Influenza

27/04/2024 00:02h

O Vírus Sincicial Respiratório (VSR) representa 57,8% dos casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratório

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O Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na quinta-feira (25), mostra o aumento de internações por infecções respiratórias em todo o país, principalmente em função do Vírus Sincicial Respiratório (VSR), da influenza A e do rinovírus.

Apesar de indicar uma redução ou estabilidade em níveis relativamente baixos dependendo da região do país, a Covid-19 continua sendo a principal causa de morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre os idosos.

O coordenador do Boletim Infogripe, Marcelo Gomes, destaca que entre as crianças de até dois anos, os casos de Covid-19 já são menos frequentes do que os causados pelo VSR. Esse vírus já responde por 57,8% do total de casos recentes de SRAG com identificação de vírus respiratório. 

“O Vírus Sincicial Respiratório interna principalmente crianças pequenas, embora também vemos em idosos um certo volume associado para internações por conta do VSR. Também observamos o risco de virar óbito em idoso, um fator importante”, aponta.

Prevenção

Gomes alerta para a relevância da vacinação, especialmente agora que a campanha contra a influenza A, o vírus da gripe, está em andamento.

Caroline Andrade, pediatra do Hospital Santa Helena de Brasília, da Rede D’Or, explica que a prevenção do VSR é semelhante às adotadas para evitar a Covid-19.

“Evitar lugares fechados e aglomerados, enviar crianças com sintomas gripais para escolas ou creches até resolução do quadro, evitar contato dessas crianças com adultos com síndrome gripal e a higienização correta das mãos e superfícies”, informa.

Aumento de SRAG

De acordo com o Boletim Infogripe, 23 estados apresentam crescimento de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na tendência de longo prazo.

Entre as capitais, 21 mostram indícios de aumento da síndrome, sendo elas:

  • Aracaju (SE)
  • Belém (PA)
  • Belo Horizonte (MG)
  • Plano piloto e arredores de Brasília (DF)
  • Campo Grande (MS)
  • Curitiba (PR)
  • Florianópolis (SC)
  • Fortaleza (CE)
  • Goiânia (GO)
  • João Pessoa (PB)
  • Macapá (AP)
  • Maceió (AL)
  • Manaus (AM)
  • Natal (RN)
  • Porto Alegre (RS)
  • Porto Velho (RO)
  • Recife (PE)
  • Rio Branco (AC)
  • Rio de Janeiro (RJ)
  • Salvador (BA)
  • São Paulo (SP)

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25/02/2024 00:01h

Segundo especialistas, as três doenças são causadas por vírus, mas a maneira como são contraídas e a forma como devem ser tratadas se distinguem

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O Brasil ultrapassou 762 mil casos de dengue neste ano. Também foram registradas 150 mortes pela doença — e 523 mortes estão em investigação, segundo dados do Ministério da Saúde. Em meio à epidemia de dengue que avança no país, o número de casos de Covid-19 também cresce. Somente na última semana foram notificados 45.177 novos casos da infecção.

Tanto a dengue, como a Covid-19 e a gripe são doenças são causadas por vírus. Mas, ao contrário da Covid e da gripe, a dengue precisa do vetor — o mosquito Aedes aegypti — para que a transmissão da doença ocorra. Os sintomas das infecções são praticamente os mesmos, mas a evolução de cada uma é diferente, como explica o médico infectologista Fernando Chagas.

“Os sintomas nos direcionam muito para o diagnóstico. Por exemplo, num cenário onde a dengue está circulando, pessoas com febre que apresentem dor no corpo, dor de cabeça, dor ao redor dos olhos, dor articular até que se prove o contrário — a gente considera de fato que seja dengue. A dengue não costuma pegar o sistema respiratório, então você não vai ver uma pessoa com dengue, com coriza, com dor de garganta, com tosse e acometimento pulmonar. Pode acontecer, mas é uma situação extremamente rara”, explica.

Conforme o infectologista, é mais difícil diferenciar a gripe da Covid-19. “A gripe e a Covid elas se confundem muito nos seus sinais e sintomas. Então, sempre que você tiver sinais e sintomas gripais: coriza, febre, tosse, dor de garganta, dificuldade de respirar, é importante avaliar com o médico a possibilidade dessas duas doenças. Então a gente considera também o contexto desse  vírus que está circulando”, diz.

