Créditos: Wenderson Araujo -CNA
Créditos: Wenderson Araujo -CNA

Preço do milho brasileiro retoma ritmo aquecido com exportações em alta

Outro destaque desta edição é a diminuição do faturamento líquido interno da soja

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

Eu sou o Raphael Costa e, a partir de agora, você fica por dentro dos principais assuntos do agronegócio no Boletim Agro.

O clima é o melhor possível para os produtores de milho. Com condições favoráveis para a produção do cereal e a quebra na produção nos Estados Unidos, os preços do produto brasileiro voltaram a subir em um cenário em que as exportações seguem aquecidas.

Quem vai nos dar mais detalhes sobre esse momento da situação comercial do milho, e comentar outros assuntos, é a jornalista Carla Mendes, do Notícias Agrícolas. Bem-vinda, Carla.

“Se nós falamos de clima é tudo muito bom para o produtor brasileiro, enquanto para o produtor americano a situação é muito ruim. Com uma condição de clima extremamente adversa por lá e uma perspectiva de perda de até 50 milhões de toneladas. Nós vemos isso dando suporte para os nossos preços aqui no Brasil. Sinalizações de uma demanda maior pelo milho brasileiro, motivando portanto, uma alta dos preços aqui no nosso mercado. O que ainda limita as cotações é a nossa safra que deve ser recorde nessa temporada. Entre a safra de verão e essa segunda safra, nós devemos ter ali, quase 100 milhões de toneladas, e isso mantém os compradores mais retraídos esperando pagar um pouco menos pelo milho daqui para frente. Nessas últimas semanas, nós temos visto o preço do cereal subirem de forma significativa, diante de exportações muito fortes e as altas foram observadas tanto no porto de Paranaguá, quanto no porto de Santos. Se falarmos sobre uma das principais sobre uma das principais referências para o mercado do milho, que é o indicador CEPEA, nós teremos R$38,30. Somente na última sexta-feira, subiu 2,7%.”

Falando sobre outro importante produto brasileiro, desta vez, a soja. A diferença entre os preços apresentados pelos vendedores e os solicitados pelos compradores é significativa nesse momento, o que tem dificultado a liquidez aqui no Brasil com as negociações do produto.

De quanto é essa diferença e o que está causando isso, Carla?

“O que isso quer dizer essencialmente? Que o produtor, diante dessa incerteza sobre essa safra americana, tendo em vista que vai haver uma quebra por lá, diante de uma demanda muito forte pela soja brasileira, já embarcamos no acumulado de 2019 mais do que tínhamos embarcado no mesmo período do ano passado. Com isso o vendedor espera obter preços melhores, se retrai. Enquanto isso, os compradores tentam garantir esse produto, mas acabam oferecendo abaixo do que o produtor está pedindo. Isso tem reduzido nossa liquidez a movimentação, comercialização, a formação de novos negócios.”

Obrigado pelos esclarecimentos, Carla. Quem quiser saber mais novidades do agronegócio é só acessar o Notícias Agrícolas, certo?

"Eu que agradeço, até a próxima. Aos ouvintes que quiserem saber mais, acessem noticiasagricolas.com.br "

Receba nossos conteúdos em primeira mão.