Vacina

16/05/2024 00:03h

Estão inclusas vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite, influenza e covid-19

Baixar áudio

Os moradores do Rio Grande do Sul têm enfrentado dificuldades devido às enchentes que estão atingindo o estado. Nesse contexto, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) está realizando o envio de insumos destinados à saúde, para garantir o abastecimento do estado. As informações foram divulgadas pelo Ministério da Saúde.

O Programa enviará 600 doses de imunoglobulina, proteínas utilizadas pelo organismo para combater um determinado antígeno, como vírus e bactérias, por exemplo. Além disso, a pasta irá destinar 1,1 mil frascos de soro; 416 mil doses de vacinas contra hepatite A, raiva, poliomielite e influenza — e 134 mil doses de vacinas contra a Covid-19. 

Ministério da Saúde garante abastecimento de medicamentos e de vacinas no RS

Ministério da Saúde reforça atendimento em saúde mental em abrigos e unidades de saúde no RS

Vacinas

O clínico geral Vital Fernandes Araújo explica que as vacinas são substâncias que estimulam o sistema imunológico a produzir defesa contra agentes causadores de doenças, especialmente vírus e bactérias.

“A vacinação, sem sombra de dúvidas, foi uma das maiores um dos maiores avanços que nós tivemos na humanidade, na prevenção de doenças graves que no passado causavam muitas mortes e sofrimento”, destaca.

Roberto Gonçalves, morador da cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul, com MBA na área de logística e finanças, afirma que é importante que essas doses cheguem no estado de forma rápida e distribuída nas prefeituras e municípios.

“Que venham [as vacinas], que venham muito mais doses, isso é muito necessário, porque o ambiente atingido é muito grande. Estamos precisando também de especialistas, no mínimo auxiliares com cursos específicos, para também fazer as aplicações”, ressalta.

Para ele, o poder público precisa ir até as pessoas, por exemplo, colocando unidades móveis para aumentar a abrangência da vacinação, e pontos fixos de saúde nos locais que não foram alagados.

Gonçalves destaca que os gaúchos estão em um período de transição climática, saindo de dias quentes para chuvas, e agora, temperaturas baixas. “10 graus na maioria das cidades centrais, nos locais mais altos as temperaturas registraram média de 5 graus. E essa mudança também vai causar alergias”, completa.

Diabetes

Além disso, a Sociedade Brasileira de Diabetes e diversos institutos mobilizaram esforços para coletar medicamentos dentro do prazo de validade destinados às vítimas das enchentes, com foco especial em insulinas e insumos essenciais, como seringas e agulhas de canetas.

O médico endocrinologista Flavio Cadegiani, especializado em endocrinologia clínica, informa como a falta de acesso à insulina pode representar um risco de vida para pessoas com diabetes tipo 1 e tipo 2.

“O paciente portador de diabetes tipo 1 não tem produção de insulina ou tem produção insuficiente. Isso porque a origem do diabetes tipo 1 é basicamente a destruição das células produtoras de insulina no pâncreas, que são as células beta. Hoje, a insulina máxima dura de 24h a 36 horas. Passando disso, a pessoa entra em um quadro dramático e precisando de cuidados em terapia intensiva”, alerta.

Segundo o Ministério da Saúde, foram enviadas cerca de 30 mil frascos de insulina, 287 mil canetas e 1,8 milhão de agulhas de aplicação para o Rio Grande do Sul.  Em Porto Alegre, foram entregues mais 43 mil frascos, 330 mil canetas e 1 milhão de agulhas.

Para o endocrinologista, o envio dos insumos para o Rio Grande do Sul é uma ação “mais que necessária” para salvar vidas.

Copiar textoCopiar o texto
07/05/2024 00:03h

Livre da doença desde 2006, Brasil vai pleitear reconhecimento internacional

Baixar áudio

Após o anúncio do fim da vacinação contra a febre aftosa no Brasil, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) vai agir em outras frentes para continuar com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa. 

Mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixarão de ser vacinados como estratégia de proteção.

O diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura e Pecuária, Marcelo Mota, explica que foram criados três eixos principais para nortear as próximas ações. 

