, consumo de tabaco, assim como bebida alcoólica. E também os fatores hereditários: história de câncer de ovário, de câncer de mama,   em mama nos homens da família. E também em casos de câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos de idade”.

Lorrainy ainda alerta para a importância da prevenção do câncer de mama, e dentre os fatores que reduzem o risco da doença, está a amamentação.

Segundo estudo do Fundo Mundial de Pesquisa contra o Câncer (WCRF), amamentar protege a mãe do câncer de mama em todas as fases da vida e reduz a exposição a hormônios que aumentam o risco da doença. Além disso, amamentar por dois anos reduz em 10% o risco de câncer ao longo da vida. Quanto maior o tempo de aleitamento materno, maior o benefício. 

A pediatra e neonatologista Mariana Palhares Temer explica que isso acontece porque quando a mãe entra no processo de aleitamento materno, as células da glândula mamária estão no ápice da diferenciação celular. “Tá chegando no máximo da sua capacidade e maturidade de realizar sua função, sua finalidade de existência. Dessa forma, a gente consegue fazer com que diminua o risco de mutações que possa acontecer nas células da glândula mamária”, informa.

A pediatra cita outros benefícios da amamentação para a mãe, como a redução do risco de câncer de ovário, a diminuição do tempo de sangramento pós-parto e o auxílio no emagrecimento para retomar o peso pré-gestacional. Já para o bebê, as vantagens são proteção contra infecções, problemas alérgicos e constipação intestinal; além de aumentar o laço afetivo entre mãe e filho.

A arquiteta e urbanista Caroline Fuzaro, 24, atualmente dedica seu tempo para cuidar da filha Sofia, de 4 meses. Ela conta que não sabia da importância da amamentação para a prevenção do câncer de mama, “acho muito interessante, e eu acho que se as mulheres soubessem o quão importante é sobre a questão de se proteger contra o câncer de mama, acho que elas priorizaram mais ainda a amamentação”. 

Ela ainda conta que pretende amamentar a filha até os dois anos de idade, assim como Livia Oliveira, 19, mãe de uma menina de 1 ano e 2 meses. “Eu acho que amamentação além de alimentar a criança, é um ato muito amoroso, sabe? É muito bom você poder acalmar seu filho colocando no peito. E, querendo ou não, é um momento muito aconchegante, sabe?”, afirma Livia.

Outras formas de prevenção contra câncer

Por ser uma doença sem uma única causa, existem diversas formas de prevenção contra o câncer de mama. O epidemiologista e chefe da divisão de detecção precoce de câncer e apoio à rede do INCA, Arn Migowski, informa que uma dieta saudável é importante para reduzir o risco de câncer. “Alimentação saudável, né? Alimentos não processados, alimentos ricos em fibras. Evitar carnes processadas, que são, por exemplo, salame, presunto, apresuntado, mortadela, linguiça, salsicha, bacon. Evitar esse tipo de alimento. Evitar o consumo de álcool também, que está associada ao aumento de risco de alguns tipos de câncer, reduzir esse consumo de bebidas alcoólicas”, explica.

Além disso, alerta para a importância de atividades físicas, que diminuem o risco de obesidade e impactam diretamente na prevenção de formação para o câncer de mama. Exames de rotina também são fundamentais na prevenção. De acordo com Arn, eles permitem que caso haja um diagnóstico de câncer, ele seja dado em fases muito iniciais.

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01/08/2022 19:20h

O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (1º) a Campanha Nacional de Aleitamento Materno de 2022. Com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. Serão cerca de R$ 4 milhões investidos pela pasta neste ano.

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O Ministério da Saúde lançou nesta segunda-feira (1º) a Campanha Nacional de Aleitamento Materno de 2022, com o tema “Apoiar a amamentação é cuidar do futuro”. A campanha ocorre no momento da Semana Mundial do Aleitamento Materno, celebrada entre 1º e 7 de agosto, que neste ano reforça a importância da educação para o fortalecimento da amamentação. De acordo com a pasta, anualmente, são destinados R$ 4 milhões para ações relacionadas ao aleitamento.

