Foto: Divulgação/CNI
Foto: Divulgação/CNI

33 equipes da região Sudeste participam do Festival SESI de Robótica neste final de semana

Alunos de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo competem na categoria FLL, que utiliza robôs feitos de peças LEGO, na capital paulista

SalvarSalvar imagemTextoTexto para rádio

Região com mais equipes selecionadas para o Festival SESI de Robótica, o Sudeste será representado por 33 times de estudantes empenhados em transformar o mundo. Os jovens têm idades entre nove e 16 anos e disputam o título nacional no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. Ao todo, são esperados cerca de 1.500 estudantes de todo o país. Entre os projetos inovadores, estão o da estação “caseira” de tratamento de água e o de monitoramento das galerias de águas pluviais, que pode ajudar a preservar vidas em casos de enchentes.

Uma das equipes que irá até São Paulo defender sua ideia é a “Wild Lions”, que pode solucionar a crise hídrica enfrentada, por exemplo, pela população do estado do Rio de Janeiro. Eles desenvolveram uma caixa, com três fases de tratamento – física, química e biológica – que pode ser instalada no subsolo das residências e serve para tratar a água antes dela ir para a rede de captação, rios ou mar. A criação é de jovens do SESI de Nova Iguaçu e conquistou o primeiro lugar em Design Mecânico na seletiva regional.

Segundo o aluno Arthur Oliveira de Mello, de 14 anos, o grupo tem trabalhado para minimizar erros, como o que houve na disputa regional. Um dos sensores do robô parou de funcionar na hora da prova, em uma das categorias. “Achei que estava tudo perdido, mas no final a gente conseguiu. A gente vem trabalhando muito porque o tempo é curto, precisamos fazer modificações, até para não ter sustos. Estamos seguros do nosso trabalho e acreditamos que podemos obter um bom resultado [na etapa nacional]”, espera Arthur.

De Minas Gerais, vem a solução criada por alunos do SESI Alvimar Carneiro de Rezende, de Contagem. A equipe “Superação” desenvolveu o projeto batizado de Monitoramento de Zonas de Risco Inteligente (Metron), que funciona a partir de sensores instalados nas galerias de águas pluviais.

Quando a água atingir o primeiro nível, mais baixo, será enviado um sinal para a Defesa Civil avisando que determinada área está em alerta. Ao atingir o segundo nível, considerado mais perigoso, será acionado um sinal sonoro e enviado um SMS para a população evacuar a região.

Segundo o aluno Diogo Gabriel de Sousa Silva, de 16 anos, um dos integrantes da equipe, o primeiro lugar conquistado na apresentação do Projeto Inovação e o terceiro no Desafio do Robô na seletiva regional não devem ser levados em conta na disputa nacional.

“A primeira coisa que a gente pensou no dia seguinte da premiação foi trabalhar mais duro porque a gente sabe que no [torneio] nacional as equipes têm um nível mais alto. Se a gente quiser um resultado bacana, temos que melhorar sempre”, afirma o jovem.

O Festival SESI de Robótica, que é o maior campeonato de robótica do Brasil, reunirá 100 equipes, formadas por estudantes de nove a 16 anos, na categoria FIRST LEGO League (FLL), que utiliza robôs feitos de peças da LEGO para enfrentar os desafios desta temporada. A ideia é promover disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, além da sala de aula.

Arte: Ítalo Novais/Sabrine Cruz

Receba nossos conteúdos em primeira mão.