Agronegócio

20/05/2024 00:33h

Em Paranaguá, no litoral do Paraná, oleaginosa está 0,97% mais cara

Baixar áudio

Após alta de 0,46% na sexta-feira (17), a saca de 60 quilos da soja inicia a semana custando R$ 130,55, em diferentes regiões do interior do Paraná. 

Em Paranaguá, no litoral do estado, a oleaginosa também ficou mais cara. Por lá, o preço da saca subiu 0,97% e a soja agora está cotada a R$ 136,30. 

Também no Paraná, o preço do trigo aumentou de 0,13%, no último fechamento. A tonelada do cereal está cotada a R$ 1403,41. Já no Rio Grande do Sul, o preço subiu 0,04%. A tonelada do produto agora custa R$ 1.279,05.  

Os valores são do Cepea.

Copiar textoCopiar o texto
20/05/2024 00:05h

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, soja, açúcar, carne bovina, café, algodão e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês

Baixar áudio

As vendas de produtos do agronegócio brasileiro para o exterior somaram US$ 15,24 bilhões em abril de 2024, valor 3,9% maior que os US$ 14,67 bilhões exportados no mesmo mês de 2023. Os dados são da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária. Segundo a pasta, o resultado de abril deste ano corresponde a 49,3% do total de exportações brasileiras este mês.

O cenário foi influenciado principalmente pelo aumento do volume embarcado, que subiu 17,1%. Já em relação aos preços médios dos produtos agropecuários, houve queda de 11,3%, o que impediu um registro ainda mais expressivo no valor das exportações em abril.

Entre maio de 2023 e abril de 2024, as exportações do agronegócio brasileiro alcançaram US$ 168,36 bilhões, uma expansão de 4,7% em comparação com os US$ 160,86 bilhões exportados dos 12 meses imediatamente anteriores.

Segundo o Ministério da Agricultura e Pecuária, soja, açúcar, carne bovina in natura, café, algodão e celulose são os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês. 

O principal destaque é a soja, por ser responsável pela maior parte das exportações do agronegócio. Ao todo, o Brasil exportou 14,7 milhões de toneladas do grão, um aumento de 362,4 mil toneladas na comparação com abril de 2023. A China é o principal importador da oleaginosa, responsável pela compra de dez milhões de toneladas a US$ 4,29 bilhões.

A venda geral de grãos brasileiros para outros países atingiu um volume de quase 18,5 milhões de toneladas no mês passado, um aumento de 6,7% em comparação com os 17,3 milhões de toneladas em abril de 2023.

Já as exportações de carnes atingiram US$ 2,21 bilhões em abril de 2024, um aumento de 27,5% se comparado ao mesmo mês do ano passado. Destes, US$ 1,04 bilhão foi de carne bovina. O volume é recorde para os meses de abril, e o motivo é a quantidade exportada para atender a demanda chinesa.

Outro destaque é o complexo sucroalcooleiro, que em abril de 2024 alcançou US$ 1,07 bilhão com as exportações. É a primeira vez na série histórica que o setor ultrapassa a cifra de um bilhão em vendas para outros países. O aumento em relação a abril de 2023 foi de 77,6%.

IBGE prevê safra de 299,6 milhões de toneladas para 2024

Estado de emergência zoossanitária por gripe aviária foi prorrogado por mais 180 dias

Soja registra queda no preço, enquanto trigo fica mais caro no Paraná

Copiar textoCopiar o texto
20/05/2024 00:03h

Quando o nível das águas baixar, produtores rurais terão desafio adicional de lidar com camada de sedimentos depositados acima do solo

Baixar áudio

Os prejuízos causados pelas chuvas à agropecuária do Rio Grande do Sul — que chegam a R$ 2,3 bilhões, de acordo com a Confederação Nacional dos Municípios (CNM) — devem se estender pelas próximas safras. Especialistas ouvidos pelo Brasil 61 apontam que as enchentes não só tornaram algumas lavouras irrecuperáveis, como os sedimentos deixados após o nível das águas baixar podem afetar a fertilidade do solo gaúcho. 

Especialista em engenharia agrícola do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS), Fernando Meirelles afirma que algumas áreas foram completamente destruídas pela cheia. "Já temos perda de solo total, em que ficou simplesmente rocha. Onde era lavoura ficou só pedra. Não sabemos ainda a extensão, mas não vai ser pequena", avalia. 