“O fortalecimento do serviço veterinário, no estabelecimento de uma estratégia de vacina para o caso de uma introdução de doença; um banco de vacina para estratégia focal e o fortalecimento das ações dos fundos de compensação para o caso de emergência. Porque no caso da ocorrência de uma eventual introdução desse vírus no futuro, nós tenhamos os recursos financeiros disponíveis para compensar os produtores agrícolas que vão ser prejudicados por essa ação”. 

Sem a vacina, a estruturação e o fortalecimento no serviço veterinário brasileiro de excelência, além da parceria com órgãos estaduais de defesa sanitária animal, são fundamentais para proteger os rebanhos.

O médico veterinário Lucas Edel ressalta como as recomendações do plano devem continuar sendo seguidas para que não haja o retorno do vírus. 

“As ações de vigilância, de coleta de amostras biológicas dos animais, de uma forma randomizada, aleatória, de cada estado, são uma forma de a gente monitorar se o vírus está vindo, está circulando ou não. Então, a circulação e o aumento da fiscalização das fronteiras, principais fronteiras mais problemáticas como com o Paraguai e Bolívia”, pontua.

Benefícios  

A erradicação com a suspensão da vacinação traz benefícios para o setor agropecuário e é vista com bons olhos pelo mercado internacional, já que significa que o país tem um bom serviço para identificar doenças e aumenta a confiança dos consumidores e dos parceiros comerciais na qualidade dos produtos, como observa o advogado especialista em direito animal Luciano De Paoli. 

“Essa carne não é só consumida no Brasil, ela também é exportada, então ficando livre da doença, faz com que o mercado interno e externo acabe tendo grande lucratividade. E Brasil ficando livre de zoonoses, dá um patamar superior em igualdade com países desenvolvidos”, comenta.

De acordo com o Mapa, o pedido de reconhecimento do país vai ser realizado em agosto e o resultado, se aprovado, será apresentado em maio de 2025. 

O reconhecimento internacional do status sanitário de livre de febre aftosa sem vacinação ao país é feito pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). No Brasil, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso são reconhecidas como zonas livres da doença pela organização. 

Para obter esse reconhecimento, a vacinação contra a febre aftosa deve ser suspensa, com proibição de ingresso de animais vacinados nos estados por 12 meses, no mínimo. 

O fim da imunização significa também uma redução de custo direta, de mais de R$ 500 milhões com a aplicação. Os lotes de vacina restantes no país podem ser doados, caso haja países interessados. 

Como identificar a doença

A febre aftosa é uma doença infecciosa aguda e considerada como uma zoonose, ou seja, caso o vírus entre em contato com os seres humanos, é transmitido de animais para pessoas. Não é letal, mas é de difícil controle por causa da alta capacidade de transmissibilidade.

“Ela é transmitida basicamente por gotículas de aerossol, onde o vírus está presente. Na maioria das vezes ela causa lesões orais, tem esse nome febre aftosa, porque causam aftas, e geralmente são aftas na boca, na mucosa de uma forma geral e também no casco. Ali também podem surgir lesões semelhantes a uma afta e também nos tetos dos animais. Esses são os principais sinais clínicos da febre aftosa”, explica Lucas Edel. 

Desde 2006 não são registrados casos da doença em território nacional.

Copiar textoCopiar o texto
05/05/2024 10:00h

Especialista alerta para a importância da vacina contra influenza, especialmente para grupos de risco

Baixar áudio

Os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam aumentando no Brasil, revela o novo Boletim Infogripe da Fiocruz. O coordenador do estudo, Marcelo Gomes, destaca que o cenário atual é resultado do crescimento dos casos do vírus sincicial respiratório (VSR) e de influenza em diversas regiões do país.

A análise ressalta que o aumento da circulação do VSR tem ocasionado um aumento significativo na incidência e mortalidade de SRAG em crianças pequenas, ultrapassando os números associados à Covid-19 nessa faixa etária.