No evento de lançamento, na sede do Ministério da Saúde, a coordenadora da Saúde da Criança, Janini Ginani, chamou atenção para a maturidade da Política Nacional de Aleitamento Materno. “Já tem 41 anos e são três pilares principais: promoção do aleitamento, que é o que realizamos anualmente em agosto; o apoio à amamentação, que traz várias estratégias para apoiar mulheres; e a proteção, que tem pilar também de base legal, leis que trazem a importância do aleitamento materno”, disse.

Segundo Ginani, o ministério tem trabalhado em linhas de cuidado de aleitamento nos 26 estados e no Distrito Federal. Os dados apresentados no lançamento da campanha apontam que a prevalência de amamentação na primeira hora de vida, tida como fundamental para o desenvolvimento da criança, é de 62%, acima da média global de 45%. Entre as regiões do país, a Norte é a que apresenta maior percentual nesse quesito, 73,5%, seguida pelo Centro-Oeste, com 64%.

O aleitamento materno exclusivo é recomendado até os seis meses de idade e deve continuar, se possível, fazendo parte da alimentação mista até o segundo ano de vida. Entre crianças menores de dois anos, essa prevalência é de 60,3%. "É importante dizer que tratamos essa população como estratégica também. Precisamos garantir esse aleitamento continuado até os dois anos”, explicou Janine Ginani. 

Importância do leite materno

O leite materno é adequado para a nutrição e as necessidades imunológicas de uma criança. Além de prevenir infecções, a amamentação também promove o vínculo entre mãe e filho, proporciona segurança alimentar aos bebês desde o início da vida. A pediatra neonatologista da Rede D'Or,  Adriana Valença de Melo, explica os benefícios do alimento.  

“Do ponto de vista nutricional, o leite humano é o melhor alimento para os bebês. Nutrientes se encontram na proporção ideal. Além disso, previne várias infecções, especialmente aquelas que a mãe teve contato e ainda reduz riscos de alergia. Comprovadamente tem efeitos sobre a redução de incidência de hipertensão, colesterol alto, entre outros.”

A doação para bebês que não puderam receber leite materno da própria mãe também é importante. O filho da Júlia Cristina de Carvalho, de 26 anos, nasceu no Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB). À época, a unidade estava com baixo estoque de leite materno e precisou de uma campanha para doação do alimento. “Eu tinha bastante leite e doei. A criança tem essa necessidade. Se tem oportunidade de doar leite materno, é algo muito importante. Eles [hospital] davam o vidro esterilizado, eu tirava [o leite], congelava e depois levava para o hospital”, conta. 

Segundo o Ministério da Saúde, são mais de 60 mil profissionais da Atenção Primária à Saúde no Brasil capacitados para fortalecer o aleitamento materno e cerca de R$ 18 milhões destinados aos mais de 200 hospitais que fazem parte da Iniciativa Hospital Amigo da Criança (IHAC), idealizada em 1990 pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e o UNICEF para promover, proteger e apoiar a amamentação. 

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07/05/2022 17:42h

MP que visa estimular a empregabilidade entre mulheres e jovens libera recursos do FGTS para custeio de creches e capacitação

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Às vésperas do dia das mães, o governo federal lançou incentivos que soam como presente para muitas mulheres. No dia 4 de maio, foi assinada a Medida Provisória 1116/2022 que cria o programa Emprega + Mulheres e Jovens. Por meio do pacote de incentivos, o governo federal espera criar melhores condições para que mulheres possam participar do mercado de trabalho com condições mais favoráveis após a licença maternidade.

O pacote de medidas abarcadas pela MP vão desde a possibilidade do pagamento de creches por meio de recursos do FGTS até a utilização de verbas do Fundo para que mulheres possam investir em sua formação profissional por meio de cursos. “É uma medida positiva que favorece as mulheres, especialmente neste período em que se vive orçamentos apertados, queda na renda, desemprego, alta na inflação e na queda de juros”, observa o economista César Bergo.  

O especialista pontua que o dinheiro do FGTS pertence ao trabalhador e que as oportunidades de saque são positivas uma vez que a rentabilidade do fundo é menor do que o da poupança. “O recurso pode ser usado para evitar o pagamento de juros ou mesmo ser direcionado a aplicações mais rentáveis”, defende Bergo. Ele alerta que é preciso planejamento e educação financeira, pois gastar o recurso hoje significa não tê-lo mais acumulado logo mais a frente. 