No entanto, o especialista destaca que é importante realizar exames para confirmar o diagnóstico. 

“Nos três primeiros dias da dengue, até o quinto a gente pode fazer um exame chamado NS-1. É um teste rápido que tem em vários serviços de saúde. Positivando a probabilidade de ser dengue já é fechado. No caso das doenças respiratórias, a gripe e a Covid-19, o diagnóstico é até mais fácil do que a dengue. Porque todos eles existem testes bem mais rápidos. Por exemplo, a Covid faz aquele teste com cotonete no nariz e sai imediatamente o diagnóstico. No caso da gripe, também tem esse teste”, ressalta.

Como se prevenir contra a gripe e Covid-19?

Tanto a gripe como a Covi-19 são transmitidas por via superior aérea e ocorre de uma pessoa doente para outra por gotículas de secreções respiratórias, como tosse e espirro. Além da vacinação, Chagas destaca as outras medidas de prevenção contra as infecções:

“Qualquer pessoa com sintoma tem que usar máscara para não passar para que não tem sintoma, para quem não está com o vírus. E também a higienização das mãos. A higienização das mãos é fundamental porque muitas vezes a transmissão vem das mãos da gente mesmo. A gente tocou no ambiente contaminado, em secreção de alguém que estava com a doença e no ato de coçar os olhos, passar o dedo no nariz e na boca, a gente joga o vírus para dentro do corpo”, explica.

Como se prevenir contra a dengue?

A principal forma de prevenção contra a dengue é evitar a procriação do mosquito Aedes aegypti. O infectologista destaca que quase 80% dos casos de dengue são provocados por mosquitos no próprio ambiente domiciliar.

“A gente precisa lembrar que os mosquitos têm um período de desenvolvimento de média 7 a 10 dias. Então, se você limpa a sua casa e o terreno ao redor da sua casa uma vez por semana, você diminui muito as chances do desenvolvimento do mosquito. Lembra também dos ralos. É importante que eles fiquem tampados. Uma grande estratégia é o uso de repelentes, especialmente repelentes que possuem uma substância chamada icaridina. Não precisa passar o dia todo de repelente, basta utilizar no finalzinho da tarde porque é o período onde o mosquito sai para tomar o sangue”, diz.

Chagas ainda destaca que a vacinação é outra importante estratégia de prevenção contra a dengue. 

“A vacina que está sendo aplicada nos adolescentes de 10 a 14 anos em todo o país é uma excelente estratégia. Não é nem intramuscular, então a pessoa não pode nem dizer que tem medo por conta da dor. É uma vacina intradérmica, parece aquela picadinha da insulina. É uma vacina maravilhosa, tem uma proteção de mais de 95%. Pena que tem muito pouco, mas é importante que os adolescentes sejam vacinados, porque a gente já tira uma importante população muito acometida pela doença do alvo”, adverte.

Vacinação contra a dengue

A vacinação contra a dengue já iniciou em pelo menos 11 estados selecionados pelo Ministério da Saúde. Nesta semana, a vacinação foi iniciada em diversos municípios do estado de São Paulo, além de Manaus (AM), João Pessoa (PB), Natal (RN) e no Rio de Janeiro (RJ).

A imunização também já havia começado no dia 9 de fevereiro no Distrito Federal e em Goiás, duas das unidades da federação com maiores índices de casos. Também as capitais Campo Grande (MS), Salvador (BA), São Luís (MA) e Rio Branco (AC) já começaram a vacinar.
Na última quinta-feira (22), as primeiras remessas das vacinas chegaram aos estados de Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná e Roraima.
 

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19/12/2023 00:11h

Segundo o Ministério da Saúde, foram distribuídas 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas

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A vacinação contra a gripe nos estados da região Norte será estendida até 29 de fevereiro de 2024. Até outubro deste ano, o Brasil registrou 11.749 casos de influenza e 1.117 mortes, sendo que a região Norte  apresentou 631 casos e 88 mortes relacionadas à doença. As informações são do Ministério da Saúde.

