Foto: James Gathany
Foto: James Gathany

MATO GROSSO: Região noroeste do estado concentra maior quantidade de casos de malária

Para evitar o mosquito, o uso de repelentes e de mosquiteiros é muito importante.

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A malária é uma doença grave, transmitida através do mosquito Anopheles. O mosquito transmite a doença após picar alguma pessoa contaminada pela malária, a partir daí, começa o ciclo de transmissão.

De acordo com o Ministério da Saúde, 99% dos casos da doença estão concentrados na chamada região Amazônica, formada ao todo por nove estados. Entre eles está o Mato Grosso. O grande foco da doença nessa localidade pode ser explicada pela geografia do local. A mata com altas temperaturas e alta umidade são o habitat natural do mosquito transmissor.

A gerente de Doenças e Agravos Endêmicos do estado do Mato Grosso, Alba Valeria de Melo, revela que, em 2018, o estado teve 1.007 casos de malária confirmados. Em 2019, já são 120. De acordo com a gestora, há uma particularidade entre esses casos, as localidades onde eles aconteceram em sua maioria.

“Esses casos se concentram mais na região noroeste do estado. É a região que faz divisa com Rondônia e Amazonas. Então, isso caracteriza que, nesses locais, nós ainda temos que trabalhar bastante com a prevenção e o controle dessa doença. Nos outros municípios do estado, nós temos esporadicamente alguns casos, mas geralmente não são autóctones, ou seja, as pessoas não foram infectadas naquele município. Normalmente elas vem de outro município, que fica a Noroeste do estado geralmente, e adoecem nos municípios mais próximos da capital que não são endêmicos.”

Alba destaca que entre esses municípios com maior quantidade de casos de malária estão Aripuanã, Colniza e Comodoro.

Para evitar o mosquito, o uso de repelentes e de mosquiteiros é muito importante. Além disso, o Ministério da Saúde orienta que em caso de sintomas, os pacientes devem fazer o teste para a doença e iniciar o tratamento, para que o mosquito não se infecte e contamine outras pessoas.

Tanto o tratamento quanto o diagnóstico são disponibilizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde. 

Cássio Peterka é coordenador-geral substituto do Programa de Controle da Malária do Ministério da Saúde. Ele dá detalhes sobre como é feito o tratamento.

“A malária é uma doença que tem uma cura completa. Assim que é confirmado o diagnóstico e é confirmado qual o tipo de malária, é dado o tratamento específico e após o tratamento ela está curada.É importante lembrar que tanto o diagnóstico, quanto o tratamento, são oferecidos gratuitamente pelo SUS. O tratamento vai de acordo com as espécies. Se você tem a malária vivax, ela é tratada com comprimidos durante sete dias. Se for a falciparum, também será por comprimidos, por três dias.”

A malária tem cura, mas se não tratada, pode causar a morte. Em caso de febres altas, calafrios, sudorese, tremores e dores de cabeça, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima. Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce e o tratamento oferecido são fundamentais para a cura desta doença que pode matar.Para mais informações, acesse saude.gov.br/malaria. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.
 

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