Ministério da Saúde
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Tipo 2 da dengue já representa 95% dos casos da doença em Minas Gerais

Em janeiro deste ano, em Minas Gerais, foram registrados quase 7 mil casos prováveis de dengue

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As autoridades de saúde estão preocupadas com a circulação do tipo 2 da dengue neste ano em Minas Gerais. Assim como em outros estados, essa variedade do vírus voltou a circular com força no ano passado, causando aumento no número de casos. Em Minas Gerais, 95% dos casos de dengue que tiveram o sorotipo identificado eram do tipo 2.

O receio das autoridades é que esse padrão se repita neste ano. Em janeiro deste ano, foram registrados quase 7 mil casos prováveis de dengue. E o número não para de crescer: neste ano, têm sido registrados mais de dois mil novos casos por semana. E todos os testes para descobrir o tipo da doença apontaram dengue tipo 2.

O coordenador-geral de Vigilância em Arbovirose do Ministério da Saúde, Rodrigo Said, explica que o maior risco oferecido pelo tipo 2 da dengue é porque o vírus passou anos sem circular no Brasil.

“Quando ocorre alteração do padrão de circulação desses sorotipos, você tem a possibilidade da ocorrência de um aumento significativo de casos. De 2010 até 2016, a circulação mais importante foi pelo sorotipo 1 e sorotipo 4. Em 2018, houve alteração de circulação para o sorotipo 2.”

Além da dengue, também foram registrados em janeiro 131 casos de chikungunya e 52 de Zika, doenças que também são transmitidas pelo Aedes aegypti. No começo do ano, o Ministério da Saúde divulgou que 11 estados do Brasil corriam risco de passar por um surto de dengue em 2020. Minas Gerais não estava incluído, mas os recentes temporais que castigaram as cidades mineiras mudaram o cenário para o estado. Carolina Dourado Amaral é coordenadora estadual de doenças transmissíveis pelo Aedes. Ela alerta que o nível elevado de chuvas no estado precisa inspirar um maior nível de cuidado dos moradores.

“A população deve se atentar, principalmente, neste período de chuva, do qual temos tido um aumento significativo em janeiro de 2020. A população deve se atentar aos possíveis focos de Aedes aegypti dentro dos domicílios e, também, na sua comunidade, no bairro, como um todo.”

Com as chuvas, o cuidado deve ser redobrado: não se deve jogar lixo no chão nem deixar os sacos de lixo em locais onde eles possam ser levados pela correnteza. Além de se tornar possíveis criadouros do mosquito da dengue, o lixo entope os bueiros e dificulta o escoamento da água.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes.
 

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