“Semana após semana, continuamos observando o aumento de internações associadas, principalmente a esses dois vírus respiratórios, em praticamente todo o país, em estados de todas as regiões brasileiras. Com isso, obviamente, reforço a importância da população buscar a vacina contra a gripe em particular, sabemos que está com a campanha aberta em todo o país”, pontua Gomes.

De acordo com o Ministério da Saúde, todas as pessoas com mais de 6 meses de idade podem se vacinar contra a gripe. Os estados e municípios têm autonomia para definir os públicos, de acordo com seus estoques de vacina.

VSR: Fiocruz alerta para o aumento nas internações por infecções respiratórias

Dengue: SUS aplicou quase 815 mil doses da vacina até o fim de abril

Manoel Palácios, infectologista do Hospital Anchieta (DF), informa que a vacina contra a gripe é importante para reduzir as formas graves da doença em pacientes de alto risco, como idosos, gestantes e imunossuprimidos.

“Também para reduzir a transmissão dos pacientes saudáveis para aqueles que têm maior risco de adoecer. Em uma estratégia de, por exemplo, vacinar as pessoas que moram com pacientes imunossuprimidos para evitar que eles desenvolvam doenças. Ou vacinamos profissionais de saúde, evitando que eles transmitam a doença para os seus pacientes, que são populações já fragilizadas”, explica.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência dos casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 24,3% para influenza A, 0,4% para influenza B, 58,0% para vírus sincicial respiratório e 7,9% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

SRAG

Entre as capitais, 19 apresentam sinal de crescimento nos casos de SRAG. São elas:

  • Aracaju (SE)
  • Boa Vista (RR)
  • Plano Piloto e arredores de Brasília (DF)
  • Campo Grande (MS)
  • Cuiabá (MT)
  • Curitiba (PR)
  • Florianópolis (SC)
  • Goiânia (GO)
  • João Pessoa (PB)
  • Maceió (AL)
  • Manaus (AM)
  • Palmas (TO)
  • Porto Alegre (RS)
  • Porto Velho (RO)
  • Recife (PE)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • São Luís (MA)
  • São Paulo (SP)
  • Vitória (ES)
Copiar textoCopiar o texto
05/05/2024 00:03h

A papilomatose respiratória é uma doença causada pelo HPV — e tem como característica a formação de verrugas

Baixar áudio

Os pacientes portadores de papilomatose respiratória recorrente (PRR) foram incluídos como parte do grupo prioritário para receber a vacina contra o papilomavírus humano (HPV).  A administração da vacina estará disponível mediante apresentação de prescrição médica, sendo necessário também um consentimento dos pais ou responsáveis para menores de 18 anos.

De acordo com o Ministério da Saúde, a papilomatose respiratória é uma doença causada pelo HPV e tem como característica a formação de verrugas, geralmente na laringe, podendo estender-se para outras regiões do sistema respiratório. O tratamento da PRR é cirúrgico, para remoção das verrugas das cordas vocais e da laringe.

A decisão de inclusão foi impulsionada por estudos que demonstraram os benefícios da vacina como um tratamento auxiliar para esses pacientes, apresentando uma redução tanto na frequência quanto no intervalo das recorrências em pacientes imunizados.

HPV

A ginecologista Denise Yanasse informa que existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, vírus capazes de infectar a pele ou as mucosas.

“Você pega ele através da relação sexual. Ele é a infecção sexualmente transmissível mais frequente do mundo — e é o grande causador do câncer de colo de útero em mulheres. Ele também tem associação com outros tumores em homens e mulheres, bem como as verrugas genitais”, informa.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 10 milhões de brasileiros estão infectados pelo HPV. A estimativa é de que surjam 700 mil novos casos anualmente no país.

A ginecologista explica que, no Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina contra o HPV está disponível gratuitamente para meninas e meninos entre 9 e 14 anos. Para aqueles que vivem com HIV/aids, passaram por transplantes de órgãos sólidos/medula óssea ou são pacientes oncológicos, a faixa etária é ampliada (de 9 a 45 anos).

“Essa vacina, dependendo do tipo, previne de 70 a 90% dos cânceres de colo de útero, que é um dos principais cânceres da mulher e também motivo pelo qual a gente colhe o papanicolau”, completa.

