CAMPINAS (SP): Cidade registrou mais de 25 mil casos prováveis de dengue em 2019

No ano passado, Campinas registrou mais de 25 mil casos de dengue com cinco mortes, enquanto em 2018, foram 301 casos, sem óbitos. Em relação à zika, houve 26 ocorrências neste ano e 17 no ano passado.

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

A médica veterinária Tessa Roesler, 48 anos, viveu duas semanas delicadas em 2019. No mesmo período, ela, o marido e dois filhos foram diagnosticados com dengue. Curada, a família do distrito de Sousa, em Campinas, busca ter mais cuidado para evitar que o mosquito Aedes aegypti volte a contaminá-la.

“A gente tem mais cuidado. Foi uma experiência bem ruim, principalmente porque sabemos que, se pegarmos dengue uma segunda vez, temos o risco de ter a doença em uma forma mais grave. Então, hoje a gente redobra os cuidados em casa”.

No ano passado, Campinas registrou mais de 25 mil casos de dengue com cinco mortes, enquanto em 2018, foram 301 casos, sem óbitos. Em relação à zika, houve 26 ocorrências neste ano e 17 no ano passado. A chikungunya foi a única doença que apresentou uma redução. Em 2018, foram 21 casos, enquanto, em 2019, 13.

Heloisa Malavasi, coordenadora do Programa de Arboviroses da Prefeitura de Campinas, explica que o aumento de casos da dengue se deve, principalmente, à circulação do vírus sorotipo 2, que não era encontrado na região há muito tempo.

“O sorotipo 2 tinha circulado em Campinas, porém nunca predominou no município. A gente teve epidemia anteriores com predominância dos sorotipos 1 e 3. O sorotipo 2 não era detectado no município desde 2011. Então, o cenário que o vírus tipo 2 encontrou foi praticamente toda a população suscetível, somada a um aumento da temperatura média de quase três graus, o que favorece o ciclo do mosquito”.

Por ser uma região mais periférica e populosa, o noroeste do município, onde se encontra bairros como região do Campo Grande, Florence, Itajaí, Parque Floresta e Valença, foram os mais afetados pelo Aedes aegypti.

Campinas possui um programa estruturado para cada região da cidade, na qual equipes de vigilância realiza, semanalmente, trabalhos de controle de infestação em locais de risco. Além disso, os agentes desenvolvem trabalhos educativos e campanhas para mobilizar a população.
Mesmo com todas essas ações realizadas, Heloisa Malavasi pede que os moradores de Campinas ajudem nessa luta contra o mosquito.

“Muita atenção para qualquer recipiente que possa acumular água como, latas, frascos, garrafas, recipientes plásticos, brinquedos e uma série de outros que são criadouros, porque estão armazenados de uma forma que permite o acúmulo de água”.

Se você tem alguma dúvida, quer solicitar a visita de agentes em sua casa ou fazer alguma reclamação, entre em contato tanto pelo telefone quanto pela Internet, pelo número 156. Ao realizar o atendimento, será gerado um protocolo e você acompanhará o andamento da sua solicitação.

E você? Já combateu o mosquito hoje? A mudança começa dentro de casa. Proteja a sua família. Para mais informações, acesse saude.gov.br/combateaedes. 

Receba nossos conteúdos em primeira mão.