A prorrogação da vacina visa enfrentar o “inverno amazônico”, período com maior circulação viral e de transmissão da gripe na região Norte, reduzindo complicações, internações e mortalidade decorrentes das infecções pelos vírus da influenza na região.

Conforme o Ministério da Saúde, para a campanha foram distribuídas 7 milhões de doses da vacina influenza trivalente e a estimativa é que 6,6 milhões de pessoas sejam imunizadas. Até o momento, foram aplicadas 717 mil doses nos sete estados da região Norte.

Segundo a pasta, é “importante” retomar as altas coberturas vacinais, que diminuíram ao longo dos anos. Em 2020, a cobertura vacinal foi de 95%, enquanto em 2021 e 2022, foram de 72% e 68%. Em contrapartida, o número de casos de Influenza registrou aumento entre esses anos, com 7,2 mil afetados em 2021 para mais de 12 mil no ano passado.

Mais de 80 milhões de brasileiros fazem parte do grupo prioritário e devem procurar os serviços de saúde para receber a vacina, de acordo com a pasta. Dentre os grupos prioritários que podem se vacinar estão:

  • Crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
  • Crianças indígenas de 6 meses a menores de 9 anos;
  • Trabalhadores da Saúde;
  • Gestantes;
  • Puérperas;
  • Professores dos ensinos básico e superior;
  • Povos indígenas;
  • Idosos com 60 anos ou mais;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e de salvamento;
  • Profissionais das Forças Armadas;
  • Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais (independentemente da idade);
  • Pessoas com deficiência permanente;
  • Caminhoneiros;
  • Trabalhadores do transporte rodoviário coletivo (urbano e de longo curso);
  • Trabalhadores portuários
  • Funcionários do sistema de privação de liberdade;
  •  População privada de liberdade, além de adolescentes e jovens sob medidas socioeducativas (entre 12 e 21 anos).

A vacina utilizada é trivalente, ou seja, apresenta três tipos de cepas de vírus em combinação: Influenza A (H1N1), Influenza A (H3N2) e Influenza B. A vacina também ajuda a proteger aqueles que são mais vulneráveis às doenças graves, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por influenza.

A fabricação da vacina envolve o uso de vírus inativados, fragmentados e purificados — o que significa que a vacina não tem a capacidade de induzir o desenvolvimento da doença.

Influenza

De acordo com o Ministério da Saúde, a gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus da influenza, com grande potencial de transmissão. O vírus influenza A e B são responsáveis por epidemias sazonais, sendo o vírus influenza A responsável pelas grandes pandemias.

Dentre os principais sintomas da influenza estão: dor no corpo, febre, coriza, tosse, podendo evoluir com sinusite até pneumonia. A intensidade e variação dos sintomas podem depender do quadro clínico e da imunidade de cada pessoa.

Já a transmissão ocorre por via respiratória, por gotícula, ou seja, pelo contato perto de pessoas doentes, tossindo, espirrando ou por secreções. O médico infectologista Werciley Júnior alerta sobre a importância da vacinação contra a gripe.

“A vacinação sempre tem que ser incentivada nesse sentido, para aumentar a adesão das pessoas. A gente sabe que tem que aumentar principalmente a população de risco: crianças menores que 5 anos, imunocomprometidos, pessoas que já têm baixa imunidade e pessoas idosas. Essa é uma população que tem que receber vacina. Então, a única maneira de prevenir, além da vacinação habitual, seria de as pessoas fazer higiene. Quem estiver gripado, evitar frequentar aglomerações, fazer higiene de mãos e proteção também”, diz.

O infectologista ressalta ainda que a população deve ficar atenta aos primeiros sinais da infecção para tomar as providências.

“A população também tem que ficar alerta aos primeiros indícios de sintomas para que possa usar a medicação chamada Oseltamivir, que pode fazer o bloqueio também dos quadros graves - Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e casos de Síndrome Gripal (SG)”, explica.

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10/11/2023 04:45h

Com o surgimento de novos focos, ministro Carlos Fávaro assina decreto para evitar que doença se espalhe

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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) prorrogou por mais 180 dias o estado de emergência no país por causa da influenza aviária — detectada em aves silvestres, de subsistência e mamíferos aquáticos. A medida, por meio da Portaria nº 624, permite que o governo trabalhe de forma rápida para evitar que o vírus se espalhe. 