Meirelles destaca que, nesses casos, não há o que fazer. Segundo o especialista, o segundo cenário— que parte dos produtores gaúchos terão que enfrentar quando as águas diminuírem —será o de lidar com a camada de sedimentos, como areia, argila e cascalho. 

"Foi uma cheia muito violenta e muito rápida. Nós vamos ter uma deposição totalmente irregular de sedimentos grosseiros que não trazem um impacto positivo na fertilidade", analisa.

Diretor de Pesquisa e Inovação da Embrapa, Clenio Pillon destaca que a entidade vai buscar quantificar e mapear, em parceria com a ​​Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), as áreas onde o solo foi total ou parcialmente removido.  

No entanto, ele afirma que algumas informações preliminares já permitem tirar uma fotografia do impacto. "Tem locais que sofreram remoção intensa de solo. Isso foi mais visível na Região Serrana, onde tem áreas com maior declividade, especialmente nas margens dos rios, que tiveram corredeiras bastante importantes e lavouras que foram atingidas tiveram perdas muito expressivas de solo". 

Segundo Pillon, nas regiões mais baixas, onde a água se movimenta com menor intensidade, pode haver o acúmulo de nutrientes que foram removidos das áreas mais altas, contribuindo para aumentar a fertilidade desses campos. Mas ele alerta que também há risco de contaminação. 

"Eventualmente também há risco de acúmulo de elemento contaminante, até porque essa água passou por vários locais, indústrias, removeu dejetos animais, humanos, eventualmente outros tipos de resíduos que possam causar algum tipo de preocupação."

RS: suspensão de dívida com a União será fundamental para que estado se reconstrua

Benefício de R$ 5,1 mil vai ajudar famílias gaúchas desalojadas e desabrigadas

Impacto nas principais produções agrícolas

O pesquisador lembra que o estado está entre os mais importantes do país na produção agropecuária, o que trará impactos negativos a nível nacional. 

"O Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de alimentos do Brasil. 14% da produção nacional está no RS. É o maior produtor de arroz e de trigo, o segundo maior produtor de soja, o terceiro maior produtor de suínos, o quarto maior de frango e de leite."

O relatório mais recente da safra 2023/2024 do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) aponta que, dos cerca de 900 mil hectares de arroz irrigado, 758 mil hectares haviam sido colhidos. 

Dos 142 mil hectares restantes, quase 23 mil hectares estavam totalmente perdidos. Outros 18 mil estavam parcialmente submersos pelas águas, restando ainda 101 mil não atingidos pelas enchentes. 

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), antes da tragédia, cerca de 17% do arroz ainda não estava colhido no estado. A entidade estima perda de 230 mil das 7,1 milhões de toneladas, em decorrência das fortes chuvas. "Metade do nosso arroz é produzido na bacia do Uruguai, que não sofreu tanto com a questão da cheia", pondera Meirelles. 

Além de ser o principal produtor de arroz, o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor de soja do país. Segundo a Conab, cerca de 35% da safra da oleaginosa ainda estava por colher. As perdas devem chegar a 700 mil toneladas do grão. 

Copiar textoCopiar o texto
19/05/2024 00:01h

O saldo entre contratações e demissões ficou positivo com 3.717 postos de trabalho

Baixar áudio

Pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) revela que, em março, das 4.722 cidades com movimentação no mercado de trabalho do agro, 2.497 tiveram aumento de postos de trabalho, enquanto 1.914 tiveram redução. Os destaques com as maiores expansões para o mês foram Morrinhos (GO), com 1.441; Paracatu (MG), com 1.425; e Venâncio Aires (RS), com 1.380. 

Em números absolutos, março de 2024 encerrou com 247.128 contratações e 243.411 desligamentos — um saldo positivo de 3.717 postos de trabalho. Na análise regional, o Sudeste gerou 19.905 vagas, puxado pelo desempenho da cadeia do açúcar e do alho. Na sequência está Centro-Oeste, com saldo positivo de 2.905 vagas; Norte, com 984; e Sul, com 891. Já a Região Nordeste ficou com saldo negativo, com menos 20.968 vagas em março, especialmente por conta dos desligamentos da cadeira do açúcar.