Cobertura vacinal

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no período de 2018 a 2024, 75,61% das meninas receberam a primeira dose da vacina contra o HPV, enquanto 58,19% completaram o esquema de duas doses. Em relação aos meninos, os números são ainda menores: 52,86% receberam a primeira dose e apenas 33,12% receberam a segunda dose.

Leia mais:

Doenças raras afetam até 65 pessoas em cada grupo de 100 mil indivíduos no Brasil

Copiar textoCopiar o texto
08/04/2024 00:03h

Até o momento, o Brasil contabilizou 2.747.643 casos prováveis de dengue, resultando em 1.078 mortes associadas ao vírus

Baixar áudio

O aumento de casos de dengue neste ano fez com que 288 municípios, de 6 estados, entrassem em situação de emergência  por Arboviroses. A informação é do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Social (MIDR). Até o momento, o Brasil contabilizou mais de 2,7 milhões de casos prováveis de dengue e mais de mil mortes associadas ao vírus da doença.

De acordo com os dados ministério, órgão do Executivo federal responsável pelo reconhecimento da situação de emergência, 246 municípios são localizados no estado de Goiás, 23 no Paraná, 3 no Amapá, 11 no Rio Grande do Sul, 3 em Minas Gerais e 2 em Santa Catarina.  

Em Goiás, Defesa Civil Nacional reconheceu a situação de emergência em todo o estado devido ao aumento dos casos. De acordo com último boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Goiás, foram contabilizados, neste ano, 80,3 mil casos. Até o momento, 118 mortes em investigação. No período, foram mais de 1,9 mil internações pela doença em hospitais da rede da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás.

Já o Paraná registrou cerca de 45 mil notificações e 23,3 mil casos confirmados de dengue em uma semana, segundo último informe semanal da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Ainda de acordo com o boletim, os 399 municípios do Estado já registraram notificações de dengue e 389 tiveram casos confirmados. 

Desde 30 de julho do ano passado, o estado paranaense contabilizou 351 mil notificações e 77 óbitos. Essas mortes ocorreram em 36 municípios, como Cascavel, Londrina e Maringá.

A infectologista Larissa Tiberto atribui os altos índices de infecção pela dengue ao aumento das chuvas, aumento da temperatura e falta de controle dos reservatórios dos mosquitos. Ela destaca que a vacinação contra a dengue é importante para prevenir casos graves da doença.

“Outras maneiras de evitar formas graves da doença são: Ingerir muita água, fazer repouso, não ingerir antiinflamatórios não esteroidais e o principal é limpar e remover possíveis locais de acúmulo de água em casa, repelente, telas em janelas para se proteger contra a picada do inseto”, explica.

Vacinação

Em abril, o Ministério da Saúde recebeu mais 930 mil doses da vacina contra a dengue, destinadas aos 521 municípios já selecionados e a outros 165 recém contemplados. De acordo com a pasta, a seleção dos novos municípios seguiu critérios como grande porte, população acima de 100 mil habitantes, alta incidência de dengue na última década e a predominância do sorotipo DENV-2, além do número de casos no período de 2023/2024. Atualmente, a vacinação foca em jovens de 10 a 14 anos, por ser a faixa etária com maior taxa de hospitalizações por dengue.

O estudante de fisioterapia de 23 anos e morador de Caldas Novas - GO, Alisson Coutinho conta que quando teve dengue, sentiu muita dor de cabeça e no corpo e febre alta. Ele afirma que para evitar a proliferação do mosquito, coloca areia nos potes de planta para evitar o acúmulo de água. 

Alisson diz que pretende tomar a vacina contra a dengue assim que possível. “Eu acho que ela é muito boa para prevenir que as pessoas se contaminem e, se pegar ou se contaminar, seja mais tranquilo, porque o corpo já estará mais acostumado com o vírus. Então, eu acho que é bem útil e necessário para a nossa população”, comenta.

Outros tipos de Arboviroses 

Em relação aos casos prováveis de Zika e Chikungunya, foram registrados 3.600 e 122.216 casos, respectivamente. Quanto às mortes, não há registros por Zika, enquanto a Chikungunya resultou em 49 mortes confirmadas, com outras 83 ainda sob investigação. 
 