Empreendedorismo: um caminho mais difícil para as mulheres

Pouco mais de 30% das crianças de 0 a 3 anos são atendidas por creches

34% dos empreendedores no Brasil são mulheres

Empregabilidade 

A MP objetiva estimular o emprego entre as mulheres, entre as cláusulas, estão a preferência por trabalho remoto para famílias com crianças pequenas e redução de jornada de trabalho, criação de bancos de horas e antecipação de férias. Para estimular a adesão ao programa, o governo vai conceder às empresas o “Selo Emprega + Mulher”. 

As medidas também podem ser aplicadas a pais e a famílias que adotaram filhos. “Essas medidas vão poder ser adotadas para os homens, para que eles apoiem em casa. A mulher vai ficar mais livre para realizar suas atividades e o homem vai exercer de forma mais flexível suas atividades de país", acredita a secretária adjunta do Ministério do Trabalho, Tatiana Severino de Vasconcelos.

A publicitária Aline Parada, de 38 anos, ficou animada com a novidade. Ela deu à luz a seu primeiro filho durante a pandemia. Com o trabalho remoto, pode acompanhar o crescimento mais de perto. “Essa possibilidade de uma criação muito mais leve, sem pressa de chegar do trabalho, pegar o filho na creche, vir pra escola, dar comida de forma rápida, dar o banho, ir dormir… Ficou um um relação mais leve, mais próxima, criando vínculos e lembranças. Essa foi uma coisa boa que tiramos desse tempo. Então, poder continuar assim vai ser uma ótimo”. 

O gestor de Recursos Humanos Elcio Paulo Teixeira, CEO da Heach Recursos Humanos, considera que as assimetrias históricas entre homens e mulheres no mercado de trabalho ainda existem, mas as mulheres estão se destacando cada vez mais. “Quando há medidas que, de alguma forma fornecem auxílio, seja para a qualificação, ou seja, para a estrutura, como essa MP, é um grande avanço para que as mulheres consigam dar passos ainda mais largos em direção à Conquista de um espaço adequado e que elas merecem dentro do mercado de trabalho”, avalia Teixeira. 

A doutora em economia, Amanda Aires, pontua que a MP tem impacto positivo sobre a economia. “Essa flexibilização tende a colocar mais mulheres em busca de emprego e mais mulheres que busquem empregar mulheres. Além disso, esse saque do FGTS favorece para que mais dinheiro seja colocado na economia e para que a gente tenha aí um pagamento de dívidas que é sempre algo importante, além de desafogar o orçamento de boa parte das mulheres”, considera Aires. 

Jovens 

Parte da MP é voltada para emprego de jovens.  Ela amplia o tempo máximo de contrato do jovem aprendiz de dois para três anos. No caso de aprendizes de 14 anos, o contrato pode ser de quatro anos para que o jovem tenha a possibilidade de ser contratado quando atingir 18 anos. 

Segundo o secretário executivo do Ministério do Trabalho e Previdência, Bruno Dalcomo, a medida prevê aumentar as oportunidades e ocupar o déficit de jovens aprendizes nas empresas. “Se você pegar todas as empresas que deveriam cumprir uma cota, muitas vagas seriam dedicadas. No entanto, dentro de um universo de um milhão de vagas, cerca de 50% efetivamente está ocupada. Em teoria as empresas deveriam estar contratando mais 500 mil aprendizes, mas não estão.”, pontuou. Com a MP, a expectativa é que as empresas tenham estímulos para a contratação desses jovens aprendizes. 
 

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30/07/2021 10:30h

A iniciativa visa incentivar mulheres a amamentar até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses da criança, mesmo em casos de Covid-19

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Para informar a população sobre a importância do aleitamento materno e incentivar mulheres a amamentar, o Ministério da Saúde lançou a campanha "Todos pela amamentação. É proteção para a vida inteira”. O objetivo da iniciativa é incentivar mulheres a amamentar até os 2 anos ou mais e, de forma exclusiva, nos seis primeiros meses da criança, mesmo em casos de Covid-19. 