Para os responsáveis pela pesquisa da CNM, o desempenho em março foi abaixo do observado no mesmo período de março de 2023, quando o saldo positivo de vagas ficou em 15.115. O crescimento do emprego no agro em março de 2024 foi impulsionado pela produção de sementes certificadas e a continuidade das contratações relativas à indústria do fumo na Região Sul.

Confira o levantamento completo no link.

Agro eleva PIB de 2023, soja e milho lideram a produção mundial

IBGE prevê safra de 299,6 milhões de toneladas para 2024

Estado de emergência zoossanitária por gripe aviária foi prorrogado por mais 180 dias

Copiar textoCopiar o texto
16/05/2024 19:32h

Para o açúcar cristal, em São Paulo, o preço caiu 1,28% e o produto é vendido a R$ 137,84

Baixar áudio

Nesta sexta-feira (17), a saca de 60 quilos do café arábica custa R$ 1.124,07, na cidade de São Paulo, após queda de 0,05% no preço. Para o café robusta, houve elevação de 0,37% no preço e a mercadoria é negociada a R$ 949,26. Os valores se referem à saca de 60 quilos, preço líquido, à vista, para retirada nas imediações da região produtora de Colatina e São Gabriel da Palha, no Espírito Santo. 

Para o açúcar cristal, em São Paulo, o preço caiu 1,28% e o produto é vendido a R$ 137,84. No litoral paulista, o preço médio, sem impostos, da saca de 50 quilos teve queda de 3,81%, com a mercadoria negociada a R$ 132,70.

Já a saca de 60 kg do milho apresentou redução de 0,19% no preço e é negociada a R$ 58,85 para a região de referência de Campinas (SP).

Os valores são do Cepea.  


 

Copiar textoCopiar o texto
15/05/2024 00:07h

O fenômeno El Niño causou excesso de chuvas no Sul e a falta delas no Centro-Norte do Brasil, limitando a produção de leguminosas

Baixar áudio

A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2024 é estimada em 299,6 milhões de toneladas, aponta o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de abril, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso representa uma redução de 5,0% em comparação com o ano anterior. Em relação à estimativa de março, houve um leve aumento de 0,4%.

O gerente do levantamento, Carlos Barradas.destaca que a produção de soja, considerada a principal commodity do país, aumentou 0,9% em relação à estimativa de março, alcançando a marca de 148,3 milhões de toneladas. No entanto, esse número ainda representa uma queda de 2,4% em comparação com a produção total do ano passado.

“Para o milho, a previsão é de 115,8 milhões de toneladas, uma queda de 0,3% em comparação ao mês anterior — e uma redução de 11,7% em relação ao que produzimos em 2023. Problemas climáticos durante a safra de verão reduziram o potencial da safra brasileira de grãos de 2024, principalmente com relação às produções de soja e de milho”, informa Barradas.

El Niño

Segundo o levantamento, os efeitos do fenômeno climático El Niño, caracterizado pelo excesso de chuvas nos estados da Região Sul e pela escassez de chuvas regulares e altas temperaturas no Centro-Norte do Brasil, resultaram em uma limitação no potencial produtivo da leguminosa em muitas das unidades da federação produtoras.

O consultor de agronegócios João Crisóstomo, da BMJ Consultores Associados, ressalta que o El Niño foi um desafio na safra 2023/2024, provocando um atraso nas chuvas. “O fenômeno climático provocou um atraso nas chuvas — o que consequentemente atrasou a semeadura e a colheita, sobretudo no Centro-Oeste, que foi onde foi observado esse atraso nas chuvas no Mato Grosso”, explica.

Ele aponta que o El Niño também evidenciou problemas logísticos que acontecem no Brasil, como na infraestrutura com escoamento de produção.

“A armazenagem e escoamento, inclusive nos portos, tem um gargalo provocado pelas rodovias e ferrovias do país, e toda vez quando chega na época de colheita ele fica cada fica muito evidente. Mesmo em um ano como esse, em que provavelmente teremos uma produção menor em relação ao ano passado, vamos acabar observando como vai ser o gargalo na produção ”, ressalta.

Apesar dos desafios, o consultor de agronegócios destaca que esse é um setores mais importantes para economia brasileira — e contribui significativamente para o PIB brasileiro.