Veja Mais:

Brasil registra sinalização de queda no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
Brasil tem mais de 540 mil trabalhadores com deficiências no mercado de trabalho
 

Copiar textoCopiar o texto
02/04/2024 00:04h

Esse panorama é registrado ao passo em que o país conta com mais de 38,7 milhões de casos confirmados da doença — e cerca de 711 mil mortes

Baixar áudio

Até o momento, no Brasil, foram aplicadas 518.518.208 doses da vacina monovalente contra a Covid-19. Em relação à bivalente, o total é de 35.044.754. De acordo com o Ministério da Saúde, o país registrou 38.729.836 casos confirmados da doença e 711.249 mortes.

Henrique Lacerda, infectologista, destaca a importância de seguir o cronograma de vacinação, incluindo as doses de reforço, para garantir uma proteção eficaz contra doenças infecciosas, como a Covid-19. Cumprir o calendário vacinal é essencial para construir e manter uma imunidade adequada, reduzindo o risco de desenvolver formas graves da doença em caso de infecção pelo vírus.

“Como atualmente a Ômicron e suas variantes é a cepa mais prevalente, então se os pacientes estão suscetíveis a ter a doença porque se expõe de alguma maneira, é importante que ele tenha uma imunidade contra essa nova cepa da Ômicron e suas variantes. Consequentemente, ele se tiver a doença deve ter forma mais branda e sintomas mais leves”, explica. 

Ana Clara Costa, estudante de direito e moradora de Uberlândia - MG, conta que tomou duas doses da vacina e pegou Covid antes e depois da vacinação.

“Os benefícios que ela teve e acarretaram na minha vida foram bem relevantes, pelo fato que eu peguei Covid duas vezes, uma vez antes da vacina e outra após. Antes da vacina eu tive os sintomas bem mais acentuados, como falta de ar, perdi o olfato e o paladar.  E na segunda vez foi bem leve, como se fosse sintoma gripal mesmo”, comenta.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacina contra o vírus é essencial para prevenir formas graves da doença e está acessível no SUS para todos acima de 6 meses. Adultos com mais de 18 anos, após duas doses, devem receber um reforço da vacina bivalente. 

Veja Mais:

Má alimentação é um dos principais riscos para a saúde mundial, diz OMS
PISO DA ENFERMAGEM: Impasse persiste, e profissionais seguem com atividades paralisadas no Pará
 

Copiar textoCopiar o texto
29/03/2024 00:02h

Mas outras doenças respiratórias — como os vírus influenza — apresentaram aumento na segunda semana de março

Baixar áudio

O número de casos de Covid-19 caíram na Semana Epidemiológica 11, segundo informe do Ministério da Saúde. Entre os dias 10 e 16 de março ,houve 48.038 novos casos e 262 mortes pela doença. Esse é o menor número de casos registrados desde o período após o Carnaval, segundo informações do Painel Coronavírus.

Desde o começo do ano as secretarias de saúde estaduais já notificaram 483.357 casos de Covid-19 e 2.328 mortes. Em meio a uma epidemia de dengue — que já matou mais 750 pessoas desde 1º de janeiro — a Covid continua fazendo mais vítimas do que a atual epidemia que assusta os brasileiros. 

Brasil ultrapassa 2 milhões de casos de dengue

O infectologista Marcelo Daher, que também é membro da sociedade Brasileira de Infectologia, explica que hoje a Covid é menos letal do que há alguns anos, mas ela continua sendo uma doença que pode levar à morte.

“Às vezes as pessoas podem achar que outros morreriam naturalmente — e o covid foi só um empurrãozinho. Mas foi justamente o empurrão que levou ao óbito. Então, lembrar que a covid tem vacina, que elas são eficazes contra a doença. Por isso, quem ainda não se vacinou deve fazer a vacinação.” 

