Foto: Arquivo Pessoal
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Alunos de Aracruz (ES) desenvolvem aplicativo de acessibilidade para cegos e tijolo ecológico para competição de robótica

Estudantes do SESI local participarão, nos próximos dias 14 e 15, de etapa regional, em Vitória. Os grupos mais bem colocados ganham direito de disputar a final em São Paulo, entre 6 e 8 de março

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Duas equipes formadas por alunos do SESI de Aracruz (ES) se preparam para disputar a etapa regional do Torneio de Robótica FIRST LEGO League, a ser disputada entre os dias 14 e 15 de fevereiro, em Vitória. Quem passar pela fase garante vaga no torneio nacional, que ocorrerá no início de março, em São Paulo.

Para 2020, os alunos tiveram que dedicar o tempo para achar soluções inovadoras que transformem as cidades em espaços mais inteligentes. O Torneio de Robótica FLL reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos, de escolas públicas e particulares, para promover disciplinas como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula, de forma lúdica.

Formada por sete jovens, a equipe “Game of Lego” desenvolveu um projeto para melhorar a acessibilidade de pessoas com deficiência visual em supermercados. A inovação acopla ao carrinho de compras uma tela com aplicativo que lê em voz alta as informações das mercadorias e que, também, ajuda o cliente a se localizar.

Os alunos enfrentaram o desafio de pensarem em um produto inovador, que ainda não existe no mercado. De acordo com a professora e treinadora da equipe, Hevelly Modenesi, esse foi o maior desafio da equipe Game of Lego. “Hoje, já tem aplicativo que você faz compra em casa. Mas os integrantes da equipe falaram assim: ‘Não. Queremos levar o deficiente visual até o supermercado, porque é a forma dele sair de casa’. [Na pesquisa] Eles entrevistaram o deputado federal Felipe Rigoni, de Linhares, que é deficiente visual”, relata.

A professora Hevelly não treina somente a equipe Game of Lego. Em Aracruz, mais um time vai disputar o campeonato regional, a “Leg Godt”. São sete alunos do segundo ano do Ensino Médio, que preocupados com os efeitos do acúmulo de lixo nas grandes cidades, decidiram fazer um tijolo ecológico, a partir de produtos recicláveis.

 “A experiência é incrível, porque a gente aprende a ter empatia e se colocar no lugar do outro. Acabamos conhecendo gente que nem sonhávamos em saber o que passa na cabeça deles e o que eles gostam. Aprendemos a trabalhar em equipe. Isso é muito bom, porque vamos usar bastante isso na nossa vida profissional futuramente”, conta a estudante Yhasmim Helmer, 16 anos, da equipe Leg Godt.

A competição

O Torneio de Robótica FIRST LEGO League reunirá 100 equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula. Até 16 de fevereiro, haverá as disputas regionais. Os melhores times garantem vaga na etapa nacional, que ocorrerá em março, em São Paulo.

O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens. Todo ano, a FLL traz uma temática diferente. Em 2020, os competidores terão que apresentar soluções inovadoras para melhorar, por exemplo, o aproveitamento energético nas cidades e a acessibilidade de casas e prédios.

O diretor de Operações do Departamento Nacional do SESI, Paulo Mol, ressalta que a elaboração dos projetos estimula a autonomia e o trabalho em equipe e contribui para a formação profissional dos alunos. “A questão do empreendedorismo é a base de todo o processo. Nesse torneio, uma das avaliações que é extremamente importante é a capacidade de empreender, de buscar coisas novas, de fazer com que o produto seja desenvolvido”, atesta.
 

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