Até o momento, o Brasil tem 143 focos da doença e 17 investigações em andamento. Não foi detectado nenhum registro de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em animais de produção, o que significa que não há impacto na comercialização e no consumo.

No território nacional, o primeiro caso foi detectado em uma ave silvestre, no dia 15 de maio de 2023. A maioria dos focos está no Sul e Sudeste do país. Lideram a lista as cidades de Vila Velha (ES), com sete casos; Itanhaém (SP), Santos (SP) e São João da Barra (RJ), com seis registros cada; e São Sebastião (SP), com cinco.

No início de outubro, 50 mamíferos marinhos foram encontrados mortos em uma praia no município de Santa Vitória do Palmar, no Rio Grande do Sul, infectados pelo vírus. 

A veterinária Dandara Franco explica que a doença afeta principalmente aves domésticas e silvestres. “É um vírus de ampla distribuição em diversos locais do mundo e, ocasionalmente, afeta os mamíferos. As aves migratórias são hospedeiras naturais e por isso é importante a monitoração desses animais”, afirma. 

Decreto

A emergência zoossanitária no Brasil já havia sido decretada pelo Mapa, em 22 de maio deste ano, pouco depois do registro do primeiro caso, para evitar que a doença chegue à produção de aves comerciais, além de preservar a saúde humana e a fauna. 

O professor de medicina veterinária da Universidade de Brasília (UnB) Cristiano Barros de Melo diz que o cenário não piorou desde o primeiro decreto, mas como os casos continuam surgindo houve a prorrogação. “Quando há uma doença infecciosa dessa natureza, considerada transnacional, que a gente sabe quando começa mas não quando termina, há a necessidade de prorrogar esse quadro de emergência zoossanitária”, avalia. 

Com o decreto em vigência, o governo pode mobilizar verbas da União e fazer articulação com outros ministérios, organizações governamentais nas instâncias federal, estadual e municipal para evitar a disseminação da doença pelo país. 

A recomendação do Ministério da Agricultura para a população também continua. Em caso de encontrar aves e mamíferos marinhos doentes ou mortos é preciso acionar os órgãos responsáveis do município ou o serviço veterinário mais próximo.
 

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11/10/2023 20:45h

Os estados que mostraram crescimento nas hospitalizações por Covid-19 e necessitam de vigilância reforçada são: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal

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O número de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associados à Covid-19 subiu nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul do Brasil. Os estados que mostraram crescimento nas hospitalizações por Covid-19 e necessitam de vigilância reforçada são: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo — e ainda o  Distrito Federal. Os dados foram divulgados pelo Boletim InfoGripe desta quarta-feira (11).

Em relação aos casos gerais de SRAG no Brasil, observou-se uma tendência crescente nas últimas seis semanas e estabilidade nas últimas três. Enquanto isso, para os vírus influenza A e Vírus Sincicial Respiratório (VSR) a situação é de estabilidade ou declínio na maioria dos estados. A situação do rinovírus também indica uma diminuição na maior parte do território nacional.

Os estados que apresentaram sinal de crescimento de SRAG na tendência de longo prazo foram: 

  • Acre;
  • Goiás;
  • Pernambuco;
  • Rio de Janeiro;
  • Rio Grande do Sul;
  • Sergipe e São Paulo;
  • Em Pernambuco (crescimento se concentra em crianças).

No Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo nota-se uma prevalência em casos de Covid-19 na população adulta. Assim como no Distrito Federal, há um crescimento nas ocorrências tanto em adultos quanto em idosos.

O infectologista Julival Ribeiro orienta que as pessoas idosas em grupo de risco devem, usar máscara, fazer higienização das mãos, sobretudo ao se dirigir para locais fechados, sem ventilação e com aglomeração.

“A essas pessoas, que são o maior grupo de risco, além de manter a sua vacinação em dia, eu recomendo o uso de máscara e não esquecer, também, de fazer a higienização das suas mãos”, explica. 

De acordo com o boletim, nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, como  no Distrito Federal, a elevação nos casos de Covid-19 é notável, principalmente entre adultos e idosos. Goiás também mostra um aumento nos diagnósticos positivos em pessoas acima dos 65 anos. Enquanto isso, no Amazonas, Acre e Sergipe, o aumento anteriormente percebido parece ter sido uma oscilação.