O leite materno é a melhor fonte de nutrição para bebês e a forma de proteção mais econômica e eficiente para diminuir as taxas de mortalidade infantil, sendo capaz de reduzir em até 13% os índices de mortes de crianças menores de cinco anos. A prática protege a criança de doenças como diarreia, infecções respiratórias e alergias, além de evitar o risco de desenvolver hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade na vida adulta.

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Desde 1981, o Ministério da Saúde coordena estratégias para proteger e promover a amamentação no país. O Brasil também conta com 222 bancos de leite humano e 219 postos de coleta. Com essa ampla rede, em 2020, cerca de 181 mil mulheres doaram mais de 226 mil litros de leite materno e até junho de 2021, 92 mil doadoras já arrecadaram 111,4 mil litros.

A campanha faz parte da Semana do Aleitamento Materno, celebrada do dia 1º de agosto ao dia 7. Atualmente, a pasta repassa R$ 18,2 milhões para os Hospitais Amigos da Criança por ano, que cumprem os 10 passos para o sucesso do aleitamento materno. Hoje, o país tem 301 Hospitais Amigos da Criança em todos os estados e Distrito Federal.

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05/08/2020 00:00h

Dados sobre amamentação foram apresentados pelo Ministério da Saúde durante lançamento da campanha de incentivo à essa prática

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Considerado um ato fundamental para o desenvolvimento saudável de uma criança, o aleitamento materno tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil. É o que revela o Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani) do Ministério da Saúde. De acordo com o balanço, 14.505 crianças menores de cinco anos foram avaliadas no período entre fevereiro de 2019 e março de 2020. Desse total, 53% continua sendo amamentada no primeiro ano de vida.

Em relação às crianças menores de seis meses, o índice de amamentação exclusiva é de 45,7%. Quanto às menores de quatro meses, a taxa chega a 60%. Esses resultados, segundo o secretário de Atenção Primária à Saúde, Raphael Câmara Medeiros, representa um avanço importante, pois uma amamentação feita da maneira correta contribui, de maneira significativa, para uma vida saudável, tanto no momento atual, quanto no futuro.

“A amamentação é importante porque reduz em até 13% a mortalidade infantil, diminui as chances da criança ter alergia, infecções, diarreia, doenças respiratórias, obesidade e diabetes tipo 2. Além disso, causa um efeito positivo na inteligência, reduz as chances da mulher vir a ter câncer de mama e de ovário, não causa poluição ambiente por não ter embalagens e diminui os custos com tratamentos e para o sistema de saúde”, pontua Medeiros.

Os dados foram apresentados durante o lançamento da campanha de incentivo à amamentação, do Ministério da Saúde. A iniciativa marca o início do Agosto Dourado e da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2020 (SMAM), que ocorre em mais de 150 países.

Na ocasião, foram apresentadas informações sobre o último dado de 2006 da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS). Quando comparados ao Enani, esses dados apontam para um aumento de 15 vezes na prevalência de aleitamento materno exclusivo entre as crianças menores de 4 meses, e de 8,6 vezes entre crianças menores de 6 meses.

Por outro lado, em relação aos últimos 34 anos, percebe-se um salto de aproximadamente 13 vezes no índice de amamentação exclusiva em crianças menores de 4 meses e de cerca de 16 vezes entre crianças menores de 6 meses.

“Esses resultados mostram que o Brasil avançou nesses indicadores, revelando a importância das políticas públicas nessa área e a importância de continuar investindo em políticas públicas para promover e apoiar a amamentação. A nossa recomendação é que as crianças mamem por dois anos ou mais, sendo exclusivo nos seis primeiros meses, priorizando a amamentação na primeira hora de vida”, destaca a coordenadora Geral de Alimentação e Nutrição (CGAN) do Ministério da Saúde, Gisele Bertolini.

Amamentação na pandemia

Apesar das recomendações sobre os cuidados para evitar contágio da Covid-19 serem mantidas, o Ministério da Saúde orienta que a amamentação seja contínua mesmo durante a pandemia. Nesse caso, são levados em conta alguns pontos como benefícios para a saúde da criança e da mulher e a ausência de constatações científicas significativas sobre a transmissão do coronavírus por meio do leite materno.