Produção regional

O IBGE mostra que a estimativa da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou variação anual positiva para duas regiões: a Sul (8,3%) e a Norte (7,6%). Houve variação anual negativa para as demais: a Centro-Oeste (-12,2%), a Sudeste (-10,5%) e a Nordeste (-3,1%).

Mato Grosso lidera como o maior produtor nacional de grãos, com participação de 28,0%, seguido pelo Paraná (13,4%), Rio Grande do Sul (13,3%), Goiás (10,6%), Mato Grosso do Sul (8,3%) e Minas Gerais (5,6%), que, somados, representaram 79,2% do total.

Outros grãos

O levantamento mostra que, para o arroz, a produção estimada foi de 10,5 milhões de toneladas — um crescimento de 2% em relação ao que foi produzido em 2023. Para o feijão, a previsão é de 3,3 milhões de toneladas — um aumento de 11% em relação ao que foi produzido no ano anterior.

Leia mais:

Abate de bovinos registrou um aumento no 1º trimestre de 2024; aponta IBGE

Desembolso do crédito rural chega a R$ 347,2 bilhões em 10 meses, aponta Mapa

Copiar textoCopiar o texto
13/05/2024 03:00h

Valor se refere à saca de 60 quilos do produto. Açúcar cristal, por sua vez, ficou mais barato

Baixar áudio

A saca de 60 quilos do café arábica subiu 0,86% na última sexta-feira e, por isso, o produto inicia a semana custando R$ 1.125,17, na cidade de São Paulo. O valor do café robusta também registrou alta, de 0,65%, no preço. A saca de 60 quilos, à vista, está custando R$ 940,27, para retirada nas imediações das regiões produtoras de Colatina e São Gabriel da Palha, no Espírito Santo. 

O preço do açúcar cristal, em São Paulo, caiu 0,42%, e o produto está cotado a R$ 138,80. Em Santos, no litoral paulista, o preço médio da saca de 50 quilos aumentou 0,75%, a R$ 134,82.

Já a saca de 60 quilos do milho inicia a semana em alta de 1,19% e, agora, é negociada a R$ 58,88, na região de referência de Campinas, estado de São Paulo. 

Os valores são do Cepea.
 

Copiar textoCopiar o texto
13/05/2024 03:00h

Preço da oleaginosa subiu 0,27% na última sexta-feira (10)

Baixar áudio

Após alta de 0,27% na última sexta-feira (10), a saca de 60 quilos da soja inicia a semana custando R$ 129,64, em diferentes regiões do interior do Paraná. 

Em Paranaguá, no litoral do estado, houve variação negativa de 0,16% no preço da oleaginosa. Por lá, a saca agora está cotada a R$ 133,86. 

Também no Paraná, o preço do trigo registrou alta de 2,01%, no último fechamento. A tonelada do cereal está cotada a R$ 1.372,39. Já no Rio Grande do Sul, o preço subiu 0,83%. A tonelada do produto agora custa R$ 1.253,57.  

Os valores são do Cepea.


 

Copiar textoCopiar o texto
13/05/2024 00:03h

O valor representa 80% do total planejado para a atual safra de todos os produtores, incluindo pequenos, médios e grandes

Baixar áudio

O montante do desembolso do crédito rural do Plano Safra 2023/24 atingiu a marca de R$ 347,2 bilhões durante um período de 10 meses, no período de julho de 2023 a abril de 2024. Isso representa um aumento de 15% em comparação com o mesmo período da safra anterior. As informações são do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Charles Dayler, engenheiro agrônomo, aponta que o valor deve beneficiar toda a cadeia do agronegócio, já que é destinado para custeio, investimento, manutenção e distribuição.

Os financiamentos destinados ao custeio receberam um total de R$ 191 bilhões em aplicação. Enquanto isso, as contratações das linhas de investimento totalizaram R$ 83 bilhões. As operações voltadas para comercialização registraram R$ 45 bilhões — e as destinadas à industrialização, R$ 27 bilhões.

“Esse recurso vai ajudar. Principalmente porque em relação ao ano passado, a gente teve problema de quebra de safra. Então vamos melhorar na produtividade, no escoamento. Isso tende a trazer Impacto positivo, não é no setor de agronegócio que tem um peso importantíssimo no PIB [Produto Interno Bruto]”, explica.

