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Deputado paulista defende Sistema S como provedor de mão de obra qualificada

Coronel Tadeu (PSL-SP) acredita que é preciso estimular as instituições do sistema, em função de sua qualidade e das oportunidades que elas oferecem para os jovens

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O deputado Federal Coronel Tadeu (PSL-SP) defendeu o Sistema S como provedor de mão de obra qualificada para as empresas brasileiras, em entrevista exclusiva a nossa reportagem.

Na avaliação do parlamentar é preciso estimular as instituições do sistema, em função de sua qualidade e das oportunidades que elas oferecem para os jovens.

“Já frequentei e sou a favor do Sistema S. Eu estudei em uma escola técnica Então, eu sei muito bem a importância do Sistema S. Você tem que estimular, realmente, as Fatecs, os SESIs da vida, os SENACs e por aí vai. Você tem que, realmente, dar mais oportunidade, com esse custo baixíssimo e essa qualidade altíssima, para o jovem não ficar desamparado no mercado de trabalho”, afirma o deputado.

O Sistema S é composto por nove instituições – SESI, SENAI, Sesc, Senac, Sest Senat, Sebrae, Senar e Sescoop – e atua, prioritariamente, nas áreas de educação básica, ensino profissionalizante, saúde e segurança do trabalho e qualidade de vida do trabalhador.

Segurança Pública

Em discurso no plenário da Casa, o deputado Coronel Tadeu também cobrou investimentos na área de segurança pública dos estados.

“Não existe gasto em segurança. Existe investimento. E, realmente, há uma relação muito próxima: quanto mais você investe, mais você ganha. Porque, realmente, se torna atrativo trabalhar em uma cidade ou outra em função da segurança que é tida naquele local. Hoje falta policial em São Paulo? Falta. Mas o que tem ainda se desdobra. O que tem faz, no jargão popular, das tripas coração para poder atender a população”, afirmou o parlamentar, que é vice-líder do bloco formado pelos partidos da base do governo de Jair Bolsonaro.

Coronel Tadeu - Câmara dos Deputados

A segurança pública precisa de investimentos e de governança capazes de articular União, estados, municípios e Distrito Federal para a valorização das estruturas de atendimento à população. Entre elas estão as polícias Civil, Militar, Federal, Rodoviária, as Forças Armadas, as guardas municipais e o sistema prisional como um todo.

Além disso, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário devem buscar um modelo de ações integrado e efetivo para transformar o quadro de medo e violência que a população dos estados vive atualmente.

Essas recomendações são dos especialistas responsáveis pela elaboração do Atlas da Violência, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

A publicação revela que o Brasil, em 2017, ultrapassou a marca de 30 homicídios para cada grupo de 100 mil habitantes e, nos últimos 10 anos, o país registrou mais de meio milhão de mortes causadas pela violência.

Sistema S

O SENAI tem 541 unidades de educação profissional, em 2.700 municípios, 26 institutos de inovação e 58 institutos de tecnologia. Juntos, as redes SENAI formam a maior infraestrutura de apoio à inovação tecnológica industrial do país e emprega quase 27 mil trabalhadores.

O SESI conta com 505 escolas, 114 unidades de vida saudável e 539 unidades móveis de educação básica, continuada, e de serviços de saúde, em todos os estados. O SESI tem, ainda, oito centros de inovação voltados para o desenvolvimento de tecnologias na área de segurança e saúde na indústria. A instituição emprega mais de 33 mil trabalhadores, em todo país.

Na opinião da especialista Cláudia Costin, diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), o governo brasileiro deveria ter o Sistema S como modelo. Por exemplo, o trabalho de instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) poderia servir de referência para as secretarias estaduais de educação.

“Há exemplos internacionais, como as escolas secundárias da Coreia do Sul, em que o setor privado, a indústria, inclusive a indústria de ponta, participou não só do desenho instrucional de cursos de ensino médio, mas mesmo da gestão desses cursos, com uma parceria público-privada que gerou altíssima empregabilidade em setores interessantes para os jovens”, conta a Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais da Fundação Getulio Vargas (FGV), Cláudia Costin.

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