Mais casos de Influenza 

Desde a semana pós-carnaval, o vírus influenza vem apresentando crescimento nas últimas semanas. A Vigilância Sentinela de Síndrome Gripal mostrou que, dos 147 vírus identificados, 48% eram influenza. Para reduzir os casos de infecção pelo vírus, a campanha de vacinação contra a gripe, prevista para começar no último dia 25, foi antecipada e as unidades de saúde já estão disponibilizando as doses para as pessoas do grupo prioritário.

A empresária de Juiz de Fora, MG, Stela Pereira já passou dos 60 anos. É asmática e já teve duas pneumonias. Para ela, a vacina continua sendo a melhor forma de prevenir o agravo de qualquer doença. 

“Assim que liberar a vacina da gripe eu vou logo me imunizar, para não correr o risco de agravar uma gripe, virar uma pneumonia. Para mim a vacina de gripe é perfeita, me imuniza e me deixa livre que qualquer doença desagradável", afirma. 
 

Copiar textoCopiar o texto
25/03/2024 13:12h

Valores são destinados ao reforço na hidratação — com a compra de soros — e outros medicamentos que servem para o tratamento da dengue

Baixar áudio

Diante da epidemia de dengue, um incremento financeiro liberado — por meio de uma portaria do Ministério da Saúde— vai liberar recursos para todas as 27 unidades da federação. Serão R$ 312 milhões para a compra de medicamentos e para combater os sintomas da doença.

 Tocantins vai receber R$ 2.403.970,00 para ajudar unidades de saúde na compra de soro e outros medicamentos necessários no manejo clínico da dengue. Os valores serão repassados aos municípios. Os gestores devem decidir que medicamentos comprar.

Brasil ultrapassa 2 milhões de casos de dengue

Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, neste momento a prioridade é evitar mortes e complicações causadas pela doença, tudo isso paralelamente ao controle do mosquito. 

“Neste momento, onde há situação de emergência, o nosso foco tem que ser continuar o controlar o combate ao mosquito, mas temos que ter atenção prioritária em impedir casos graves, ou quando os casos graves ocorrem – e há muitas razões para isso — que sejam tratados adequadamente. Salvar vidas e evitar mortes”, afirmou. 

ESTRATÉGIA DE REDISTRIBUIÇÃO DA VACINA 

Um dos aliados contra a doença — a vacina — vem sendo aplicada em jovens de 10 a 14 anos em 16 estados, mas o Ministério da Saúde vai redefinir a estratégia de distribuição das doses. De acordo com a ministra Nísia Trindade, a medida busca o melhor aproveitamento das doses seguindo um novo ranking estabelecido pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) — com ampliação de estados e municípios.

Tocantins está entre os estados que receberam doses do imunizante Qdenga. A vacina foi distribuída em municípios como Aparecida do Rio Negro, Lajeado, Rio dos Bois e Palmas. O esquema vacinal é composto por duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Copiar textoCopiar o texto
20/03/2024 21:00h

Já são 656 mortes confirmadas e outras 1.025 em investigação

Baixar áudio

O enfrentamento à maior epidemia de dengue já registrada no Brasil até hoje vem de todos os lados: sociedade civil e poder público. A vacina é um importante aliado, mas por conta da pequena capacidade de produção do fabricante, está acessível apenas a um pequeno público: de 10 a 14 anos. 

Segundo o Ministério da Saúde, todo estoque disponível de vacinas contra a dengue em 2024 e 2025 foi comprado. Ainda este ano serão entregues 5,2 milhões de doses, além de uma doação de 1,3 milhão de doses. O que deve permitir que 3,2 milhões de pessoas fiquem imunizadas com as duas doses que completam o esquema vacinal.

Até segunda-feira, 18 de março, 1.235.236 doses haviam sido distribuídas e, dessas, 436.149 aplicadas no público-alvo pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que corresponde a 35,3%. Mas o combate ao mosquito ainda é o maior desafio e precisa continuar. 

MG e DF na liderança dos casos de dengue

O estado de Minas Gerais lidera a lista com o maior número de registros da doença: 662.952 e 107 mortes confirmadas, mas a maior incidência está no DF, com 5.678 casos por 100 mil habitantes e 159.957 registros da doença. 