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A diretora substituta do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas (DAPES), Maria Dilma Teodoro afirma que ainda é considerado o fato de não haver recomendação para a suspensão do aleitamento materno na transmissão de outros vírus respiratórios.

“A mulher deve procurar um profissional de saúde para obter orientações sobre os cuidados necessários para manter a amamentação no período da infecção por vírus. Caso ela tenha alguma dúvida ou se sinta insegura, a recomendação é procurar esclarecimentos com alguém da área e que tente não interromper a amamentação se não houver uma indicação em outro sentido”, explica Maria Dilma.

Nessa situação específica, a amamentação deve ocorrer apenas se a mãe desejar e estiver em condições clínicas adequadas para realizá-la. No caso das mães que tenham confirmação ou estejam com suspeita da Covid-19 que não puderem ou não quiserem amamentar, devem ser orientadas por profissionais de saúde a realizarem a extração do leite materno manualmente ou por bomba.
 

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Saúde
16/06/2020 04:00h

O leite materno é fundamental para um melhor desenvolvimento da criança e é o único alimento recomendado para o bebê até os seis meses de vida

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No município paraense de Bragança, o Banco de Leite Humano (BLH) Maria Eunice Begot da Silva Dantas opera com baixos estoques de leite materno. A direção do Banco de Leite Humano, que funciona dentro do Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, afirma que há uma dificuldade em atrair doadoras que não deram à luz na maternidade do hospital.

Em meio à Campanha Nacional de Doação de Leite Humano, ação promovida pelo Ministério da Saúde, e diante da pandemia do novo coronavírus, a unidade reforça a necessidade em aumentar o estoque do Banco de Leite Humano, que caiu 60% neste período. 

O leite materno é fundamental para um melhor desenvolvimento da criança e é o único alimento recomendado para o bebê até os seis meses de vida. É o que diz a coordenadora do Banco de Leite Humano da Fiocruz, Danielle Aparecida da Silva.

“Não há como comparar a grandiosidade do leite materno com outros produtos. Ele é o alimento mais completo, que facilita a digestão, provoca menos cólica, possui fatores probióticos e de proteção. E ajuda no desenvolvimento do trato gastrointestinal.”

De acordo com o Ministério da Saúde, o leite materno protege as crianças de infecções e alergias e reduz o risco de elas desenvolverem doenças crônicas na fase adulta, como diabetes, hipertensão e obesidade.

A mãe Ingrid Fassanaro conta que não conseguiu produzir leite materno suficiente para a filha recém-nascida que se encontra internada na unidade neonatal. Segundo ela, o que tranquilizou foi saber que poderia contar com o Banco de Leite Humano para alimentar a sua bebê.

“Só o fato de saber que minha filha será alimentada tranquiliza o meu coração de alguma forma e ajuda com que fique mais calma.”

O Banco de Leite Humano (BLH) Maria Eunice Begot da Silva Dantas funciona dentro Hospital Santo Antônio Maria Zaccaria, localizado na Avenida Nazeazeno Ferreira, Padre Luiz. Para mais informações e para agendar a coleta domiciliar, ligue para (91) 99631-3114. 

“Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença”.  Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite. 
 

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Saúde
16/06/2020 04:00h

Em meio à pandemia do novo coronavírus, a unidade oferece a coleta domiciliar para incentivar novas doações

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Em Porto Velho (RO), o Banco de Leite Humano (BLH) Santa Ágata opera com o estoque baixo. Em meio à pandemia do novo coronavírus, a unidade oferece a coleta domiciliar para incentivar novas doações. 

Diante desse cenário, autoridades de saúde fazem um apelo às mães da cidade que estão amamentando e possam doar o seu leite, que doem. Segundo o Ministério da Saúde, houve redução de 5% no número de doadoras em relação ao mesmo período de 2019, em todo o Brasil. O ministério alerta que com os cuidados necessários, tanto da doadora quanto dos Bancos de Leite Humano, é possível manter a rotina de doação durante a pandemia.

Ainda de acordo com o ministério, toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite materno. Para doar, basta ser saudável e não tomar nenhum medicamento que interfira na amamentação. 