Durante os nove meses do ano agrícola, foram realizados 1.832.791 contratos, dos quais 1.375.988 foram no âmbito do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) e 164.271 no Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural).

El Niño

Dayler destaca que o valor de R$ 347,2 bilhões representa 80% do total planejado para a atual safra de todos os produtores, incluindo pequenos, médios e grandes, que é de R$ 435,8 bilhões.

“Ou seja, já tem recurso aplicado no campo. Então em termos financeiros o trabalho está sendo bem feito. Temos expectativa de ganhos, ainda mais porque esse ano a gente tende a ter um efeito mais tênue do El Niño, do que no ano passado. Em termos de produtividade, os números devem ser melhores”, aponta.

João Crisóstomo, consultor de agronegócios da BMJ Consultores Associados, ressalta que o El Niño foi um desafio nos últimos meses, na safra 2023/2024, provocando um atraso nas chuvas — e, consequentemente, na semeadura e colheita.

“Principalmente no Centro-Oeste, onde foi observado esse atraso nas chuvas no Mato Grosso. E os efeitos El Niño vão ter reverberações tanto na produtividade quanto na área plantada, principalmente da soja, que é a cultura mais representativa no Mato Grosso”, aponta.

Ele destaca que, apesar das dificuldades, o agronegócio tem um ciclo virtuoso de cerca de sete e oito anos, batendo recordes. Nesse contexto, alguns produtores rurais conseguiram se preparar para esse momento, mas existe uma parcela prejudicada com a adversidade climática, por isso é importante ter o apoio do governo.

Leia mais:

Setor agrícola está entre os que mais sofrem com as chuvas no RS

Com 31 novos mercados abertos para o agronegócio, Brasil amplia presença dos produtos no mercado mundial

Copiar textoCopiar o texto
12/05/2024 00:01h

Dados mostram que foram abatidas 9,24 milhões de cabeças de bovinos

Baixar áudio

No primeiro trimestre de 2024, o abate de bovinos registrou um aumento de 24,1%, revela pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base nos resultados preliminares das Estatísticas da Produção Pecuária. Em comparação com o último trimestre de 2023, o abate de bovinos cresceu 0,9%.

Os dados revelam que no primeiro trimestre deste ano foram abatidas 9,24 milhões de cabeças de bovinos.

O coordenador de pecuária da consultoria Safras & Mercado, Fernando Iglesias, avalia o cenário. “É natural o crescimento do abate, nós estamos em um ano que o descarte de fêmea segue muito presente dentro do mercado, então desta maneira, nós vamos ver a evolução do abate de bovinos a nível de Brasil.”

Além disso, a pesquisa mostra que houve uma queda de 1,3% e 1,8% nos abates de frangos e suínos, respectivamente. O abate de frangos alcançou 1,59 bilhão de cabeças, enquanto o de suínos atingiu 13,92 milhões.

Em relação ao 4º trimestre de 2023, o abate de frangos teve expansão de 4,0% e o de suínos caiu 1,6%.

Iglesias explica que a redução dos abate de frangos e suínos também é natural, pois foi visto um menor alojamento desses animais em novembro, com isso, o número de abate também diminui.

Charles Dayler, engenheiro agrônomo, destaca que novos mercados foram abertos, ou seja, o Brasil tem novos clientes para comprar carne bovina, suína, entre outros. 

“Na China, melhorou a aceitação. Alguns locais que não estavam podendo exportar voltaram a poder. Além disso, novos frigoríficos foram cadastrados e estão aptos a exportar. Então a gente aumentou o número de agentes brasileiros que têm autorização para exportar para China, que é o principal mercado”, explica.

Impactos na economia

O engenheiro pontua que o impacto para a economia brasileira é positivo, pois vai melhorar a oferta, logo, o mercado interno é beneficiado, com uma tendência de manutenção ou uma leve redução no preço da carne.

“Além disso, se você aumenta a exportação, melhora a balança comercial brasileira. Então você vai ter mais recurso estrangeiro vindo para o Brasil e isso vai levar a uma melhora do PIB agropecuário brasileiro”, completa.

Leia mais:

Com 31 novos mercados abertos para o agronegócio, Brasil amplia presença dos produtos no mercado mundial

Produtores rurais: nova linha de crédito do BNDES pode chegar a R$ 10 bilhões em 2024

Copiar textoCopiar o texto