Foto: James Gathany
Foto: James Gathany

TOCANTINS: Enfermeira dá conselhos de como se prevenir contra malária

Nos últimos anos, Tocantins tem sido exemplo no combate à malária na Região Amazônica. Em 2018, a redução foi de 66,2%

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Tocantins notificou três casos de malária, entre janeiro e março deste ano, segundo levantamento do Ministério da Saúde, divulgado na última quinta-feira, 25 de abril, Dia Mundial da Malária. É o estado, entre os nove integrantes da chamada região Amazônica – que concentra mais de 99% dos casos de doença –, com o menor número de notificações, em 2019.

Segundo a enfermeira da Secretaria de Vigilância Epidemiológica de Tocantins, DenizeKhirlley, os dados foram atualizados, no fim da última semana: o número de casos subiu para cinco – dois em Araguaína; um em Xambioá; e os dois últimos casos, em Araguatins. Em 2018, no mesmo período de janeiro a março, foram diagnosticadas 12 pessoas no estado.

Nos últimos anos, Tocantins tem sido exemplo no combate à malária na Região Amazônica. Em 2018, a redução foi de 66,2% no número de casos em comparação com 2017. Já neste ano, foram registrados nos dois primeiros meses, três casos importados, notificados na Região Médio Norte Araguaia, citada acima com os casos importados de Araguaína, com dois diagnósticos; e Xambioá com um. Em relação ao mesmo período de 2018, o estado apresenta uma redução de 80% em número de casos.

Para continuar com a redução, Denize explica as medidas preventivas para evitar o aumento de casos da doença no estado.

“A pessoa pode usar mosquiteiros, roupas compridas para proteger pernas e braços, repelentes. Instalar nas casas telas para proteção. Evitar exposição ao entardecer e o ao amanhecer – horários em que a densidade do mosquito é mais ativa. Apresentado alguns sintomas [febre alta, calafrio, dor de cabeça, náusea, vômitos], a pessoa deve buscar a Unidade Básica de Saúde, porque o tratamento em tempo oportuno é a principal medida de prevenção para essa doença.”


 
Em 2017, a designer de sobrancelha, Aline Borges da Silva, viajou de Marabá, no Pará, com rumo à Araguatins, para voltar a morar com a família, e pegou a malária. Aline se curou, mas teve de fazer seis meses de tratamento, período em que chegou a receber um agente de saúde em casa para dar a medicação. Atualmente, já experiente com o tratamento, ela relembra os sintomas e reforça as prevenções contra a malária.
 
“Os sintomas eram dor de cabeça, náusea, vômito, febre muito alta, dor no corpo, bastante dor nas costas. A gente precisa usar repelente. Fui aconselhada a colocar telinhas nas janelas abertas. A minha casa é bem fechada, não tem muitas janelas, é forrada.”
 
Vale dizer que a doença ocorre por meio de uma fêmea infectada do mosquito chamado Anopheles – popularmente conhecido como mosquito carapanã.A malária é uma doença infecciosa febril aguda, mas não é contagiosa. Caso você sentir febres altas, calafrios, sudorese, tremores e dores de cabeça, procure a Unidade Básica de Saúde mais próxima.
Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce e o tratamento oferecido são fundamentais para a cura desta doença que pode matar. Para mais informações, acesse saude.gov.br/malaria. Ministério da Saúde, Governo Federal. Pátria Amada Brasil.
 

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