Quem já pegou, não esquece. Como a brasiliense Ana Beatriz de Oliveira, de 22 anos. Ela já pegou dengue três vezes — as duas últimas, este ano, foram hemorrágicas. Ela conta que os sintomas foram piorando a cada reinfecção..

“As dores no corpo nas duas primeiras vezes não foram tão fortes como foram agora. Eu estava debilitada para andar, para comer, eu estava com uma dor no olho que mal conseguia abrir. Não conseguia movimentar a cabeça rápido porque ficava muito tonta. Não conseguia fazer praticamente nada.” 

Com medo de mais uma infecção pela doença, ela conta que todos em casa mudaram os hábitos. “Hoje a gente usa tela de proteção nas janelas, olha cada cantinho da casa para ver se não tem criadouros do mosquito.” 

Cuidados precisam ser mantidos

Evitar o agravamento da dengue só é possível com o diagnóstico precoce e correto — o que precisa ser feito por um médico, como explica o infectologista Marcelo Daher.

“O momento de hidratação, o momento de parar a hidratação. Medicamentos que podem e que não podem ser feitos. Então diagnóstico correto, procurando uma unidade de saúde para que seja notificado o caso e seja buscado o diagnóstico correto é muito importante. Não existe medicamento específico para a dengue, mas existem condutas corretas e a conduta correta salva vidas.” 

O médico ainda complementa que crianças pequenas, gestantes e pessoas com comorbidades e doenças crônicas precisam estar atentos a qualquer sintoma e procurar imediatamente ajuda médica. 
 

Copiar textoCopiar o texto
20/03/2024 17:00h

Cidades em situação de emergência devem receber recursos em breve

Baixar áudio

Diante do enfrentamento da pior epidemia de dengue que o país já registrou, representantes dos municípios se reuniram na terça-feira (19) com representantes do Ministério da Saúde para pedir a revisão da lista de cidades que recebem a vacina contra a doença. Membros da Frente Nacional de Prefeitas e Prefeitos (FNP) pediram à ministra da Saúde, Nísia Trindade, uma revisão da lista de cidades selecionadas para receberem a vacina contra a dengue. 

Na ocasião, segundo representantes da entidade, a ministra afirmou que os critérios científicos estão sendo revistos pelo Programa Nacional de Imunizações. Segundo o prefeito de Campinas - SP e vice-presidente de Saúde da FNP, Dário Saadi, a quantidade total de imunizantes ainda é pequena, mas independente disso é uma arma na luta contra a dengue. “O enfrentamento à dengue não deve ser só do município. Deve ser também do governo federal e dos governos estaduais”, disse.

Estados em situação de emergência

Nove das 27 unidades da federação já decretaram estado de emergência contra a dengue, a última delas, São Paulo — que registra mais de 370 mil casos da doença. 

Unidades em situação de emergência:

  1. Acre
  2. Goiás
  3. Minas Gerais
  4. Espírito Santo
  5. Rio de Janeiro
  6. Santa Catarina
  7. Amapá
  8. Distrito Federal 
  9. São Paulo 

Além disso, 192 municípios publicaram decretos devido à alta de casos da doença. Sobre o assunto, o vice-presidente da FNP comentou sobre o que foi discutido na reunião. “Nós solicitamos à ministra o envio de recursos para cidade que decretaram estado de emergência para atender a dengue, e a ministra garantiu que os recursos serão repassados o mais breve possível.”

Portaria para emergências 

A Portaria GM/MS nº 3.160, de 9 de fevereiro, amplia os recursos reservados para apoiar estados, municípios e o Distrito Federal no enfrentamento de emergências, como a alta de casos de dengue no país.

Para receber a primeira parcela do recurso  — que até agora já repassou R$ 60 milhões — o ente precisa enviar um ofício com a declaração de emergência em saúde. A partir da segunda parcela, é necessário o Plano de Ação; esses repasses são mensais durante a vigência do decreto de emergência.

De acordo com o Ministério da Saúde, são aproximadamente 290 solicitações de municípios (com preenchimento de critérios e documentos ou não).Deste total pelo menos 60% com portaria publicada e recursos disponibilizados.
 

Copiar textoCopiar o texto