O coordenador da Rede Brasileira de Bancos de Leite Humano (BLH), João Aprígio, explica que o leite materno é um alimento fundamental para o desenvolvimento de crianças. 

“O leite materno tem substâncias que protegem, de imunomodulação. E o que é imunomodulador? Aumentam a resistência do organismo. Têm substâncias que promovem o crescimento facilitado do bebê e da criança.”

Um pote de leite materno pode alimentar até 10 crianças por dia. O alimento doado é destinado para bebês em Unidades Neonatais e bebês que nasceram prematuros e/ou com baixo do peso. 

Para a mãe Ingrid Fassanaro, o leite materno doado foi fundamental para o desenvolvimento da filha prematura. 

“Ser mãe em UTI é muito difícil. Havia dias que estava tão triste e chorava tanto, que tentava tirar leite materno e não saia nada. Sou muito grata, muito mesmo [pelas doações de leite materno].”

O Banco de Leite Humano (BLH) Santa Ágata está localizado na Avenida Governador Jorge Teixeira, número 3.766, no setor industrial de Porto Velho. A unidade funciona todos os dias da semana, das sete da manhã às sete da noite. Para agendar uma coleta em domicílio, ligue para (69) 3216-5715. Repetindo: (69) 3216-5715.

Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

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Saúde
16/06/2020 04:00h

Entre janeiro e abril do ano passado, foram coletados 13,5 litros

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Diminuiu em 40% a quantidade de leite materno doado ao Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) Cantinho do Leite Maria Adriana Moreira, no município de Borba. Entre janeiro e abril do ano passado, foram coletados 13,5 litros. Já neste ano, foram apenas 8,1 litros, apontam os dados da Rede Global de Bancos de Leite Humano (rBLH), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

O número de doadoras também caiu: de 12, em 2019, para oito neste ano. Os dados refletem tendência nacional, apontada pelo Ministério da Saúde. De acordo com o órgão, houve redução de 5% no número de doadoras de leite materno, em todo o país. Mesmo em meio à pandemia da Covid-19, o ministério garante que é possível manter a rotina de doação com os cuidados necessários, tanto da doadora, quanto dos Bancos de Leite Humano. 

Autoridades em saúde destacam a importância do leite materno para ajudar na sobrevivência de bebês prematuros e/ou de baixo peso internados em Unidades Neonatais. Segundo o Ministério da Saúde, aproximadamente 330 mil bebês nascem prematuros por ano no Brasil e precisam da doação de leite materno.

A coordenadora do Banco de Leite Humano da Maternidade Ana Braga — referência no Amazonas — Maria Elizabeth Hardman, faz um apelo às mães que têm leite materno excedente. 

“É extremamente importante, porque temos bebês precisando desse leitinho. Uma gotinha de leite materno faz a diferença na vida de um bebê prematuro. A mulher que esteja com excedente de leite, em fase de amamentação, que tenha esse desejo no coração de fazer a doação para o Banco de Leite Humano mais próximo. Os bebês vão ficar eternamente agradecidos.”

A mãe Luciana da Silva Távora foi surpreendida com o nascimento prematuro da filha. Após ver a bebê ser internada em uma UTI Neonatal, ela contou com ajuda do banco de leite para complementar a alimentação da pequena.

“A minha filha ainda não se alimenta 100% do meu peito, porque não tenho uma produção suficiente. É muito recente – ela nasceu prematura. Ela recebe alimento de outra mulher. Isso é amor, é vida, é amar o próximo. Eu fico muito feliz por isso.”

O Posto de Coleta de Leite Humano (PCLH) Cantinho do Leite está localizado na Avenida Amazonas, bairro Cristo Rei. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), há coleta do leite materno em domicílio, com o auxílio de taxistas parceiros. A coleta ocorre de segunda à sexta-feira, das sete da manhã às sete da noite. Para doar, basta ligar para o telefone (92) 3512-1104. O posto de coleta funciona de segunda a sábado, das sete da manhã às cinco da tarde. 

Doe leite materno. Nessa corrente pela vida, cada gota faz a diferença. Para mais informações, ligue 136 ou acesse o site saude.gov.br/doacaodeleite.

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