Ribeiro enfatiza a importância de que pessoas com síndrome gripal, que tenham tosse, febre e dor de cabeça, procurarem por uma unidade de saúde para ver se está com a covid-19 ou mesmo influenza ou outros vírus respiratórios.

“Porque a pessoa pode desenvolver a Síndrome Respiratória Aguda Grave, ou seja, aí já há acometimento do sistema respiratório inferior, a pessoa começa a ter tosse mais contusa, mais dispneia e ela pode estar realmente em quadro de síndrome respiratória aguda grave”, avalia.

Situação nas capitais

Nas capitais Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, a tendência de crescimento é mais evidente entre os mais idosos, porém o Rio de Janeiro já sinaliza uma possível diminuição nessa alta. Em contraste, Aracaju tem um aumento notório em crianças e pré-adolescentes. Tanto Curitiba quanto Goiânia demonstram padrões que sugerem flutuações nos registros.

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24/07/2023 00:03h

Em maio, o Mapa já havia declarado estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por meio de portaria publicada no Diário Oficial da União

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Diante do surgimento de novos casos de gripe aviária no país, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) orientou os estados a declararem emergência zoossanitária. Os primeiros casos da doença ocorreram no Espírito Santo, na cidade de Serra, e em Santa Catarina, numa pequena propriedade no município de Maracajá.

Na última quinta-feira (20), o ministro Carlos Fávaro orientou os governos estaduais a declararem emergência zoossanitária e reforçarem as ações de contenção para evitar o avanço da doença, principalmente em aves comerciais. Em maio deste ano, o Mapa já havia declarado estado de emergência zoossanitária em todo o território nacional por meio de uma portaria publicada no Diário Oficial da União.

O veterinário Lucas Edel afirma que a declaração de emergência não só evita a proliferação da doença, mas também serve como apoio do governo aos produtores, entre outros objetivos.

“A ideia de declarar essa emergência é aumentar a sensibilidade sobre essa doença e, consequentemente, também aumentar a vigilância para reduzir o risco de transmissão e dispersão desse vírus para outros locais”, afirmou.

Segundo o ministério, para efetivar o combate à gripe aviária, é necessário que os estados também adotem medidas semelhantes, reforçando o alerta mesmo em localidades onde não há registros da doença, como o atendimento a todas as suspeitas de influenza aviária e realização de testes laboratoriais (veja lista abaixo).

GRIPE AVÍÁRIA: Medidas recomendadas pelo MAPA:

  • Vigilância passiva com o atendimento a todas as suspeitas de influenza aviária e realização de testes laboratoriais;
  • Vigilância ativa para influenza aviária realizada em sítios de aves migratórias, plantéis avícolas comerciais e de subsistência; 
  • Controle de trânsito interno e controle de médicos veterinários habilitados à emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA); 
  • Atualização contínua de cadastro de estabelecimento avícola; 
  • Controle dos produtos biológicos registrados, que são submetidos a testes de pureza e inocuidade; e 
  • Capacitação do quadro técnico do Serviço de Verificação de óbito (SVO).  

Além de afetar a saúde dos animais, causando espirros, secreções nasais e problemas respiratórios, a gripe aviária também é prejudicial aos seres humanos, como explica Lucas Edel.

“A gripe aviária ou influenza, que é a mesma coisa, é um vírus que tem predileção por afetar o trato respiratório dos animais e dos seres humanos. Então, é um vírus que atua principalmente no trato respiratório inferior, incluindo os pulmões, e também no trato respiratório superior, nas cavidades nasais”, concluiu.

Com o surgimento do primeiro caso da doença em Santa Catarina, o Japão suspendeu a compra de aves vivas e de carne de aves produzidas no estado. Santa Catarina é o segundo maior exportador de frango do país e, somente no primeiro semestre, comercializou 545,5 mil toneladas para fora do Brasil. O Japão foi o destino de 219,8 mil toneladas, um aumento de 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

O produtor rural deve estar atento aos sinais da doença em suas aves. Dentre os indícios de infecção pelo vírus estão morte súbita, depressão severa, apatia, diminuição ou ausência de consumo de ração e falta de coordenação motora.

