Data de publicação: 06 de Novembro de 2019, 15:00h, Atualizado em: 06 de Novembro de 2019, 15:08h
Com mais de 5 mil casos de dengue registrados de janeiro a agosto deste ano, Arapiraca é um dos municípios alagoanos que mais sofre com a presença do Aedes aegypti. O mosquito também transmite a chikungunya, doença responsável por 327 casos notificados na cidade; e a zika, que responde por 200 registros no mesmo período. Os dados são da Secretaria Municipal de Saúde.
Arapiraca está em situação de risco para infestação do mosquito desde 2016. Este ano, o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) revela que o município atingiu uma taxa de 5,10%. O Ministério da Saúde considera como satisfatório quando o índice está menor que 1%.
Para conter o avanço dessas doenças, a coordenadora da Secretaria Municipal da Saúde Gleidmar Bezerra, destaca que toda a população, assim como o poder público, deve estar engajada no combate ao mosquito.
“A gente trabalha em caráter educativo, conscientizando a população como um todo no combate à dengue. A gente sabe o quanto é importante a comunidade, a população como um todo estar inserida nessas ações, até porque são na maioria das residências que a gente encontra as larvas. Então, a gente trabalha buscando os focos dos mosquitos nos domicílios. Os agentes comunitários de saúde, os agentes de endemias, o Tiro de Guerra. Fizemos umas ações e mutirões e todos os centros de saúde estão sendo abertos aos sábados de sete da manhã as vinte e duas horas”.
Eduardo Alves, de 26 anos, é agente comunitário de saúde em Arapiraca. Ele é um dos moradores do município que pegou dengue. O funcionário da prefeitura acredita que contraiu a doença durante as buscas por focos do mosquito nas residências da cidade. Febre alta, manchas vermelhas no corpo, náuseas, e coceiras foram os sintomas que o fizeram identificar a doença. Depois do susto, Eduardo pede que cada morador seja um combatente do mosquito transmissor.
“As pessoas precisam ter consciência de que são doenças vindas de um mosquito muito pequeno, mas que tem um poder grande, inclusive de tirar a vida da gente. E a outra questão também que eu tenho para dizer é da cultura de jogarem lixos em terrenos. Acho que não tem necessidade disso, até porque a coleta no nosso município acontece de forma regular, então não há motivos para jogar em terrenos e até mesmos nas ruas para chegar no caos que o nosso município passou, e que corre ainda o risco de passar mais uma vez”.
Para intensificar o combate ao mosquito, a Secretaria Municipal de Saúde de Arapiraca ampliou o horário de atendimento para até às 22h no 5° Centro de Saúde, além de abrir todas as unidades de saúde aos sábados.
E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa por você. Aqui vão algumas recomendações do Ministério da Saúde para a limpeza dos reservatórios de água. É importante mantê-los sempre tampados. A limpeza deve ser periódica, com água, bucha e sabão. Ao acabar a água do reservatório, é necessário fazer uma nova lavagem nos recipientes e guardá-los de cabeça para baixo. Segundo o ministério, esse cuidado é essencial porque os ovos do mosquito podem viver mais de um ano no ambiente seco.
Dengue, chikungunya e zika podem matar. Caso queira denunciar focos do mosquito, procure a prefeitura da sua cidade. Para mais informações, acesse: saude.gov.br/combateaedes.