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03/07/2023 20:50h

Até o momento, o Paraná apresenta até o momento cinco focos da doença, todos em aves silvestres no Litoral do Estado.

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Foram confirmados dois novos casos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Pontal do Paraná. Os casos foram identificados em uma ave da espécie Trinta-réis-de-bando (Thalasseus maximus) e em uma Gaivota-maria-velha (Chroicocephalus maculipennis).

Até o momento, o Paraná já registrou o total de cinco focos da doença, todos em aves silvestres na região litorânea do estado. A Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) informa que as medidas de vigilância nas propriedades próximas aos focos estão em andamento.

Nas últimas semanas, um caso já de IAAP já havia sido identificado em uma ave da espécie Trinta-Réis-Real (Thalasseus maximus) no município de Pontal do Paraná. Além disso, outros dois casos, também em aves da mesma espécie, foram registrados em Antonina e Paranaguá.

As amostras coletadas são enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) como referência internacional no diagnóstico da Influenza Aviária.

Mesmo com os novos focos da doença, é importante ressaltar que a infecção pelo vírus em aves silvestres não altera o status sanitário do Paraná e do Brasil como áreas livres de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP). Por isso, não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas, e o consumo de carne e ovos não representa risco, pois a doença não é transmitida por meio do consumo.

A Adapar realiza o atendimento de 100% das notificações de suspeita. Quando há um caso provável, são coletadas amostras para diagnóstico laboratorial, isolamento dos animais, interdição da propriedade epidemiológica, verificação do trânsito e investigação de possíveis vínculos.

Recentemente, a Agência capacitou e treinou profissionais em todas as Unidades Regionais do Estado, contando com médicos veterinários dedicados e com elevada capacidade técnica na área de saúde animal.

O secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara afirma que o estado tem trabalhado arduamente para combater a proliferação da doença no Paraná. 

“Nós estamos desde dezembro trabalhando arduamente em medidas protetivas de vigilância e de verificação de todo o ambiente de produção, reforçando agora mais, tendo em vista a ocorrência em aves silvestres a necessidade de cada avicultor, de cada produtor de ovos, de cada produtor de frango de tomar todas as medidas que inibam o ingresso no ambiente de produção”, afirmou Ortigara.

Na semana passada, a Adapar emitiu uma portaria suspendendo temporariamente a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) para aves do Litoral com destino a outras regiões.

Influenza Aviária: 

A Influenza Aviária (IA) é uma doença viral altamente contagiosa que afeta aves domésticas e silvestres, podendo causar sérias consequências para a saúde animal, a economia e o meio ambiente.
A forma de alta patogenicidade da Influenza Aviária é caracterizada principalmente pela alta taxa de mortalidade das aves, podendo estar acompanhada de sinais clínicos neurológicos, digestivos e/ou respiratórios, como dificuldade de locomoção, torcicolo, dificuldade respiratória e diarréia.

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27/06/2023 20:10h

A detecção de um caso de Influenza Aviária (H5N1) de Alta Patogenicidade (IAAP) em ave silvestre foi confirmada no município de Antonina, no litoral do Paraná

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No Paraná foi detectado um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1) em uma ave silvestre em Antonina, foi o que informou a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar). Este é o primeiro caso registrado no estado. 

A infecção em aves silvestres não afeta o status sanitário do Paraná e do Brasil como livres da doença. Não há impacto no comércio internacional de produtos avícolas e não há risco para o consumo de carne e ovos. 

O diagnóstico foi confirmado na última sexta-feira (23). O vírus foi identificado em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real (Thalesseus maximus). As amostras foram processadas no Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA/SP), reconhecido como referência internacional em diagnóstico de Influenza Aviária pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O infectologista Leonardo Weissman afirma que é preciso monitorar os casos da doença no país. 

“É preciso que vocês fiquem alerta para novos casos no nosso país. Monitorando, intensificando os casos suspeitos. Com isso evita-se a disseminação do vírus da gripe aviária, que é o influenza H5N1, um vírus que tem alta transmissão e alta letalidade tanto em aves quanto em humanos”, afirmou. 

Foram intensificadas as ações de vigilância em populações de aves domésticas e silvestres em todo o estado, especialmente nas regiões relacionadas a esse evento. Dependendo do progresso das investigações e do cenário epidemiológico, a Adapar poderá adotar novas medidas para evitar a disseminação da doença e proteger a avicultura no Paraná.

Não existem propriedades comerciais de produção avícola num raio de 10 quilômetros do foco identificado em Antonina. O litoral do Paraná não possui uma produção avícola comercial expressiva e está distante de áreas com produção intensiva. Outras investigações envolvendo aves silvestres estão em andamento no estado do Paraná.

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23/06/2023 19:15h

Cerca de 422 mortes por gripe foram registradas em Goiás

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O número de mortes por influenza no estado de Goiás chegou a 422. Ao todo, foram cerca de 262 idosos e 58 crianças de até 9 anos vítimas do vírus, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). 

Mesmo com o fim da pandemia e com o avanço da vacinação, a Influenza ainda é responsável pelo grande número de mortes em Goiás, chegando a 11,14%. As cidades que mais registraram mortes por síndrome respiratória aguda grave (Srag) foram Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia, Trindade e Jataí. 

A Gerente de Imunização da Secretaria de Saúde do estado de Goiás, Joyce Dorneles ressaltou que em Goiás a vacinação contra a gripe influenza está liberada para toda população, além do grupo prioritário, 

 “A Secretaria de Estado da Saúde desde o dia 4  de abril autorizou o início da campanha de vacinação no estado de Goiás. Estava previsto no dia 10 de abril pelo Ministério da Saúde mas tendo em vista o número de casos e óbitos analisado pela área, observou esse aumento e com isso foi autorizado pela Secretaria Estadual iniciar a campanha”, ressaltou a gerente. 

Casos registrados

Em Goiás, foram registrados 4,757 casos de Síndrome respiratória aguda grave (Srag). Desse total, 51,94% são homens e 48,06% são mulheres. 
 

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22/06/2023 18:45h

Atualmente, o estado conta com 219 unidades pediátricas e 111 neonatais que estão sendo utilizadas na capacidade máxima

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Entre os meses de maio e julho, Pernambuco vivencia o período de sazonalidade para casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) causada por vírus respiratórios como Covid-19 e Influenza. Durante 2023, foram registrados mais de 2 mil casos de Srag entre menores de 10 anos e mais de 30 mortes foram confirmadas. 

Diante deste cenário, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) decretou situação de emergência devido a superlotação das Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A princípio a medida irá durar por 90 dias, porém pode ser prorrogada caso seja necessário. O decreto foi publicado na edição extra do Diário Oficial, na última terça-feira (20), e entrou em vigor no momento de sua publicação.

A pediatra Natália Bastos aconselha que durante esse período de grande circulação de vírus respiratórios, as pessoas evitem levar crianças a locais fechados e com aglomerações e também evitem a circulação das crianças em escolas e creches quando apresentarem sintomas de gripe.

“Há orientação de evitar a automedicação, se a criança tem asma, tem bronquite a procurar o seu médico de referência. Se está tendo febre por mais de 48h/72, procure o hospital e se você tem acesso a um oxímetro, saturações abaixo de 92, está com a frequência respiratória elevada, já são indicativos de  que ela pode estar evoluindo com a síndrome respiratória”, orienta.

A SES-PE reforça que desde março deste ano, o estado fez uma ampliação de quase 100 leitos de terapia intensiva na rede estadual. Atualmente, Pernambuco conta com 219 unidades pediátricas e 111 neonatais que estão sendo utilizadas na capacidade máxima.

A secretária de saúde de Pernambuco, Zilda Cavalcanti, orienta para que pais e responsáveis fiquem atentos aos sintomas que as crianças estejam apresentando. “Para as mães que estão com os filhos gripados que, no caso de sinais de alerta como febre persistente, a criança que tem desconforto respiratório, que está muito molinha ou chorando muito, que procurem as emergências o mais precoce possível”, recomenda

A SES-PE reforça para a população a importância da vacinação contra os vírus do Covid-19 e Influenza — e ressalta que a campanha nacional de Influenza foi prorrogada até o dia 30 de junho. 

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